Tirado do episódio dez da primeira temporada.
Um ano se passou e a minha amizade com o Chandler cresceu de tal maneira. Éramos íntimos, unidos. Um bromance, pra ser mais exato. Ele era um cara incrível. Muitas das vezes ele era fechado, mas extrovertido e, outras vezes, muito doce e protetor. Eu ficava pensando se eu estava gostando dele ou se aquilo era apenas uma opinião formada sobre alguém que eu nunca tive uma conexão assim antes. Eu esperava que sim.
Confesso que não queria sentir nada por alguém que eu soubesse que não teria nada. Muito menos por outro cara. Eu não queria isso. Além do mais, ele era meu colega de quarto que se tornou meu melhor amigo. E se eu estivesse gostando dele? Será que ele pensa algo assim de mim? Mesmo que ocorra um sentimento, sabia que era sem chances ter algo mais, caso eu quisesse, claro. Motivo? Percebi que ele era hétero depois de mencionar o lance gay quando o conheci mais de um ano atrás e ele ter ficado sem graça, sem contar a maneira que eu o vi olhando às salva-vidas de Baywatch, que foi quando eu pude notar o que ele realmente gosta.
Eu não sei se eu realmente estava sentindo algo por ele. Aquilo era diferente. Uma parte de mim não gostava daquilo. Será que era por eu sentir algo e não achava correto porque era um sentimento por outro cara? Pois eu nunca senti aquilo antes. Mas outra parte acabava aceitando esse sentimento que ia crescendo. E era um sentimento tão bom... Mesmo assim, eu lutava pelo que sentia saindo com as mulheres. Então, no Réveillon de 1994 para 1995 que algo dentro de mim fez com que eu agisse por impulso: quando eu o beijei! Eu acredito que pode ter sido alguns drinks que eu havia tomado... Okay, não vou colocar culpa na bebida, posso assumir o ato, pois eu estava consciente do que estava fazendo e Chandler meio que ajudou quando ficou insistente.
Mas então... Pela manhã, eu fui à uma loja, onde havia ido um ano antes. Eu trabalhei lá no Natal, me vestindo de Papai Noel, para sessão de fotos com as crianças. Eu pretendia conseguir o papel mais outra vez, porém, chegando lá, infelizmente não consegui. Fiquei como um ajudante do Papai Noel, um elfo. Fazer o quê? Tinha que aceitar. Era um papel de qualquer maneira, mas claro que eu queria ser o Papai Noel.
Quando tudo estava resolvido, troquei de roupa e vim embora. Como de costume, sabia que a turma poderia estar aquela hora no Central Perk. Então passei direto lá.
"Ei, Joey. Ei amigo", todos me saudaram.
"Então, como foi?", Monica perguntou sobre o meu papel de ser Papai Noel.
"Ahhhhhh, eu não consegui o papel", respondi desanimado.
"Como você não conseguiu? Você foi o Papai Noel no ano passado", Ross falou indignado.
"Eu não sei. Algum cara gordo está dormindo com a gerente da loja. Ele nem é alegre, é tudo política."
"Então o que você vai ser?", Monica perguntou.
"Ah, eu vou ser um dos seus ajudantes. É apenas um tapa na cara, sabe?", eu dizia ainda em tom desanimado.
"Ei, vocês sabem o que farão no Ano Novo?", perguntou Rachel e começamos a protestar e dar tapas nela. "Gente, o quê?! O que há de errado com o Réveillon?"
"Nada para você. Você tem Paolo. Você não tem que enfrentar as pressões terríveis deste feriado: luta desesperada para encontrar qualquer coisa com lábios só para que você possa ter alguém para beijar quando bater meia-noite!". Chandler foi falando cada vez mais alto. "Cara, estou falando alto!"
"Bem, para sua informação, Paolo vai estar em Roma neste Ano Novo, então eu vou ser tão patética quanto o resto de vocês."
"Sim, quem lhe dera!", respondeu Phoebe de maneira irônica.
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Joey Tribbiani: Meu Colega de Quarto (Hiatus)
Hayran KurguBem, eu sou o Joey. Sim, eu sou nojento. Eu tiro a minha cueca na casa das pessoas. Eu acabei me apaixonando pelo meu melhor amigo que também é o meu colega de quarto. Jamais imaginaria que aquele cara com quem eu dividiria o apartamento seria a pes...