Capítulo 3- Está quente agora

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Katsuki Yuuri P.O.V

-Yuuri!! Segura o elevador!- E essa voz irritante é uma das primeiras coisas que eu escuto pela manhã, talvez eu tenha jogado pedra na cruz não?

Eu seguro a porta do elevador e ele entra, ponho meus fones e a playlist de piano começa a tocar no aleatório, River flows in you é a primeira que eu escuto

-Yuuri- Ele balança meus ombros e eu não lhe dou atenção- Yuuri!!- Ele tira meus fones e berra em meu ouvido, eu automaticamente levo minha mão para minha orelha me contorcendo

-Qual o seu problema Nikiforov?!

-Nós vamos no meu carro?

-Eu vou de ônibus- Saio do elevador em segundos

-Pra que você tem um carro então?- Pra você perguntar de certo

-Porque eu posso ter um carro e eu posso usar ele quando eu quiser, e acredite.. eu não quero usar ele agora- Eu sai rapidamente do prédio e fui caminhando em direção a parada de ônibus, isso até um carro buzinar diversas vezes e me fazer encará-lo

-Entra ai- Lá estava o cara de fios prateados com seu carro esportivo azul- Eu não vou parar de buzinar até você entrar- Eu então perdi mais uma vez entrando no carro-O que achou da minha nova aquisição?

-Tanto faz- E então botei meus fones e fiquei olhando para a paisagem

Ele liga o rádio e eu retiro os fones, estava atrapalhando a minha música mas como o carro não era meu eu não reclamaria

-O que tem feito nos últimos anos?

-Além de trabalhar como um condenado, eu tenho dormido bastante- Respondo normalmente

-Você não vai a festas Yuuri?- Eu com certeza não vou a festas

-Eu não tenho nem tempo para pensar em ir em uma, quem dera ir mesmo- Surpreendentemente aquilo era uma conversa normal, ou parecia ser

-Você tá brincando né?- Ele olha pra mim rapidamente- Bom, já que é você, eu não duvido de nada

E então o silêncio voltou, não é como se tivéssemos assuntos em comum mas isso era, no mínimo, desconfortável

-Ei Yuuri.. você não acha que o clima tá meio.. estranho?- Ele com certeza lê mentes

-Com certeza, mas não é como se pudéssemos fazer algo- Digo

-Pois é.. tomara que não chova, com essas nuvens eu não duvido de nada- A então era esse tipo de clima? Eu sou idiota

-Você nunca duvida- Digo baixinho

-Mas foi uma surpresa completa trabalharmos na mesma empresa não? Quer dizer, somos quase colegas de quarto- A sim, com certeza

-Nós no máximo, somos vizinhos, nós não somos colegas de quarto- Por algum motivo eu calafrio passou pela minha espinha

-Você é no mínimo, estraga prazeres Yuuri- Ele diz e parecia emburrado

-Eu concordo com essa analogia- Finalmente estávamos na frente da empresa, Victor estaciona o carro e então eu desço

-Yuuri! Não ande tão rápido- Ele geralmente falava com esse tom manhoso, por incrível que pareça, combinava com ele

-Vamos logo Victor, eu não quero me atrasar- Digo começando a andar mais devagar

Ao passar pela porta do prédio em que ficava nossa empresa, todos viraram seus rostos em nossa direção

-Victor, tem algo errado na nossa direção?- Pergunto e ele e o mesmo levanta os óculos e olha pra mim, da onde ele tirou aqueles óculos escuros?

Symphony [Yuri on Ice!]Onde histórias criam vida. Descubra agora