Capítulo 3 - O fruto proibido é sempre o mais apetecido

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         •♡♤Tarik Pacagnan◇♧•
 

Pedro acelerava pela estrada fora — esta que já havia sido limpa da pouca neve que caia de manha e que cobriu o preto alcatrão com uma fina camada branca e fofa — Pacagnan via os telhados das casas, as folhas das arvores e o topo das montanhas que compunham o belo horizonte canadense, cobertas por uma camada da branca neve, passarem rápido por sua janela e consequentemente por seus olhos negros, sentindo o fotógrafo fazer um breve carinho em sua perna enquanto dirigia.
 


Teriam de se apressar para chegarem o mais rápido possível ao prédio principal da Elix, a diretora da revista — para além de ser muito exigente com os seus trabalhadores, passava também a vida a implicar com Rezende sempre que tinha a oportunidade, provocando-o acerca do relacionamento de ambos, categorizando-o como “falta de profissionalismo”, dado que o fotografo e o modelo são colegas de trabalho. No entanto, a Tarik, a mulher nunca o infernizou, como faz com Pedro, afinal era o seu modelo preferido e o que lhe dá a tão grande fama á revista — e ela odeia a ideia de ter que esperar por seus funcionários, afinal era ela quem mandava, era ela a chefe.
 
Entraram no parque de estacionamento em frente á fachada do prédio em que trabalham, quando não estavam de folga como neste maravilhoso dia em que tinham combinado um passeio romântico. Pedro estacionou o BMW M4 na cor cinza escura numa vaga em frente á entrada do grande prédio, perto de um Peugeot 3008 preto. O fotógrafo saiu do lugar do condutor, dando a volta ao veículo e parando em frente á porta de Tarik, abrindo-a logo de seguida e estendendo-lhe a mão destra, com todo o seu cavalheirismo, ajudando o jovem modelo a sair de dentro do carro.
 
Já fora do veículo, Pacagnan sentiu-se observado por um olhar pesado, misterioso e carregado de possessão — um olhar atento de predador para a sua tão esperada presa — o que fez o modelo sentir um arrepio percorrer toda a sua espinha. Chegou-se perto do fotógrafo que acabara de trancar o carro, carregando no botão preto com um cadeado fechado destacado em branco na chave automática, e entrelaçou a sua pequena e pálida mão com a destra do moreno, recebendo um sorriso carinhoso do mesmo e um carinho em sua mão, que logo começou a caminhar junto de si até á entrada da estrutura.
 
Ao adentrarem na receção da Elix — decorada detalhadamente com tons claros e neutros —depois de passarem pelas portas de vidro temperado giratórias, afastaram de imediato o toque carinhoso que mantinham enquanto andavam, assim que ambos se aperceberam de duas outras presenças desconhecidas, além da mulher de cabelos tingidos de castanho avelã que já estavam mais que habituados a ver praticamente todos os dias.
 
Rezende desviou o olhar da diretora e o pousou sobre o homem de maior estatura trajado com um smoking negro perfeitamente liso sem nem um único vinco ou dobra no tecido escuro, analisou a sua postura atentando a cada misero detalhe — cabeça erguida demonstrando poder e respeito, mãos cruzadas em frente ao corpo e coluna reta — teve a impressão de o conhecer de algum lado, d’algum artigo de uma revista conhecida ou algo do género, mas não tinha a certeza.
 
Já o loiro de olhos azuis claros com um fato cinza escuro não fazia a mínima ideia de quem era, tinha mais um ar de ser um secretário, não só pelo facto de que na sua destra possuía um Tablet chegado ao peito, mas pela sua postura, não se comparava á do empresário.
 
O fotógrafo voltou a encarar o homem, que emanava um ar misterioso, carregado de poder e dominação, elevar a sua destra em direção ao rosto moreno, ajeitando os seus óculos de armação preta que lhe caiam do nariz, quando o mesmo retornou a elevar o rosto e o encarou no fundo dos olhos cor de mel de Pedro, este realmente se apercebeu de quem se tratava, á sua frente tava a ilustre presença de um dos magnatas mais conhecidos de todo o mundo, Mikhael Linnyker, dono da melhor, maior e mais renomada e conhecida empresa de Seattle.
 
Já Tarik o desconhecia completamente. Apenas sentia o misterioso homem de olhos verdes percorrer todo o seu delicado corpo, detalhe por detalhe, lentamente, com as suas belas esmeraldas reluzentes, emanando um olhar carregado de desejo, perversão e malicia sobre si.
 
O magnata encarou-o, mordendo o lábio inferior com a bela visão que tinha das deliciosas e perfeitas curvas definidas de Pacagnan, frente a frente com o modelo, o motivo e causador de todos os seus sonhos eróticos e pensamentos mais impuros, porém bastante prazerosos.
 
Luxuria, era a palavra que melhor se encaixava no que o empresário sentia no momento, estava concretizando um dos seus maiores sonhos, observar atentamente o maravilhoso corpo do modelo pessoalmente, embora que para seu desgosto, não o pudesse tocar.
 
Pacagnan sentiu o sangue subir para seu rosto, se concentrando nas suas maças de rosto, fazendo as suas bochechas ganharem um tom avermelhado, que se destacava na pele pálida de seu corpo, causado por um movimento— nada discreto e completamente sem vergonha — do magnata apenas para observar melhor a grande e bem avantajada bunda do modelo. Este que apenas desviou logo se seguida o olhar do homem misterioso, encarando timidamente o chão abaixo de seus pés.
 
O magnata parecia comer o modelo com os olhos, na sua mente vieram mil e uma formas de arrancar aquelas calças jeans que lhe ficaram deveras bem — justas e favorecendo as curvas daquele corpo de deusa, bem como as coxas fartas — ouvindo-o gemer enquanto percorria o corpo alheio com os seus prazerosos e pervertidos toques.
 
Mikhael deixou escapar um sorriso de lado, carregado de perversão, ao observar o efeito que causou sobre o jovem com apenas um pequeno e indiscreto movimento junto de um olhar pesado de desejo, seus olhos brilhavam de desejo e vontade de ter o modelo.
Imaginava na sua cabeça o rosto do modelo muito mais corado se lhe contasse todas as vezes que sonhou ou pensou nele das formas mais impuras e pecaminosas, possíveis e imaginárias.
 
Linnyker pretendia causar-lhe muitos outros efeitos — desde implorar por seus toques a gemer o mais alto possível de tanto prazer — que só poderia fazer com o modelo, caso o mesmo fosse seu e apenas seu.
 
Rezende passou o seu braço pelas costas do modelo, descansando a sua canhota sobre a anca definida de Tarik e a lateral de sua grande bunda, o puxando levemente para o lado, colando o corpo menor ao seu, deixando o jovem descansar a cabeça sobre a lateral de seu peito, depositando um beijo carinhoso na bochecha do jovem, descendo o rosto em direção ao pescoço de Pacagnan — fazendo um pequeno carinho com o seu nariz moreno — assim que se apercebeu da forma como o magnata encarava o modelo, a forma como mordeu o lábio analisando de alta a baixo cada curva do seu príncipe, o sorriso de lado e o olhar pervertido com que encarava o jovem, fazia-o sentir uma chama acender-se em seus olhos, ao olhar para o misterioso homem pervertido.
 
Não se permitia a perder a sua joia, o seu anjo.

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⏰ Última atualização: Aug 02, 2019 ⏰

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