eu rapidamente a empurrei, me levantando pra poder me afastar, eu não iria ficar mais naquela casa. corri pra porta da frente, correndo pela rua mesmo sem saber nem aonde estava. e é, eu não sabia mesmo onde eu estava.
o que diabos eu faria? eu não poderia voltar pra casa da Wendy, eu só usava uma camisola totalmente sexy, e na rua, com certeza alguém iria tentar fazer alguma coisa comigo. Essas coisas só aconteciam comigo.
ouvi as vozes das meninas me chamando, e rapidamente me escondi em um beco, tampando minha própria boca pra não fazer barulho.
senti a mão gélida de alguém tocar em mim, e segurei o grito que eu estava querendo soltar quando vi que era Irene, seus fios batiam no rosto, ela colocou o indicador sobre os lábios naturalmente avermelhados, e ouvimos as meninas passar por nós.
— Eu sei onde mora, mas não poderá voltar pra lá andando. — ela falou em tom baixo, pegando em minha mão, senti como se tudo aquilo tivesse sido apagado de minha mente, essa garota não é normal. — Eu tenho dinheiro, você quer que eu te pague um táxi?
— Você vai ficar, Irene?
— Não, claro que não. Você acha que eu não vi o que a Wendy tentou te forçar a fazer? — seus olhos não estavam a sair de mim por um segundo, e isso me deixava nervosa, meu braço tremia, por medo, amor, eram sentimentos misturados.
ela se virou, ainda segurando minha mão me puxando pela cidade, estávamos de pijamas, o dela era infantil, era branco com bolinhas rosas, e o meu atraía o olhar masculino. ela pagou o táxi e ficamos juntas no banco de trás.
Ela sabia que eu estava nervosa, ela me olhava preocupada e eu a encarava, meu coração palpitava, seus olhos me hipnotizavam, ela apertou minha mão com força. eu te amo, Bae Joohyun, eu te amo muito por favor, fica comigo pra sempre.
o celular dela começou a tocar, era Wendy, ela optou por deixar o celular tocar, mas o recado mesmo assim foi dito.
"Eu sei aonde você mora, Bae Joohyun, não adianta querer fugir com ela, quantas vezes vou ter que dizer que você não tem chance com ela?"
chance? como assim?
Irene suspirou, deixando o celular de lado e soltando minha mão já que tínhamos chegado a casa dela, desci do carro e agradeci, ela realmente era boa pra mim.
— Irene, obrigada por tudo, você salvou minha vida.
— Você quer ficar pra comer alguma coisa? acho melhor você não ficar sozinha.
— Está tudo bem, hm? Tchau, eu tenho algumas coisas pra resolver.
virei-me de costas pra ela, caminhando feliz pra casa, viramos amigas, tem coisa melhor que isso? eu amo uma pessoa por tantos anos e só agora está tendo alguma resposta, bom, acho que desmaiar em uma festa foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida.
subi as escadas de casa, deitando na minha cama confortável que eu tanto senti falta, olhando a janela e vendo Irene que me observava, que rapidamente saiu quando viu que eu percebi que ela estava lá.
isso NUNCA tinha acontecido antes. pode ser o que eu estou pensando?