Capítulo 17

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Pov Heyoon

Uns 5 guardas fizeram nossa escolta, como se fôssemos os mais perigosos bandidos, todos armados, e com bastões de choque na mão, além de estarmos amarrados, entramos em um corredor estranho, que me dava calafrios. Até chegar em uma espécie de prisão, tinha ao menos uma cem celas, todos com mais de 4 pessoas. Parece que agora aqui é nosso lar. O guarda abriu uma que estava vaga, e literalmente jogou a gente lá dentro depois de tirar as algemas. Bailey ofereceu a mão pra me ajudar a levantar e eu aceitei.

- E agora? -- Noah falou se sentando na cama.  A cela era nojenta, tinha uma beliche, um vaso sanitário com uma cortina, e uma pia.

- Será que dá pra piorar? -- Sabina falou fazendo careta.

- Nem abre a boca Sabina, porra, que ódio. -- Falei dando um chute na grade e escorando minha cabeça.

- Fica nervosa não morena, é pior. -- Uma moça morena que estava pressa na nossa frente falou e eu a olhei. A mulher parecia uma modelo, ela dividia a cela dela com um moreno.

- O que eles fazem com vocês?

- Um tratamento todo dia, tomamos algumas injeções, depois de uns meses eles nos leva para fazer alguma coisa, ninguém sabe o que é. Mas ninguém mais volta. -- A morena respondeu.

- Sou Heyoon, eles são Noah, Bailey e Sabina. -- Falei apontando prós meninos.

- Sou Diarra, esse é meu irmão, Lamar. -- Ela apontou pro rapaz que estava deitado.

- Precisamos sair daqui. --Falei e a mulher sorriu negando com a cabeça.

- É impossível Heyoon, você está em uma base militar. -- Respirei fundo, e me deitei do lado de Noah na cama, Sabina estava deitada com Bailey na parte de cima.

- Sinto muito por aquela discussão. -- Falei alisando o cabelo dele.

- Tudo bem, agora estamos os dois sem ela. -- Ele falou com uma careta.

- O que vai acontecer com a gente Noah?

- Acha mesmo que Sina vai nos abandonar? -- Ele falou e eu deitei no peito dele.

- Nem sabemos onde ela está, pode estar trancada em algum lugar também, mesmo sendo o pai deles, você viu, eles foram levados algemados.

- Já sinto saudade deles.

- Você viu esse lugar? Noah, parece intacto, é como se o apocalipse tivesse atingido tudo menos aqui.

- Eles podem ter proteções Yoon.

- Eu estou assustada, e com um milhão de pensamentos.

- Melhor relaxar essa cabeça, eu tô com fome. -- Noah falou e ficou calado, fiquei mergulhando em pensamentos até que um guarda bateu na cela, deixando comida, Noah correu para pegar.

- Acho que eu acabei de gostar desse lugar. -- Noah falou avaliando a comida, tinha arroz, feijão, macarrão, verduras e carne. Por algum motivo eles querem os prisioneiros saudáveis e fortes, resolvi não pensar nisso, peguei a minha marmita e comi, a quanto tempo eu não comia algo tão bom.

- Minha nossa, eu acho que estou no paraíso. -- Sabina falou terminando a comida dela.

- A carne de onça devia ser boa. -- Bailey falou com a boca cheia e nós rimos.

O dia se seguiu, na parte da tarde eles mandaram bolo e suco, e a noite mais uma marmita cheia de comida. Diarra continuava conversando com a gente, ela parecia uma pessoa incrível, e o irmão dela se deu super bem com o Noah. No dia seguinte acordamos com um alarme.

- Minha nossa, parece minha mãe quando ia me acordar. -- Noah falou com uma mão no ouvido, ele começou abrindo de três em três celas. Quando abriu a nossa, fomos levados sobre escolta para um banheiro separado, mulher e homens, na minha vez foi eu Sabina, Diarra e algumas mulheres com cara de poucos amigos que davam ao menos umas três de mim. Eu tava parecendo uma criança no meio daquelas gigantes.

- Não encare elas, fique na sua tome banho e saia. -- Diarra falou me puxando para os fundos do banheiro e tirando eu e Sabina de perto delas.

- Olha, olha, temos carne nova no pedaço. -- Uma mulher falou quando eu passei, e as outras começaram e rir, eu estava nua e elas me comia com os olhos, quando passei perto delas senti um tapa forte na minha bunda. Minha vontade de voltar e dar um soco foi grande, mas Diarra segurou no meu braço me tirando de perto delas.

- Heyoon, você não gostaria de ter essas mulheres como suas inimigas. -- Ela falou quando se afastamos um pouco.

- Elas são nojentas. -- Sabina falou com uma cara de nojo. Nós entramos cada uma em uma cabine, tinha vários produtos de higiene, meu cabelo gritou de felicidade quando eu vi que tinha shampoo e condições. Estava com os olhos fechados lavando meu cabelo, quando eu percebi uma pessoa a mais naquele espaço, e uma mão alisando meus seios, o merda. Abri o chuveiro para lavar meus olhos rápido, quando olhei a mulher que tinha batido na minha bunda estava junto comigo, eu soltei um grito alto e ela tapou minha boca.

- Qual é morena? Fica quieta, eu não vou fazer nada demais com você. -- Ela falou e começou a beijar forte meu pescoço.

- SOCORROOOOO. -- Eu gritei, e Sabina e Diarra apareceram na porta.

- SOLTA ELA SUA VADIA. -- Sabina falou tentando puxar a mulher que estava colada em mim, eu sentia meu pescoço doer com as chupadas que ela dava, porra eu vou ser estuprada.

- O QUE TÁ ACONTECENDO AQUI? -- Ouvi uma voz autoritária e a mulher me largou. Todos as outras que estavam do lado de fora voltaram para tomar seus banhos, a mulher que estava comigo quis sair de fininho mas a morena barrou ela.

- Estava machucando a moça Helena? Acho que você está querendo voltar para a solitária. -- A mulher engoliu em seco com a fala da policial.

- Não senhora. -- Ela respondeu com a cabeça baixa e saiu.

- Você tá bem? -- A mulher falou me encarando, mas não olhou para meu corpo, ela parecia educada, ela era uma morena bonita, cabelo cacheado.

- Sim, obrigada.

- Qual seu nome? Não te conhecia. -- Ela perguntou.

- Heyoon...

- Okay Heyoon, eu sou Any Gabrielly, sou uma das seguranças desse lugar, tome banho, vou ficar aqui fora para assegurar que o que aconteceu não vai se repetir. -- Ela falou e eu agradeci, tomei meu banho mais sossegada, quando sai Any me entregou uma toalha, Sabina também tinha terminado, saímos para se trocar, Any nos levou para a enfermaria. Onde uma moça nos aplicou uma injeção na veia.

- Any pra que serve essa injeção? -- Falei quando saímos, ela fez uma careta.

- Eu não posso falar sobre isso Heyoon, é um tratamento que vocês fazem para ficar saudáveis, não posso falar mais que isso. -- Ela respondeu e eu apenas balancei a cabeça, ela nos levou de volta para a cela.

- Okay, obrigada por me salvar.

- Tenham cuidado, as pessoas aqui não são amigáveis, e os guardas não pegam leve, eu não fico muito nessa área, estava apenas cobrindo uma amiga que teve problemas hoje. -- Ela abriu nossa cela, e nos voltamos para dentro novamente, Noah e Bailey já estavam lá de volta.

- O que aconteceu com seu pescoço? -- Noah falou olhando as marcas.

- Uma louca me atacou no banheiro.

- Meu Deus, uma mulher tentou te estuprar? -- Bailey falou inconformado.

- Nosso novo mundo. -- Sabina falou e se jogou na cama.

O vírusOnde histórias criam vida. Descubra agora