Capitulo 12

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Na sexta feira seguinte depois de chegar do trabalho e ficar com o Fred recebi uma mensagem do Daniel.

"Que dia vamos marcar nosso açaí?"

- "Nossa, eu estava me esquecendo disso".

- "Hoje dá pra você?"

- "Não, hoje tenho que tomar conta do Fred, mas amanhã ele vai estar na casa do pai dele".

- "Amanhã então?"

- "Pode ser".

- "Okay, amanhã agente marca o horário".

- "Tudo bem então, tchau".

- "Tchau".

Resolvi me sentar lá fora na rede com o Fred, ele pegou no sono rapidamente deitando sua cabeça nas minhas coxas enquanto eu acariciava seus cabelos encaracolados. Eu fiquei o dia todo pensando na Suze por que eu sabia bem como é ser humilhada, e não é algo nem um pouco bom. Pensei também no Daniel que apesar de ser um idiota, sabia que podia contar com ele. Lembrei de seu abraço tão inesperado e eu estaria mentido dizendo que aquele gesto não mexeu comigo. Senti algo estranho quando ele me tocou, não sei bem o que é mas eu não posso deixar isso ir mais  pra frente, sei no que vai dar e não estou nem um pouco afim de sofrer novamente. Do nada veio uma saudade enorme da minha mãe, algumas lágrimas teimosas insistiram em cair no meu rosto, quanta falta ela me fazia, é tão difícil viver sem ela, mas a vida é assim, e tenho que me acostumar com isso.

No sábado, depois do almoço resolvi ir na casa do Daniel. E foi ele mesmo que me atendeu. Ele estava sem camisa, com uma bermuda e uma mangueira na mão, estava todo molhado e os meninos também, com trajes de banho. Provavelmente estavam brincando de jogar água um no outro e aquilo parecia divertido pois estava fazendo muito calor.

- Ah, eu não queria atrapalhar desculpe. - Digo sem jeito.

- Você não atrapalha, é sempre bem vinda.

Ele abriu um sorriso largo.

- Não quer entrar? Meus pais não estão aqui.

- Só queria saber que horas nós vamos.

- Hum...tá ansiosa?

- Não, só quero que isso acabe rápido.

- Duvido... mas respondendo à sua pergunta... às sete pode ser?

- Tudo bem.

Enquanto estávamos conversando percebi que Tullio e Esther estavam preparando uma cilada para Daniel, eles encheram um grande balde com água e com um pouco de dificuldade carregaram o balde juntos por detrás dele eu estava vendo tudo, mas não falei nada porque os meninos ficariam chateados. Tullio subiu em uma cadeira com o balde mas o Daniel não desconfiou de nada. De repente uma onda enorme de água veio ao nosso encontro eu arredei para trás mas a água também me acertou, nós ficamos encharcados.

- Meu Deus quem fez isso? - Daniel diz bravo.

Os meninos correram para o fundo da casa.

- Você está bem?

Percebi que ele estava preocupado, achando que eu iria começar a chinga-lo, mas a minha reação foi diferente:

- Você tinha que ter visto sua cara agora. - falei em meio uma gargalhada.

- O que? Kat é você mesmo?

- Sim, porquê?

- Tem alguma coisa errada com você, os meninos te molham toda e você nem liga?

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