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     Com o passar do tempo o inferno piorava, a cada dia, segundo, minutos,eu era lembrando que havia matado Linda, não importava o que eu fizesse  era sempre o culpado. Eu cresci e a raiva também.
        Meus tios logo após minha chegada adotaram um garoto um ano mais velho que eu,o garoto era insuportável,sua vontade era lei, ele era o senhor e eu seu criado. Obrigaram-me a suporta seu insultos,suas crises de raiva, eu era seu saco de pancadas,seu alvo de brincadeiras sem graças,eu era um assassino e deveria pagar pelo meu pecado.
          Na escola eu era o  esquisito que usava roupas velhas e usadas. Não tinha amigos, não possuía ninguém para conta os maus tratos que sofria, ninguém nunca se emporto comigo e eu aprendi a nunca confia em ninguém. Estava só para todo sempre.
          A cada aniversário,a cada ano,a cada primavera meu sofrimento aumentava, meus tios não se cansavam de me insultarem,de homilharem-me. Falavam o quanto meus pais me odiavam por ter matado sua filha, mas o pior,eles não estavam errados. Durante alguns anos acreditei cegamente que meus pais viriam me buscar e que seríamos em fim uma família feliz. Em todos meus aniversário esperava um telefonema, um telegrama ou pelo menos uma carta desejando-me feliz aniversário,mas isso nunca aconteceu, ao contrário, em cada aniversário eu recebia um bilhete dizendo o quão indesejável eu era.

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