•prólogo•

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ㅡ Eu acho que pode ser bom! ㅡ mamãe exclamou mais uma vez.

ㅡ Ah, vai ser ótimo! ㅡ afirmei sarcástica. ㅡ Ir para um local cheio de adolescentes cruéis, onde não conheço absolutamente ninguém! Me parece muito bom...

ㅡ Meu amor... ㅡ disse com a sua voz doce. ㅡ Nem todos os adolescentes são como os vândalos da sua escola! ㅡ ela passou as mãos pelo meu rosto carinhosamente. ㅡ Você por exemplo, é gentil e incapaz de magoar alguém. Pode ser uma boa oportunidade para fazer amigos...

Respirei fundo, e me rendi por fim.

ㅡ Minhas malas já estão prontas... É só colocar no carro.

Minha mãe queria que eu fosse para um acampamento de verão, por um mês. Ela pensava que seria bom para a minha vida social, que no caso, era inexistente. E claro, eu não queria. Para mim, aquilo era só mais uma forma de ficar isolada e sozinha em um canto.

Antes de sair de casa, afaguei as orelhas de Max, meu cãozinho, como forma de despedida.

ㅡ Até mais, amigo! Nos vemos em um mês.

Fechei a porta de casa e analisei a fachada branca e agradável da mesma. Passei pelo jardim recém cuidado por mamãe, que havia recebido algumas dicas da esposa de papai, Jane, no dia anterior. Elas tinham uma ótima relação.

Respirei fundo mais uma vez e entrei no carro. Mal sabia eu o que me esperava...

▪▪▪

ㅡ Essa é minha música favorita! ㅡ minha mãe disse animada, enquanto aumentava o volume do rádio.

Ela se referia a "Dancing queen" do Abba. Ela adorava todas as músicas desse grupo.

Ela cantava e dançava, enquanto seus cabelos volumosos, voavam com o vento que entrava pelas janelas do carro.

Ela era linda, doce e gentil. Era inteligente, cheia de vida e amor para dar. Me arrisco dizer que, era a melhor pessoa que já conheci.

E, em um piscar de olhos, eu a perdi.

Foi rápido. Eu não me lembro muito bem do que aconteceu. Eu acordei em uma cama em um quarto de hospital. Papai estava ao meu lado, com uma expressão indecifrável.

Ele me explicou que fiquei desacordada por quase uma dia, o que foi tempo suficiente para ele pegar um vôo da Califórnia até Massachusetts. Um motorista de outro carro se sentiu mau, desmaiou enquanto dirigia e seu carro se colidiu de frente com o de minha mãe. Por conta do baque, ela sofreu uma fratura cervical e morreu no momento do acidente. E eu por uma razão inexplicável, fiquei desacordada.

Ao receber todas essas informações, fiquei em choque. Depois, chorei. Chorei desesperadamente, como uma criancinha indefesa. Foi exatamente assim que eu me senti. Lembro-me de papai me abraçando apertado com seus braços fortes, tentando me acalmar e me confortar.

A pessoa que eu mais amava se foi e um pedaço de mim morreu junto com ela.

Eu fiquei com o meu coração quebrado.

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(Postagens de Broken Heart em breve)

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