How I Feel (como me sinto) - Christina Aguilera

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O sol já está a raiar. De repente, tudo o que vejo é um fecho luminoso, nada mais. Também ouço, ouço uma música. Uma música vibrante, parece ter uns 220V de energia, plena energia que contagia qualquer um. As cores são bonitas assim como o arco-íris. Uma paisagem de tirar o fôlego, pessoas em volta cantando e dançando e eu ali, apenas curtindo o momento.

Baby, I

It's a new day

You know how i feel

Sun in the sky

It's a new day

And you know how i feel.

Essa é a música daquela que causa tudo isso em mim: Christina Aguilera.

Tudo está perfeito... até minha irmã mais nova decidir me acordar.

- Ahhhhhhh! - gritei com uma raiva que eu nunca tivera antes.

Bom dia - diz ela sorridente. Seus cabelos estão amarrados em um coque meio solto. Seus olhos estão cheio de sombra verde e em sua boca, um batom vermelho. Suas bochechas parecem que foram chicoteadas até ficarem bem vermelhas.

E então eu grito novamente - ahhhhhhhh! - e dessa vez não só estou com raiva por ela ter me acordado do meu sonho perfeito, mas também com medo daquela criatura que surgiu diante dos meus olhos.

- O que fizeram com você?

- Mamãe deixou eu me arrumar sozinha para a escola hoje. - diz ela com uma alegria muito assustadora.

Depois de um gargalhada estrondosa por causa daquela cena que presenciei, expulsei minha irmã do meu quarto e fui me arrumar. Tenho que ir para a universidade daqui a uma hora.

Antes de fazer qualquer coisa coloco no volume máximo a música da qual eu passei a noite toda sonhando: How I Feel.

Vou para o banho e depois escolho uma roupa bem simpática e colorida, sem perder a elegância e sensualidade.

Visto uma saia azul royal e uma blusa com vários tons misturados e uma frase em inglês: enjoy the day. Coloco um saltinho médio de tom nude e deixo meus fios loiros meio ondulados caírem sobre os meus ombros. Faço uma make bem leve, com cílios de boneca e um batom vermelho matte. Estou pronta.

Desço as escada e encontro com minha mãe na cozinha.

- Bom dia, querida. - diz minha mãe com um sorriso lindo, preparando meu cereal.

- Bom dia, mãe mais linda do mundo. - tenho que agradar, ela nunca faz meu café da manhã.

Engulo meu cereal, dou um beijo na minha mãe e corro para o meu carro. Já são 06:40 da manhã e eu ainda estou na metade do caminho para a universidade, e tenho que me materializar lá às 07:00 horas.

Me ferrei logo no primeiro dia de aula.

Chegando às 07:10, entro na sala da minha disciplina de Anatomia e me deparo com um homem bem apessoado, de cabelos negros nem curto nem longo, uma barba bem feita, vestindo uma camisa de botões em um tom meio rosado e calça jeans clara. Ele tem ombros largos, olhos marcantes e azuis, tem um "quê" sedutor, músculos bem trabalhados, aparenta estar na casa dos 35 anos.

Ele me dá as boas-vindas e se apresenta como Jonh. Eu dou um tímido sorriso e sento no meio (quinta cadeira) da segunda fileira da sequência de cadeiras espalhadas pela sala de aula, perto de sua mesa.

Olho em direção a minha direita e vejo uma menina loira do estilo mais patricinha e fresca do que eu, olho à minha esquerda e vejo um menino fiel ao estereótipo de nerd (óculos redondos de grau, cabelo meio bagunçado, mas um tanto "lambido" na frente e uma camisa de botão com uma estampa relacionada a algum jogo ou alguma coisa dessas de nerds). Olho para trás de mim e me salta aos olhos uma menina de cabelos longos mesclados - loiros e pretos, não sei bem - de pele morena e que aparenta ser simpática, já que não para de sorrir e acenar pra mim. Dou um pequeno sorriso de volta e me viro para prestar atenção ao que o professor sedução está falando; é algo relacionado a quantidade de ossos que possuímos em nosso corpo, que são 206, em sua totalidade.

Agatha ChristieOnde histórias criam vida. Descubra agora