Planos

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Fiquei transtornado com aquele abandono, o que seria daquela criança? Por que a mim? Era um turbilhão de coisas que eu tentava entender mas deixei de mão e quis conhecer mais sobre esse garotinho que fora deixado aqui, ele aparentava ter 8 anos, não mais que isso!

Eu: Então garotinho...como é seu nome?
Ele parecia tímido, o olhar era de quem não entendia muito bem o que se passava, por qual motivo estava ali.

Eu: Bem...não precisa ficar tímido OK? Que tal assistir televisão um pouco, tem um série de desenhos que talvez você pode gostar?
Ele meio de uma forma tímida sentou-se no sofá e assim comecei a procurar algum desenho que pudesse distraí-lo, parei em um desenho do Dragou Ballet z (meu desenho preferido rsr) e aos poucos o vi relaxar, fiquei o observando a todo momento e veio me uma lembrança que não  me fez conter as lágrimas, deixei o garoto na sala e segui pra cozinha, e lá me permite chorar, chorar de saudades, risadas, eu agradeço a Deus por conhecê-lo, descobrir coisas novas e entregar-se ao desejo e ao amor, ele vivia fazendo planos para o futuro,  pensava em adotar uma crian, eu queria muito, mas ainda era muito cedo, tínhamos só 24, anos de idade, e nem imaginava isso ainda, ele sempre falava que queria ver os primeiros passos da criança, e muitas outras coisas, ele não calava um minuto seuqer, quando não aguentava mais o ver falar, lançava um olhar do tipo: fica quieto boca de sacola, rsrs.
Após o cessar do choro, me assusto com a presença do garoto na cozinha, nem tinha dado conta que ele estava ali.

Eu: Então garotinho, porque não está assistindo? Não gostou do desenho?

Raduh: Raduh tio.

Eu:  Raduh??? Ah seu nome não é isso? Por que não está assistindo?

Raduh: É que eu escutei o senhor cholar, por que o senhor tava tliste?

Eu: Só algumas lembranças minhas, e não me chama de senhor que sou mais novo que tu rsrsrs.

De repente vejo seu rosto ficar triste, creio que até sei o motivo.

Eu: Eiiii, por que essa carinha triste?

Raduh: Minha mãe,  ela não me quer, vivia ligando comigo, e disse que eu ia molar com tio.

Eu: Ela te batia?

Raduh: batia, quando eu cholava muito, ela bligava comigo e me batia com a coda, doía muito e me dizia que num me quelia.

Fiquei pasmo com isso.
Como uma mãe abandona o filho, e ainda tem coragem de judiar e dizer coisas de baixo calão a uma criança? Se é que pode ser chamada de mãe, infelizmente essa é a realidade de muitos, eu fico transtornado com essa crueldade.
Seus olhos estavam cheios de lágrimas e tentei sair dessa conversa, essa tristeza dele, começava a doer em mim, infelizmente nem todos tem a mesma sorte de ter excelentes pais, eu fico muito grato  pelo pais que tive, sempre me incentivaram a lutar pelos meus objetivos, ser quem eu sou, quando contei sobre minha sexualidade, eles me apoiaram como nunca, e eu não tinha palavras para agrade-los por tudo e não me rejeitarem, pais assim são raros.

Eu: Oh não chora Raduh, vai ficar tudo bem, eu garanto. Que tal jogar no meu PSD hein, quero ver quem vai ganhar ( disse o abraçando).

Logo vejo um sorriso em seu rosto, fiquei feliz por isso...
Após horas jogando com ele, resolvo parar e fazer um lanche pra nós, de repente veio uma ideia na minha cabeça, que eu nunca pensei em realizar agora.

ADOTAR UMA CRIANÇA!

Sim, isso mesmo, quem diria, após ver aquele garotinho ali sozinho, triste, abandonado, vi que ele precisava de alguém que pudesse ama-lo,  cuida-lo, e dá um lar, de alguma forma esse garotinho me encantou, e vou entrar na justiça para adota-lo.


Espero que curtam essa história, aguardem os próximos capitulos!
      
       Abração 😉✌

Encontrando um amor (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora