' Cap.13- Início da conversa.

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Carol volta pra festa e vai até Paula. Ao chegar perto da amiga, que estava sentada de costa, aos pés da escultura do Cristo Redentor que tinha na festa. Ao tocar no ombros de Paulinha, Carol percebe que a amiga estava chorando.

- Carol: Paulinha!

- Paula: Oi! - diz, virando o rosto para o outro lado e passando a mão nos olhos.

- Carol: porque você está chorando?

-Paula: não tô. Cadê ela?!

-Carol: coloquei ela no quarto. Agora me explica porque você está assim...

-Paula: assim como?

-Carol: porque você está chorando?

-Paula: não tô, eu não choro.

-Carol: olha pra mim amiga! - Carol diz  virando o rosto de Paula para si, tendo certeza que elas estava chorando- fala!

Paula olha para Carol, e deixa as
lágrimas caírem.

-Paula: eu não sei véy, eu só não queria está sentindo, o que eu estou sentindo, entende?

-Carol: não, não entendo, me explica porque você não quer sentir?

-Paula: eu não sei exatamente o que é, só sei que nunca sentir isso antes, ainda mais por uma mulher. Eu já gostei muito de alguém sim, mas nada comparado a isso, Quando eu olhei pra ela a primeira vez, eu tive a sensação de que estava reencontrando uma pessoa muito importante do meu passado sabe, e ao mesmo tempo, eu senti como se tivesse encontrado alguém que traria sentido pra minha vida, mas eu não sei como lidar com isso, eu não sei o que fazer.

-Carol: esse alguém no caso é a Hari né?

-Paula: Claro né! Você tem percebido o quanto ela tem me deixado perturbada.

-Carol: sim, acho que todo mundo já consegue perceber o quanto ela mexe com você.

-Paula: então, eu não quero sentir isso, eu acabo sempre metendo os pés pelas mãos, e acabo sempre me machucando. Eu não quero me prejudicar muito menos prejudica-la.

-Carol: amiga, lamento te informar, mas esse é o tipo de sentimento que quanto mais você lutar pra não sentir, mais você sente.

-Paula: tá foda véy! É uma coisa muito forte, parece coisa de destino mesmo. Eu perco todos os meus sentidos perto dela. Enfim, deixa eu sentir sozinha, não fala nada pra ela, por favor.

-Carol: é amiga, você não vai conseguir esconder isso por muito tempo não, ela tem o direito de saber, você tem que falar com ela.

-Paula: mas e se ela não sentir o mesmo? Eu não aguento sofrer por amor mais não!

-Carol: e se ela sentir? Você só vai saber se falar com ela. Inclusive, ela está te esperando lá no quarto.

Nesse momento Paula sente seu coração disparar, ela olha assustada para Carol e quase não consegue falar nada, mas diz com a voz um pouco trêmula.

-Paula: O QUE?! como assim! Porque ela está me esperando? O que ela quer? Não tem porque ela querer falar fogo agora, a não ser que...

-Carol: amiga...

-Paula: não acredito Carol! Você falou de mim?!

-Carol: amiga quer saber, falei mesmo, eu não aguento mais esse clima entre vocês, tá na cara que uma está sentindo falta da outra. Ou você acha que não bebeu e ficou daquele jeito, pra chamar sua atenção?! E pelo visto conseguiu.

-Paula: o que eu vou falar com ela, eu não sei, sempre consegui falar as coisas, mas com ela é diferente, é tudo diferente quando se trata dela. Eu não tenho palavras perto dela.

-Carol: eu tenho certeza que na hora você vai saber o que dizer.

Paula para, pensa e decidi ir até o quarto, onde Hariany está te esperando.

- POV Hariany- quando fui com a Carol, perguntei o que ela queria, ela disse que nada, que só queria me tirar de lá mesmo, e ainda veio me dando água, não sei que mania é essa de ficarem me fazendo beber água. Mas sabia que tinha dedo da Paulinha nisso, ainda mais dando desculpinha com água, só podia ser idéia dela. Confesso que não estou me aguentando em pé, exagerei na bebida mesmo, não conseguia nem abrir os olhos, cai na cama e fiquei de olhos fechados até Carol mencionar o nome de Paula, fiz a Carol me explicar o que ela tinha a ver com nosso assunto, e ela falou que Paula pediu que ela me tirasse de lá e cuidasse de mim. Eu não entendo porque quando eu cheguei perto dela, ela saiu, e agora fica mandando os outros cuidarem de mim. Mesmo estando com muito e sono e muito cansada, insisto que a Carol chame Paula até o quarto, que eu quero falar com ela, eu preciso saber o que ela quer de mim, o que ela está sentindo, e também preciso falar algumas coisas pra ela.


~POV Paula: quando a Carol levou a Hari pro quarto, eu comecei a pensar em tudo que estava acontecendo, em tudo que eu estava sentindo, não consigo controlar minhas lágrimas, comecei a chorar, e pra me foder mais ainda, começou a tocar a música medo bobo. Fui até aos pés do Cristo Redentor que tinha na festa e fiquei ali, sozinha com meus pensamentos, sentimentos e lágrimas, o povo todo se divertindo e eu ali. Até que a Carol chegou, tentei disfarçar o choro, mas não consegui, na verdade, eu estava sufocada, precisava chorar, desabafar com alguém, então aproveite o clima, a música, o álcool e os ouvidos da Carol, e desabafei. Falei pra ela tudo o que eu sinto pela Hariany, mesmo sem saber exatamente o que é. Carol me ouve atenta, e me assusta quando diz que a Hari está me esperando no quarto, como assim? O que ela quer? Ela não pode está desconfiando de nada!
Estremeço, mas decido ir...

-Paula: quer saber, foda-se! Já tô na merda mesmo, vou lá!

-Carol: isso, vai lá, conversa de boa, vocês se gostam muito, quebra esse clima ruim logo.

-Paula: mas eu tô com medo do que eu posso ouvir dela, eu não quero me machucar mais.

-Carol: você quer que eu vá com você, te deixo lá, vejo como está o clima, depois saio?

- Paula: obrigada, mas não precisa não, você já fez muito. Vou lá sozinha.

Enquanto vai caminhando até o quarto, o caminho não é tão longo, mas parece uma eternidade, dá até tempo de passar um filme na cabeça de Paula, de toda sua vida, sua família, seus sonhos, e infelizmente de uma pessoa que já a fez sofrer muito, que foi muito importante, mas que a machucou demais. Ela lembra que todas as promessas que fez, que nunca mais amaria alguém, depois que essa pessoa destruiu seu coração. Ela tinha medo de amar, na verdade tinha medo do que o amor podia causa, do estrago que ele pode fazer, se não houver reciprocidade. Paula havia blindado seu coração, mas só até conhecer Hariany.

Quando Paula chegou no quarto, Hariany estava deitada de costa pra porta. Ao entrar, Paula sorriu ao ver que Hariany estava em sua cama, abraçada em seu travesseiro.
Paula foi caminhando devagarinho até ela, tocou em seu ombro e falou...

-Paula: tá me esperando?!


Um capzinho pequeno pra vocês não se sentirem abandonados por mim KKK

Como será essa conversa hein?!
Será que vai rolar?!

Acompanhem... Haha.
Bjus. Amo vcs 😍😂.

#Saudaçõespauriany 💞🙏

Pauriany - Predestinada conexão. 🔄 Onde histórias criam vida. Descubra agora