Calcinha vermelha

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Alanna narrando:

Cá estou eu, linda e plena tomando o meu banho gostoso, quando de repente cai na minha frente o Christian com cara de bobo me olhando:
— Me desculpe, esqueci de fechar a porta e só encostei, costume de morar sozinha e não fechar a porta, pego a toalha e me cubro, você se machucou? - fico preocupada.
— Não, relaxa eu que peço desculpas.
— Não tem que pedir, eu que não fechei a porta.
Ele se levanta e sai do banheiro e saio logo em seguida:
— Tem certeza que não se machucou?
— Tenho, não sou tão velho pra ter osteoporose, nenhum osso quebrou!
— Nossa, me desculpe por me preocupar com a sua queda - digo irônica.
Ele sai e me visto, saio do quarto e ele está com Gael jogando video game quase se matando:
— Meu Deus, parece até uma criança - penso alto.
— O que você disse? - Christian me interrompe dos meus pensamentos.
— Ah, nada, pensei alto.
— Mas eu ouvi muito bem, criança que você gosta de beijar né? - ele diz baixo para Gael não ouvir.
— HAHAHAHAHAHAHAHA! Aaai Deus, eu devo ter trocado os bichos da arca de Noé para ouvir isso!
— Ouvir o que? - Gael pergunta.
— Nada não.
— Vamos jogar Alanna? - Gael me convida.
— Ela não pode, está de saída não é Alanna?
— Na verdade eu só ia em casa rapidão e voltar.
— Ah, então vai lá e volta para nós jogarmos.
Saio do apartamento do Gael e dou um sorriso bobo ao notar o que Christian disse:
— Quem diria que eu iria gostar tanto do beijo de um maldito professor daquele.
Volto para a casa de Gael com uma grade de Skol Beats: — Vamos jogar? - digo.
— Opa! Mais uma pra ganhar de você Gael - Christian diz dando um tapa na cabeça de Gael.
Começamos a jogar e beber, a tarde foi até bem divertida, para quem estava entediada dentro de casa.
— A grade de cerveja acabou! - Christian diz.
— Merda, eu vou comprar mais.
— Vou com você. - Christian diz e eu faço cara de desentendida.
— O que é? Você não dirige, como vai trazer a cerveja?
— Tanto faz, vamos!
— Juízo vocês dois.
— Vai treinando aí para não perder tanto quando chegarmos.
Saímos do prédio e fomos conversando.
— Por que você não dirige? - ele pergunta me olhando.
— Eu dirijo sim! Mas não tenho carteira de motorista.
— E por que não?
— Porque os meus pais nunca me deixaram tirar carteira de motorista, daí depois que saí de casa a grana era curta e eu não tirei por isso.
— Ah, mas cadê eles?
— Vou te contar o que aconteceu, mas me promete que ninguém vai saber.
— prometo.
— Na noite em que saí de casa...
Flashback on:
— Mãe, pai, tô indo!
— Aonde você pensa que vai uma hora dessas?
— Tô indo a uma festa com a Esther mãe!
— Outra festa Alanna? Você não se cansa de festas não?
— Ainda vai com aquele bando de baderneiros e fala que é só com a Esther.
— São meus amigos mãe!
— Sua mãe está certa, hoje você não vai a lugar algum.
— Eles fizeram lavagem cerebral na minha filha, só pode, nunca vi gostar tanto de gay, lésbica, cachaça, festa, músicas inadequadas e etc... Como você menina.
— Você não percebe que esse pessoal é tóxico para você minha filha?
— Tóxicos são vocês, que são preconceituosos, homofóbicos e caretas.
Ao dizer isso sinto o ardor na minha face nesse mesmo momento.
— Saia da minha frente agora sua mal agradecida, te demos comida, teto, dinheiro, amor, carinho, boa educação e é assim que você nos retribui?
— Graças a Deus que eu não peguei essa "educação" que vocês me deram.
Vou em direção a porta e escuto:
— Se sair por essa porta nem precisa mais voltar para essa casa.
Abro a porta e não penso duas vezes antes de sair.
Flashback off.
Foi isso que aconteceu, já sabe de tudo antes que me pergunte.
— E como você se mantém mesmo sem trabalhar?
— Depois que saí de casa o meu pai me procurou e disse que só ficou do lado da minha mãe pra evitar uma discussão maior com ela depois.
— Isso não responde a minha pergunta.
— Ele e eu nos entendemos e um tempo depois o meu pai teve um infarto e faleceu, mas ele tinha um testamento pronto e no testamento ele deixou tudo para mim, além dos 5 aras. Deixei dois com a minha mãe para ela nunca me procurar.
— Ou seja sua mãe só estava casada com ele por dinheiro?
— Sim.
Chegamos no mercado e compramos as cervejas, quando chegamos no carro ele foi colocar no porta malas e eu entrei no carro, tirei a calcinha vermelha que estava vestindo e coloquei no banco de trás. Fomos para casa do Gael e continuamos jogando.
— Tá galera, deu a minha hora, foi maravilhoso ver vocês mas tenho que ir.
Nos despedimos e eu dou risada ao ver eles dois se cumprimentado:
— Tchau meu gostosão! Gael diz e põe a mãe na nuca de Christian.
— Tchau minha vida - Christian diz e aperta a bunda de Gael.
Dou risada e ele vai embora, começo a ajudar o Gael a arrumar o apartamento, já que sei que se eu fosse embora agora ele não iria arrumar.
Começo a lavar umas louças e Gael encosta no balcão da cozinha:
— Pode contar tudo - ele fala em tom de exigência.
— Contar o que? - me faço de desentendida.
— Não adianta fingir pra mim.
— Se você quiser eu te conto que nos beijamos na faculdade, mas não vou entrar em detalhes.
Ele fica com a boca aberta e fala em tom espantado:
— Hmmmm Sua Safadhenha!
— Uma hora dessas ele já deve ter achado a calcinha no banco de trás do carro dele hahaha.
— Como é que é dona Alanna? Vai me contando tudooo dessa história de calcinha.
Conto tudo para ele, desde o nosso primeiro beijo.
— Para quem não ia entrar em detalhes, falou até demais haha.
— Não enche o saco Gael!
Ele começa a fazer cócegas em mim e nós rimos.
Vou para o meu apartamento, deito na minha cama e fico me olhando com cara de boba no espelho do teto e me sentindo bem por me abrir com ele, além de imaginar a cara que ele deve ter feito ao ver a calcinha no banco de trás do carro dele.

Esse dia com certeza vai entrar pra lista dos melhores dias do ano.

OIIII AMORES E AMORAS!
DEPOIS DE UM TEMPO SEM POSTAR, NÓS VOLTAMOS🤗
COMENTEM BASTANTE O QUE VOCÊS ACHAM QUE VAI ACONTECER NO PRÓXIMO CAPÍTULO E A REAÇÃO QUE VOCÊS ACHAM QUE O CHRISTIAN VAI TER AO VER A CALCINHA.
ATÉ A PRÓXIMA.
BEIJINHOS DO TRIOOO😘😘😙

Maldito ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora