Capítulo 8

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Isabel on

Durante a caminhada que fizemos para chegar até o subway, Oliver continuava abraçando meus ombros, o que me fazia ficar completamente envergonhada quando passávamos pelas pessoas e elas sorriam. Que vergonha, a parte boa é que eu estava amando todo aquele toque. Quando em fim chegamos no subway, encontramos minha irmã e Gustavo na mesa comendo , Klara estava o observando com muita atenção para algo que falava. Oliver me olhou, olhei dentro de seus olhos, que me diziam "vamos interromper mesmo o momento fofo deles? " assenti e logo fomos ao encontro do casal.

- desculpa a demora, gente. Disse ele interrompendo a conversa dos dois, recebendo olhares diretamente para nós.

– Oliver me chamou para não segurar vela, afinal, vocês são muito melosos. Disse fazendo careta para eles que sorriram de modo constrangedor e vergonhoso.

- pedem o sanduíche de vocês logo. Disse Klara mudando totalmente de assunto. Nos juntamos ao casal, fiquei de frente para Oliver, que tinha seu olhar atento ao cardápio. Por fim, pedimos o sanduíche do dia. Tivemos a grande sorte de ser de churrasco. E Oliver estava completamente certo, se ele viesse sozinho aqui, ele estaria segurando vela. Os dois a todo momento trocavam flertes e beijos. A sorte dele é que estava comigo, acabamos nos distraindo com uma conversa. Estar ao lado dele me faz pensar se estou realmente apaixonada por ele. Minhas conclusões foram: eu, Cindy estou completamente apaixonada por ele. O modo dele falar, ou sorrir, me faz estremecer e deixar meu coração acelerar com tanta facilidade que me faz pensar o porquê de nunca ter acontecido comigo antes. Talvez seja o porquê de eu não estivesse preparada para encontrar alguém como ele, que me fizesse sorrir, mas um sorriso de verdade. Oliver tem a capacidade de me arrancar suspiros e sentimentos que nunca tive. É algo novo para mim, e enquanto eu estiver com ele, irei fazer valer a pena cada segundo que eu estiver ao seu lado.

Quando terminamos de comer, nos despedimos de minha irmã que falou que era para ele cuidar bem de mim, morri de vergonha por ela ter falado algo tão constrangedor. Gustavo falou algo no ouvido de Oliver que engoliu em seco e levou seu olhar para mim. Fomos andando  até o parque do centro da cidade, a todo momento estávamos com as mãos dadas o que me fez sentir suor pela região em que sua mão tocava a minha. Quando chegamos ao nosso local, peguei minha mochila que Oliver carregava, sim, ele carregou minha mochila até o parque, falando que eu iria cansar de tanto peso e ele era forte demais para isso, acabei cedendo e gargalhei de seu comentário completamente convencido. Tirei da mochila uma tela em branco, pincel e as tintas. Oliver pediu para que fizesse uma tela só das árvores que estavam entre nós, enquanto pintava, sentia seu olhar sobre mim.

- você é muito boa nisso. Alguém já te falou isso?

– você mais uma vez é o primeiro a me falar algo que ninguém me falou. Oliver se aproximou de mim, e sentou-se ao meu lado, tocando seu cotovelo ao meu.

- você sonha em ser uma pintora? Você tem um talento inigualável. É simplesmente perfeito. Corei violentamente com seu comentário, senti meu coração vibrar.

– quero ser uma pintora, sim. Pintar me traz paz, uma sensação de conforto e liberdade para expressar o que estou sentindo, entende?

- acho que sim, seus olhos brilham quando você pinta. É bonito ver você assim, inspirada. Disse ele, parecendo uma pimenta de tão vermelho, desviou seu olhar do meu e olhou para a grama...

– obrigada, Oliver. Continuei pintando, agora estava na parte das folhas caídas e no lago que estava em nossa frente. O sol estava em uma coloração alaranjada, permitindo-me saber que estava no final da tarde. Quando finalizei, olhei para Oliver que continha um sorriso de orgulho e olhou para o quadro com atenção, depois olhou para mim e sorriu

Amor à primeira vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora