Prólogo Parece algodão-doce.

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"Teus cabelos arco-íris me travou e me enlouqueceu"    

-Kamaitachi. Cabelos de Arco-Irís


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Acordo com uma dor de cabeça infernal pela festa do dia anterior, saio do abraço de uma garota loira tentando lembrar seu nome mas sem sucesso, então decido pegar minha roupa que estava jogada no chão do quarto e sair o mais rápido possível. Assim que saio ainda vestindo a jaqueta preta observo o caos que a casa estava, cheia de copos todos espalhados pelos cantos, horríveis manchas em todo o lugar, algumas pessoas dormindo espalhadas pelos sofás da sala e o terrível e forte cheiro de álcool que estava impregnado no lugar. Isso é um verdadeiro caos.

Vou pra minha casa não me surpreendo em encontrar ela vazia pelo fato de já estar próximo da tarde, então decidi apenas tomar um banho quente para me livrar das roupas que estava desde ontem, pegar um remédio pra ressaca na gaveta de remédios o tomando junto com um copo de água e ir em direção a uma cafeteria na cidade, já que minha paciência de fazer café estava igual a 0.

Saio pela cidade a procura de uma cafeteria pouco conhecida mas que tem o melhor café do mundo e que se tornou o meu preferido para curar ressaca pós festa, assim que entro o cheiro de café invade meu nariz fazendo todo meu organismo acordar ajudando um pouco com a dor que ainda estava na minha cabeça, me sento em um dos bancos de couro que fica ao redor da mesa faço meu pedido de sempre a uma amável senhorinha de nome Elizabeth.

Observo o lugar e as pessoas que estavam na pequena cafeteria além de mim, havia um senhor que aparentava ter seus 50 ou 60 anos a duas mesas de frente a minha já tomando uma xícara café e comendo um prato de panquecas com bastante cauda que fez meu estômago embrulhar daqui enquanto lia o seu jornal, havia também outra garota com um cabelo rosa claro como algodão-doce solto que ia até o meio das suas costas em algumas ondas, ela lia concentrada um livro que não pude identificar daqui e usava um vestido simples branco com algumas flores amarelas com um par de All Star pretos desgastados nos pés. Não havia mais ninguém na cafeteria além de nós três, o que não era surpresa já que ela vivia quase vazia normalmente.

Agradeci a garçonete que veio deixar o meu café e agradeci ainda mais mentalmente quando tomei o café que estava como sempre incrível e extra forte enquanto prometo que nunca mais vou beber tanto como fiz ontem.

Decido voltar pra casa depois de terminar meu café ansioso pra desmaiar na minha cama e acordar daqui a 100 anos, antes de ir dou mais uma olhada para a garota de cabelos rosa do outro lado da cafeteria, ela estava tão imersa em sua leitura que não percebeu que eu estava a encarando. Parece o exato tipo de garota que exala ingenuidade e que os pais matariam para manter caras do meu tipo muito longe da filhinha prodígio deles. Tenho uma breve sensação de conhecer ela de algum lugar mas nada na minha mente me faz lembrar de onde eu conheceria a inocente moça de cabelos cor de algodão-doce, sorrio sozinho e me levanto pronto pra ir pra casa.

Minha PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora