Me chama pra correr, aceitei, não vou parar
Motinha envenenada tô louca pra acelerar
Segura na cintura, aperta com pressão.
-Luísa Sonza, Pabllo Vittar - Garupa
— Sim, não mantemos muito contato como deveríamos, mas para todos os conceitos ele continua sendo o único parente "de verdade" que eu tenho. - reviro os olhos para aquela conversa mas tinha um sorriso fraco em sua direção, ele se senta na cadeira à minha frente me fitando com um sorriso no rosto e me pergunta o que tinha acontecido ali.
Explico que ele rapidamente toda a conversa sobre Logan querer me patrocinar nas corridas, mas eu neguei antes mesmo de terminar a proposta. Estico meu pescoço junto com minhas costas após soltar um bocejo de sono devido ao falo de ter acordado cedo e ter feito bastante coisa durante o meu dia.
— Patrocinar? -me olha confuso
— É, alguns caras cheios de grana e ternos chiques veem aqui e pegam corredores bons para investir neles contando que vencem as corridas colocando dinheiro no bolso deles. Quase como nas corridas de verdade, tirando o fato de que aqui se baseiam em apostas, então o dinheiro queira ou não queria é sujo.
— Sem querer ofender, mas porque vocês fazem isso? Arriscar a vida por dinheiro não me parece ser a melhor coisa para se apostar na sua vida. -o olho em silêncio ponderando o que responder mas decidi mostrar, me levanto da minha cadeira saindo do meu escritório e o chamando para descer comigo.
Me escorei na minha moto perto de onde aconteciam as corridas observando o local e apontei discretamente com o queixo para um homem que aparentava ter trinta e cinco anos usado uma calça jeans rasgada um moletom com capuz que cobria parte dos seus cabelos castanhos.
— Tá vendo aquele cara ali? Tem três filhos, a esposa morreu ano passado por um assalto que deu errado em uma loja, ele trabalha em uma venda de frutas no centro mas o que ganha mal dá para pagar a alimentação dele próprio então corre várias vezes aqui toda semana levantando quase quatro mil dólares. A garota ruiva saindo da pista com a moto vermelha? A mãe tem câncer e os remédios são muito caros para ela pagar com o salário de garçonete mesmo trabalhando em todos os turnos que consegue pegar, então vem para cá toda semana levantando quase mil e quinhentos dólares fazendo ela conseguir pagar o tratamento da mãe. O lance Josh é que nem todos correm porque querem, ou porque gostam da adrenalina, uns correm porque precisam do dinheiro que sai daqui.
— E qual é o seu lance Allison? -me pergunta olhando nos meus olhos como se esperasse desvendar o mistério mais profundo da minha alma.
— Eu sou um dos que gosta de adrenalina, que corre porque gosta de velocidade. Também porque tem um assunto que eu preciso finalizar para alguém. -percebo que minha vez de correr havia chegado então monto em minha moto mas antes de colocar o meu capacete chamo Evans para mais próximo de mim e o beijo deixando o pobre coitado atordoado com a ação repentina mas logo se recuperando e retribuindo.
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Minha Perdição
RomantizmJosh Evans é um típico clássico e adorável de clichê: bad boy, jaqueta preta, popular, festas nos finais de semana, sempre tem a garota que ele quer só precisando dar um sorriso acompanhado de uma cantada barata e pronto ela está em sua cama. Sua vi...