A filha do presidente H.S

Capítulo 1

{Flórida}

Uma gota de suor escorre pela minha testa. Minha respiração está ofegante e meu coração parece que vai sair pela boca a qualquer momento, os sons de tiros soam cada vez mais alto e meu corpo não parava de tremer. Eu sempre achei que estava vivendo um pesadelo nesses últimos anos da minha vida, mas nada se compara aquilo, nada se comparava ao que eu estava vivendo naquele momento, isso não se compara nem aos piores filmes de terror, no qual eu tenho medo, mas isto... eu estou morrendo de medo. E os tiros não param, gritos e mais gritos são soltados, e eu continuo agachada, encolhida e vulnerável, eu simplesmente não queria levar um tiro ali, mas os riscos estão altos demais e a probabilidade de eu sair viva dali era mínima.Vejo meu pai, o grande presidente abraçado a minha mãe, ambos estavam com uma expressão de puro terror, nós estávamos encostados em um carro, usando-o como escudo contra os tiros, mas pra mim aquele carro iria virar a qualquer momento, e então, não teríamos mais vida.

Eu estava em completo estado de choque, tudo estava indo tão bem, estávamos no carro de meu pai, indo direto para mais um de seus eventos, e então o tiroteiro começou. Vejo a equipe de seguranças do meu pai se aproximar de nós, eles pedem para nós levantarmos e corrermos para o helicóptero que estava a nossa espera á alguns metros de onde estamos. Mas eu não conseguia me mexer, tudo estava dormente, e eu só conseguia pensar que iria morrer ali, no meio de um estacionamento.

"Senhorita, preciso que se levante, por favor, temos que sair daqui agora, se não morreremos!!" Identifico a voz como a de Thomas, o segurança pessoal da minha mãe, seu rosto está cheio de preocupação mas ele parece firme, muito firme. De repente alguém surge atrás dele, o segurança do meu pai, no momento eu não conseguia lembrar o nome dele, eu não conseguia nem lembrar do meu, a expressão de seu rosto estava séria e dura, ele diz alguma coisa para Thomas que se afasta indo ajudar meus pais e então se agacha. "Escute-me, sei que está com medo mas temos que ir agora, você não quer morrer certo?" Balaço minha cabeça em afirmativa bem devagar. "Ótimo, então não irei deixar você morrer, pelo jeito você não vai conseguir andar então irei pega-la no colo, tudo bem?" Novamente balanço a cabeça.

Ele me pega no colo, com delicadeza, me aconchego em seu peito e neste momento eu pareço uma criança indefesa, mas eu não me importo, eu estava confortável ali naquele peito duro e cheio de músculos, eu me sentia protegida, e não queria sair de seu aperto firme mas carinhoso de jeito nenhum. Então me aconchego mais e espero ele chegar no helicóptero. Estávamos chegando perto do transporte aéreo, quando sinto uma dor, uma dor forte, demoro uns minutos para ver que uma bala tinha me atingido, na perna esquerda, escuto meu protetor soltar um palavrão e mais gritos e gritos, então tudo se torna preto e eu não vejo mais nada.

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2 horas atrás

Eu me olhava no espelho, observando minha imagem, é, até que eu não estava tão mal. Meu vestido de manga longa que ia até um pouco acima do meu joelho, junto com um blaser do mesmo tamanho era elegante, tudo preto. Minha meia realçava muito bem minhas coxas que não são tão grandes. Meu pai havia insistido em eu usar um penteado mais "elegante e normal" apesar de eu sempre estar assim concordei com sua insistência. As duas presilhas segurando minhas mechas para trás de cada lado me dava um ar inocente, me deixava com cara de que não quebrava algumas regras que rolam por aqui. Bom, ingênuo será quem vai pensar isso, porque eu não tenho nada de inocente e muito menos sigo regras como uma menina boazinha.
Não é que eu seja uma depravada sem-vergonha, porém não sou capaz de seguir e nem cumprir tantas regras impostas pelo meu pai. Como:não vá para muito longe, não vá ao shopping, praia? Nem pensar. Só ande nas ruas com seus seguranças, você pode conversar com seus amigos pela internet.