Capitulo 16

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{Harry}

Em todo esses anos de trabalho, servindo com êxito e profissionalismo, eu nunca tive que me estressar, não pelos menos do jeito que eu estou nos últimos dias, eu sempre trabalhei com pessoas que não me deixavam de cabeça cheia apesar de ter alguns casos entre outros, mas nada se iguala ao que eu sinto quando estou perto dela. A garota de olhos castanhos na qual estou designado a proteger tem verdadeiramente me deixado exaltado quantos aos meus sentimentos. Durante  meu treinamento eu aprendi a não revelar o que eu estou sentindo, ter um rosto inexpressivo é só uma das minhas diversas qualidades como segurança, sempre fui bom em não revelar o que penso, mas quando eu estou perto dela... parece que eu posso revelar tudo que eu sinto em segundos.

Claramente na maioria das vezes consigo manter minha seriedade com ela usando poucas palavras, mas ela insiste em querer conversar comigo, e porra, ela não fecha aquela boca, aqueles lábios que são atrevido e que não tem medo de me confrontar, e constando que eu não devo ter pensamentos que não sejam sobre o assunto trabalho, eu não deveria estar pensando na forma em como ela se prepara pra me responder bravamente, pressionando os lábios carnudos e levantando suas sobrancelhas, eu não deveria sequer cogitar ter esses tipos de pensamentos constando que ela é filha do meu chefe.

E isso tudo é uma grande droga.

Ser segurança de Flórida está sendo cansativo pois não duramos 2 segundos no mesmo lugar sem começar a discutir, e eu sei que eu não deveria respondê-la tão rudemente, que eu só teria que abaixar a cabeça e seguir as ordens, mas é praticamente impossível quando o prazer de ver ela se expressar por uma simples frase minha é maior.

Passo minha mão pelo meu cabelo pelo que é a vigésima vez, eu sou um idiota, e quem me colocou nessa enrascada também é um completo babaca, eu poderia estar com o presidente uma hora dessas cuidando para que ele fique seguro, mas o que estou fazendo? Cuidando de uma mimada que tragicamente não sai de meus pensamentos.

Bufo frustrado e me levanto indo para a cozinha, é segunda e os pais de Flórida ainda não voltaram, o que é uma pena pois esta sendo insuportável ficar praticamente sozinho nesta casa enorme com aquela garota. Eu nunca fui fã de estar em uma situação perigosa e que exigisse adrenalina, porém agora tudo que eu queria era um pouco de ação, estou num completo tédio nessa casa, Flórida não saiu de seu quarto desde a nossa pequena discussão na sala que resultou em mim dizendo coisas que não deveria, coisas que fariam eu perde a sanidade.

Pego um copo d'água e me senti no banquinho da cozinha enquanto penso no que farei, ainda é 13:00 da tarde, a cozinheira já preparou a comida, e falando em comida, por que Flórida não desceu pra almoçar? Se eu tenho uma visão e audição boa eu não vi ou ouvi ela passando por aqui em nenhum momento do dia, ela está se isolando no quarto?

Era só o que me faltava mesmo.

Largo o copo em cima da bancada e subo as escadas a passos firmes, eu não sou fã dela porém não posso deixar que morra de fome ou eu serei demitido, e isso está fora de cogitação, chego em frente à sua porta e sem enrolação dou dois toques, nenhuma resposta, volto a dar dois toques na porta e o silêncio continua firme. Respiro fundo juntando a pouca paciência que existe em meu ser e volto a bater em sua porta, não houve resposta novamente, então começo a ficar preocupado, e se ela tiver desmaiado?

"Flórida você está aí?" Silêncio.

"Se estiver aí poderia por favor abrir a porta e descer para almoçar?" Nada.

A filha do presidente H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora