|| Faculdade||

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Chegamos a faculdade por volta das 3 horas da tarde, me sinto muito familiarizado com o local porque também dava palestras para estudantes, eles me viam como um gênio me olhavam como se eu fosse um Deus, sinto falta mas não consigo mais, voltar. Não depois de tudo o que me aconteceu.

Spencer: Boa Tarde, estamos procurando uma estudante chamada Victoria Royal, poderia nos dizer aonde ela se encontra, falo para a gestora da faculdade que se chama Beth acho que é o apelido para Elizabeth, mas também não pergunto.

Beth: Sim, mas vocês quem são? Não possuem cara de alunos, muito menos tutores ou professores.

Morgan: Eu sou o agente Morgan, este é o meu parceiro Dr. Reid, nós estamos procurando a Victoria, pois a família dele foi vítima de um Assasinato, a senhora não soube?

Beth: Não, sabíamos.

Spencer: Como não ficaram sabendo, creio que foi noticiado na tv local da cidade e na internet também.

Beth: Caro Dr, nossa instituição é uma das mais antigas dessa cidade formamos quase todos os moradores daqui, prezamos pela nossa antiguidade aqui não possuímos nem internet nem televisores, mas se querem saber aonde está a Victoria aonde mais ela poderia estar se não no meio dos seus melhores amigos? Os livros, a biblioteca fica seguindo em frente e virando a direita.

Morgan: Obrigada. Estranho para uma universidade tão renomada e chique não possuir internet nem televisores.

Spencer: Para mim a definição disso é internato.

Morgan: Concordo, mas aonde estará essa garota? E como iremos acha-la?

Spencer: poderíamos nos separar, mesmo que a coordenadora tenha dito que ela estaria na biblioteca não é certeza.

Morgan: Verdade, vamos fazer assim eu dou uma vasculhada pelo Campus e você vai lá na biblioteca ver se a garota está lá ok?

Spencer: Certo.

Chegar a biblioteca não é tão difícil, sigo as instruções da coordenadora, e logo encontro a biblioteca que fica em um grande pátio fora do campus a sua arquitetura me lembrou muito os templos da Grécia antiga com suas pilastras grandes, em seu teto possuem pinturas de anjos douradas, seria ouro? As estantes estão repletas de livros, etiquetados entre clássicos, enciclopédias de todos os tipos, Romances e muito mais. Perdi a noção do tempo olhando quando esbarro em uma garota no mesmo setor que eu, o de psicologia, a analiso ela é baixa usa um suéter maior que ela, saias até o joelho e carrega um crachá no peito (não que eu tenha reparado nele, perante a marca dos seus seios no suéter verde) "Victoria"

Spencer: Com licença digo, você é a Victoria Royal?

Victoria Royal: Sim, porque?

Ela é direta, e também me analisa (acho que gostei disso) quando estou prestes a me apresentar, o Morgan aparece com a boca cheia de batata frita e sugando refrigerante em um canudinho, que ainda está fazendo barulho, Ela nos observa.

Spencer: Achei que você ia observar o campus, não encher sua barriga e ser inconveniente.

Morgan: Meu Deus Spencer, não precisa ofender cara, então essa é a garota?

Victoria: Que garota? E parem de falar como se eu não estivesse aqui tá bom, não estou entendendo nada.

Enquanto o Morgan enche a barriga eu decido fazer as apresentações, em particular é claro não acho que ela se sentiria confortável sendo interrogada por nós dois.

Spencer: Eu me chamo Dr. Spencer Reid, muito prazer.

Victoria: Spencer Reid? O Doutor Spencer Reid? Meu deus é você mesmo? Ai meu deus.
(Livros caem no chão)

Ela deixa cair os seus livros que estava segurando após eu me apresentar não entendi muito o porquê quando derepente ela me abraça um pouco sem sincronia e se encolhe depois do que fez e ter percebido que eu não a abracei de volta, se desculpa.

Victoria: Eu peço perdão, pela minha reação, e pelos livros que eu derrubei, os senhores podem se sentar e esperar aqui um minuto enquanto recoloco tudo em seu devido lugar?

Aceno com a cabeça fazendo um gesto que indica sim, e ela segue meio desengonçada colocando seus livros em suas prateleiras, isso me faz sorrir um pouco, quando me vejo analisando suas roupas, ela usa meia calça, e uma saia até os joelhos cáqui com sapatilhas e suéter, também tem no seu rosto um óculos grande demais para o seu rosto pequeno, ela volta com um sorriso tímido e meigo.

Victoria: Desculpe-me pelo meu abraço, mas eu sou sua fã número um, então o que o senhor quer falar comigo?

Fico surpreso ao saber que tenho uma fã, não sou um astro do rock nem um pouco atlético, e não vejo necessidade de tal formalidade já que acho que temos uma pequena diferença de idade.

Spencer: Por favor, não precisa me chamar de senhor, pode me chamar apenas de Spencer se preferir.

Victoria: Não me importo, então Spencer no que posso ajudar.

Spencer: Você é filha dos Royal não é mesmo.
Ela fica um pouco assustada com a minha pergunta, como se estivesse pensando o que dizer.

Victoria: Sim, eu sou, mas o que meus pais tem haver com sua vinda até aqui.

Penso em como conta-la que seus pais e irmãos foram assassinados, respiro um pouco, e decido ser o mais sutil possível para não magoa-la.

Spencer: Nós da UAC recebemos um chamado da polícia local para investigarmos uma onda de assassinatos que está ocorrendo pelo local, até agora só foram duas casas confirmadas, mas acredito que o assassino não irá parar.

Victoria: Compreendo, assassinos acabam sentindo prazer ao matar e cada morte que acontece mais eles, sentem prazer, mais se aperfeiçoam, mas ainda não entendo o que isso tem haver comigo.

Spencer: O fato é que a segunda família assassinada, foram justamente seus pais e seus irmãos.

Ela me olha incrédula, como se estivesse em choque, como se fosse... Não... Não ela ia, ela iria chorar, droga não a queria fazer chorar.

Victoria: Aí meus deus, mas como? Quando porque? Meus irmãos.

Estranho ela falar dos irmãos e não dos seus pais e os irmãos, acho que há mais alguma coisa nessa história que a envolve mas deixarei isso para o resto dos agentes.

Spencer: Eu e outro agente chamado Morgan precisamos que vá conosco até a delegacia para falar com os outros agentes relatar como era a vida com os seus pais.
Ela acena, e vai em direção aos dormitórios, pegar suas coisas, uso esse tempo para informar a Morgan que já a encontrei e que iremos para a delegacia juntos com ele, ele me manda mensagem dizendo que vai nos esperar no carro.

Assim que ela desce com suas coisas entramos no carro e seguimos.

Não sei muito como falar, mas sinto o ar do carro mais pesado minhas mãos soam, e eu não sei o porquê, geralmente eu não sou assim. Tento puxar uma conversa com a Victoria enquanto estamos no carro.

Spencer: Então, como uma mocinha como você, veio parar no ramo policial?

Victoria: Quer dizer que só porque eu sou mulher eu não posso, ser policial?

Spencer: Não, não foi isso que eu quis dizer... É que...

Morgan: Cara, é melhor você ficar calado.

Spencer: Mas você sabe que essa, não foi a minha intenção não sabe?


(Suspiro)

Victoria: Mas, respondendo sua pergunta Doutor, não foi uma escolha.

Ela me dá um meio sorriso, e volta a fechar os olhos, como se estivesse pensando em algo, e por um momento eu quis saber o que é, O carro para sinal de que chegamos.

A EstagiáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora