Capítulo 1

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Macy...

Me olho uma última vez no espelho do carro, respiro fundo e desço.
Pronta para uma nova armadilha, atravesso a rua e entro no luxuoso restaurante sobre os olhares de todos, dou risada internamente e continuo caminhando paro e examino as mesas e minha visão deve esta realmente embaçada porque o homem que está sentado à mesa seis é um Adônis, será que pela primeira vez nesses meses todos, de encontros marcados "online" eu finalmente acertei, a sedutora dentro de mim, dar pulos de alegria, corro até a mesa e paro na frente ao, cara mais gostoso que já vi em São Francisco.
Ele me olha com a testa franzida, parece confuso, bom claro que estaria se vissem como estou vestida, não me leve a mau, mas cansei de quebrar a cara, a pessoa marca um encontro com você e no seu perfil é lindo, inteligente, parece um sonho, mas quando me produzo toda "sexy" e gasto um dinheiro que não tenho com roupas, cabelos e toda uma produção, pra chegar no lugar e encontrar um baixinho careca e pervertido, ou um adolescente, e sem falar nos casados que esquecem da marquinha que a aliança deixa em seu dedo.
Olho para o Adônis de gravata parado a minha frente e digo.

— Um minuto, por favor?

Ele ainda me encara como se não entendesse nada, mas corro para o banheiro e começo a desmontar esse disfarce de megera, tiro os óculos de fundo de garrafa e pisco algumas vezes, Deus, por um momento acredito, que fiquei cega, solto os cabelos e ajeito as minhas ondas o mais comportadas possíveis, tiro aquele casaco preto que prende até encima meu pescoço e volto a respirar, um vestido preto de alcinha aparece, passo um batom nos lábios e sorrio ao me ver no espelho.

— Bem-vinda de volta garota.

Sorrio e saio apressada para encontrar o Adônis, de gravata me aguardando.

*****************

Quando retorno o bonitão a minha frente me examina e eu me sento, já tentando explicar o porquê do meu disfarce

ridículo, ele curva seus lábios num meio sorriso, parece se divertir com minha explicação.

— Me desculpe, sou a Macy, aquilo que você viu, bom, foi um disfarce, não me leve a mau, mas tô, cansada de ir a esses encontros e encontrar um careca gorducho, ou um pervertido, ou até mesmo um tarado, mas quando olhei a mesa seis e vi que não era nenhum desses personagens ridículo, bem então?...

Paro de falar quando ele estica a mão e empurra o vaso que está tampando o restante da numeração na mesa, olho de boca aberta, e se eu pudesse sair correndo desse restaurante eu sairia, momento constrangedor porque o número a minha frente é sessenta e cinco.
Ele abre um sorriso e então aponta o dedo na direção da mesa atrás de mim, onde está marcando seis e sentado lá tem um, cara baixinho de óculos, ponho a mão sobre o rosto frustrada e envergonhada, quando ouço a voz daquele homem pela primeira vez, parece esta ligada diretamente as partes íntimas, porque a vibração percorre todo meu corpo.

— Jax Wyatt.

Ergo meu olhar ainda envergonhada por meu engano, eu deveria saber que aqueles óculos era uma péssima ideia.

— Desculpe, eu não vi o restante do número, eu deveria saber que isso nunca daria certo.

Ele ergue sua sobrancelha e me encara com aqueles lindos olhos de azul penetrante, ele lambe seu lábio superior enquanto me observa.

— Talvez, esse engano, possa ser um ótimo negócio para nós afinal.

Agora, sou eu que faço careta, esse cara acha, que eu sou o quê.

— Não sou garota de programa.

Cruzo meus braços na defensiva, enquanto ele sorri.

— Eu não disse que era, senhorita?

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