Capítulo 3

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Macy

Podem dizer, isso é mesmo uma loucura, mas durante dias, não consegui parar de sonhar com Jax, eu faria de tudo para ter aquele homem por perto alguns dias, mas até então, fingir que era noiva dele e viajar para outro país, pronta para ser odiada por toda sua família, era ousado e arriscado até para mim, e se eles decidissem investigar meu passado, saberiam sobre meu pai, e ainda, correria o risco de ser encontrada pelas pessoas, que ainda querem vingança pelos golpes aplicados, por meu pai.

Tentei explicar isso para Nancy, minha colega de apartamento, mas ela disse que eu estava louca e correndo o risco de sumirem comigo, mas quando eu expliquei de quem se tratava, ela faltou me empurrar para fora do apartamento e entrar logo no táxi para ir até o aeroporto.

— Caracas amiga, eu ainda não acredito, você vai ficar por vinte dias com Jax Wyatt, o empresário mais cobiçado por todas as mulheres de São Francisco.

— Que provavelmente, já comeu todas, Nancy, porque é isso, que caras como ele faz, mas nada de compromissos.

Minha amiga se joga na cama e solta um suspiro sonhando alto.

— Você já pensou, que esse engano, talvez seja coisa do destino?

Faço um giro de cento e oitenta graus com meus olhos.

— Claro que foi, é por isso que ele esta me pagando, o destino sabe que minha vida é uma merda e tenho contas e contas para pagar, jogou Jax, na minha cara para me lembrar, que ele nunca será para meu bico.

— Nossa amiga, você consegue mesmo estragar um momento perfeito.

— Nancy, só prefiro a realidade, sonhei uma vez e quebrei a cara.

Continuo ajeitando as malas, até o horário de me encontrar com Jax.

— Que horas é o voo?

— Ele vai passar aqui, as 20:00 hrs.

— Grécia, uau que sonho amiga.

— Algo me diz, que estou prestes a embarcar num pesadelo, eu conheci o simpático do pai dele e o, cara nem me dirigiu uma única palavra.

Pensar nisso me causava arrepios, ainda tinha a tal prima que estava prometida a ele, são tantos para me odiar, que vou precisar ter cuidado ao comer algo oferecido por eles.

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Não sei se é o nervosismo, ou a presença de Jax ao meu lado, ele era intimidador e tão atraente que as aeromoças pareciam querer se oferecer para, acompanha-lo até o banheiro, vê tantos olhares sobre o homem que é meu, me irrita, bom pelo menos era para parecer isso certo, estávamos noivos, mas a encenação só ia valer quando chegasse a Grécia, Jax estava bem confortável sobre o assédio de tantas mulheres, quando ele sumiu por alguns longos minutos, aquilo me irritou, eu estava ali pronta para salvar a vida daquele babaca, enquanto ele comia aquelas vacas no banheiro, isso era muita humilhação, me levantei e fui até os fundos onde ficava o banheiro, quando me aproximo da porta escuto barulhos e muitos gemidos suspeitos, que merda era aquela.

Estou parada na porta, quando ela se abre a uma aeromoça sai baixando a saia, ela fica assustada quando me vê, provavelmente me reconheceu do lugar ao lado de Jax.

Jax vem logo atrás, fechando o Zíper da calça, quando seus olhos se deparam comigo parada ali, e a vaca ainda continua parada a minha frente, tremendo e agora gaguejando de medo.

Olho para Jax, que por um segundo parece sem graça e solto as farpas esperando que alguma atinja.

— Você é nojento...

Então começo a voltar em direção ao meu lugar, escuto a vaquinha, choramingando algo.

— Ai meu Deus, ela não vai contar nada vai?

— Não, ela não vai.

Babaca arrogante, não tem o mínimo de respeito por mim, volto apressada ao meu lugar e ponho meus fones de ouvidos e toco o play na palylist mais pesada que tenho, não quero ouvir o som da respiração de Jax, até que esse voo termine, fecho os olhos e mergulho no escuro, sinto ele sentando ao meu lado, mas continuo de olhos fechados ouvindo as letras que me trazem a realidade, homens são todos iguais Macy, não existe nenhum que tenha respeito com você, mas eu estava aqui porque fui contratada, então faria o meu papel, mas só quando chegasse a Grécia, até lá me manteria neutra.
Jax não disse nada e nem tentou falar comigo, ele entendeu o recado e acho, que percebeu que sua atitude foi grosseira.

Era dia, quando o avião pousou no aeroporto da Grécia, agora era tudo ou nada, respiro fundo e Jax está com os olhos, parado em mim, está pensativo e não sabe o que dizer, reviro os olhos mentalmente.

— Vamos...

Ele balança a cabeça e se levanta, desembarcamos e aguardamos nossas bagagens em silêncio, aquilo era muito constrangedor, decido facilitar as coisas, porque mesmo estando irritada eu não tenho esse direito, Jax é livre e eu estava bancando a idiota.

— Olha, desculpe, agi feito uma idiota, aquilo não é da minha conta, tudo bem?

Ele examina meu olhar, antes de falar qualquer coisa.

— Me desculpe, aquilo foi grosseiro, não deveria ter me comportado como um cretino, que come aeromoças em banheiros de avião.

— Eu sou vacinada contra cretinos, não esquenta.

Aquilo deveria soar como uma brincadeira, mas parece que atingiu Jax, em algum ponto.

As bagagens chegam finalmente, dando fim aquele momento constrangedor, isso já estava ficando chato.
Caminhamos em silêncio, até localizarmos um homem todo de preto com um chapéu de motorista na cabeça, ele segura uma plaquinha, contendo o nome de Jax.

— Claro, que eles mandariam Félix.

Olho sem entender nada e Jax explica, enquanto Caminhamos até o homem de meia-idade.

— Esse é Félix, motorista da família.

— Ah!

Como se eu entendesse algo.

— Isso é uma forma, deles dizerem que não tenho escolha, vamos ter que ficar hospedados lá na mansão.

— Merda, isso só melhora.

Jax me olha.

— Desculpe, mas precisava soltar um palavrão, antes de tudo.

Ele abre seu primeiro sorriso, desde que desembarcamos.

— Olha ele aí.

Brinco pra manter o clima agradável.

— Gosta, quando sorrio?

— Eu prefiro, e essas covinhas ai, são um pecado ficarem escondidas.

Como eu sabia, seu sorriso se transforma em uma gargalhada alta.

— Olá garoto, que bom tê-lo de volta.

— Só estou de passagem Félix, olha essa aqui é Macy, minha noiva.

— É uma bela moça Garoto, mas seu pai não disse nada, sobre você está noivo.

— Claro, que ele não diria Félix.

O senhor simpático, abre um sorriso em minha direção e entramos no carro, o frio toma conta de mim e o nervosismo invade tudo por dentro de mim.
Jax me olha apreensivo, eu vejo a preocupação em seu olhar, mesmo ele tentando se manter calmo.
Ele segura minha mão e de repente sinto calor.

— Fica calma, não vou deixar você só.

— A gente vai ter que ficar na mesma casa, que seus pais, como vamos fazer isso?

— Minha mãe é legal, você vai gostar dela e a Giagiá também.

— Tomara, porque estou com meu estômago dando nó por dentro.

Ele abre um sorriso e continua segurando minha mão, aquilo me acalma por incrível, que pareça.

Fico observando o caminho todo até entrarmos numa vila, que só tem um enorme portão luxuoso na frente, olho para Jax.

— Essa vila, é dos meus pais.

Sério, eles têm uma vila inteira, meu Deus onde eu estava me metendo, esse povo tinha muita grana.
Quando o enorme portão se abre, o carro continua o caminho por mais uma hora, meu Deus eu estava louca mesmo.
Quando o carro parou na frente da grande mansão luxuosa a minha frente, fiquei com os arregalados observando o tamanho daquela casa.
Jax pega minha mão e me olha, tentando saber se estou pronta, bom estou aqui então.


***************

Somos recebidos, por uma senhora sorridente e simpática e pela sua feição e alegria ao ver Jax, eu diria que é sua mãe.

— Mamá...

— Oh, gios (filho)

Eles se abraçam, enquanto eu fico esperando o gelo vim em minha direção, mas me surpreendo, quando Jax me apresenta a mãe e ela sorri.

— Mamá, essa é minha noiva, Macy.

— Oh! Ela é linda, meu filho.

— Macy, essa é minha mãe, Anne.

A mulher me abraça e sinto sinceridade, em seus braços.

— Já ajeitei uma Suíte no andar de cima, para vocês dois.

Olho para Jax, esqueci que ficando aqui teríamos que ficar no mesmo quarto ou nada daria certo, Deus a garotinha dentro de mim, deu pulinhos.
Subimos até o andar de cima e Jax para de frente a uma enorme porta, quando abre, parece que São Francisco inteiro cabe ali.

— Posso ficar, no Sofá.

Eu nem me dei conta, de Jax falando.

— Ah! Tudo bem, a cama é grande, não vejo problema em dividir.

Ele ergue a sobrancelha, com um sorriso torto nos lábios.

— Eu durmo nu, isso é verdade Macy, então.

— Ah!

Não me lembrava, que ele mencionou algo assim, mas eu não me importava, ainda assim de dividir a cama com ele.

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