Crônicas de uma Pobre

Capítulo 6

Carai, meu dia ontem foi ótimo, chuva, sem ter que trabalhar igual uma mula.

Foi incrível, literalmente.

Mamãe disse que já que meu aniversário está chegando, eu devo ficar tranquila. Aliás, o Kaio, meu crush de infância, estará no meu aniversário.

Se estou feliz? Sim. Mas isso não quer dizer que vou conseguir ter algo com ele. Depois de gostar de um embuste do trabalho, o Milton Nascimento Silva, eu desisti. E também, não sou muito dependente.

Mas enfim, tenho que ir trabalhar.

Não gosto de falar muito do meu dia no trabalho porque é um lixo. Mas enfim, trabalhei, recebi as mesmas cantadas bostas daqueles velhos lá e fui pra casa.

Está se aproximando a cada dia o meu aniversário, e eu tô feliz que irei fazer 26 aninhos.

A cada ano que passa a minha esperança de ficar rica diminui 1%.

Sei lá, o que eu faço? Não existe Daddy de verdade aqui no Brasil, daqueles podre de rico com 98 anos de idade e problemas respiratórios, aff, país tóxico.

Chegando em casa, eu como um pão de sal que eu tinha comprado de manhã, e logo o carro do peixe passa na rua.

"XERERETE APENAS 10 REAIS FREGUESA, SIM APENAS 10 REAIS. APROVEITE A PROMOÇÃO, BACALHAU APENAS 15 REAIS O KILO. CAMARÃO APENAS 15 REAIS O KILO. VENHA VENHA COMPRE E SEJA FELIZZZ

Decido comprae xererete para comer na janta. Ponho o peixe na panela de pressão e espero uns 50 minutos até ele ficar pronto.

Na hora de comer, eu esqueci que não era frango, e engoli um espinho da Porra do peixe.

Vou correndo pro hospital, e eles perguntam o que houve, eu digo espinha espinha, e eles logo entendem e simplesmente fazer eu tossir até sair.

EU NÃO ACREDITO QUE FUI PARAR NO HOSPITAL POR CAUSA DE UM ESPINHO DE PEIXE, SERIA MELHOR SE FOSSE UM ATAQUE CARDÍACO, PELO MENOS SERIA MAIS CHIQUE.

Nem pra ter alguma coisa chique eu presto, Puta que pariu.

Esse foi mais um capítulo de crônicas de uma pobre. Espero que gostem e que votem bastante. Amo VCS e obrigada por estarem me apoiando, em especial Sara, minha autora favorita.