Capítulo 14

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Marina

1 hora depois Bernardo pegaba na minha mão enquanto descíamos do prédio como um casal normal. Ele estava com a arma na cintura para usar caso eu fizesse algo contrário do que ele me mandasse.

Entrei no carro com ele e ele colocou a arma perto da marcha do carro e pegou meu celular

- Mandei o Lucas descer com ela. - Ele disse

Não falei nada, apenas assenti.

Mas quanto mais próximo o carro dele ficava da minha casa, mais agoniada eu ficava. Só conseguia pensar na Clarinha e que o Lucas não entregasse ela.

Eu deixaria o Bernardo fazer qualquer coisa comigo, mas com ela não. Eu deixaria ele atirar em mim, bem na cabeça quando eu recusasse pegar ela, mas eu não deixaria ele tocar na minha filha.

Chegamos na rua da minha casa e pude ver o meu pai, o Lucas e a Clarinha lá em baixo, em frente a portaria.

- Eu vou descer e pegar ela. Quem é esse cara que tá com ele? - Bernardo perguntou

- Meu pai - Falei

- Não se atreve a sair desse carro. Eu vou lá

Ele iria pegar a arma mas eu toquei no braço dele e ele me olhou

- Não pega na minha filha com isso, por favor, ela é só uma criança- Falei e ele soltou a arma no mesmo lugar

- Já volto amor - Ele disse e saiu

Eu tentava respirar fundo enquanto assistia tudo de longe mas eu não conseguia. Quanto mais perto ele chegava, mais agoniada eu ficaba.

Pude ver uma briga de longe, Lucas falava alto com ele e se negava a entregar a Clarinha. Mas não sei que porra deu nele que ele entregou.

Foi o suficiente para um start em mim.

Peguei a arma e saí do carro apontando pra ele

- SOLTA A MINHA FILHA - Gritei me aproximando dele

Bernardo deu uma risada debochada

- Amor, volta pro carro - Ele disse

- Solta a minha filha, agora! - Falei

- Marina, calma, não atira - Meu pai disse

Clarinha começou a chorar

- Tá louca?- Bernardo disse me olhando fixamente nos olhos

- Você não imagina quantos lados loucos eu tenho - sorri

- vamos voltar pro carro -Ele disse - Agora!

- ela vai voltar pra porra nenhuma, parceiro. E agora me dá a minha filha - Lucas disse puxando a Clarinha

Bernardo não queria soltar e isso estava machucando ela. Então eu respirei fundo e atirei na perna dele.

Ele caiu no chão de tanta dor e eu me aproximei dele

- Eu vou matar você seu desgraçado- Falei entre lágrimas

- Filha, já chega! - Meu pai pediu- Não se perde por conta desse babaca

Lucas se aproximou, sem a Clarinha que provavelmente estava com meu pai e chutou o Bernardo

Lucas não parou e foi pra cima dele e continuou metendo porrada nele.

- já chega Escobar - Meu pai gritou- Já chamei a polícia merda

Lucas não parava e os meninos desceram para a calçada do prédio. A rua estava cheia de pessoas.

- Cara tu vai matar ele -Raví gritava-Já chega cara

INFINITOS LADOS - ESPECIAL QLLVTOnde histórias criam vida. Descubra agora