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- Tenha calma, senhor. - A enfermeira falou. - Vamos conversar mais um pouco. Não deve tomar uma medida tão drástica assim. Pode fazer mal para a sua mulher ser deslocada assim tão de repente.

- Eu vou levá-la, hoje. - Meu pai falou firme e a mulher recuou.

- Você não vai conseguir marcar consulta para essa noite. Não quer falar com a senhora Jeon antes?

Você não entende mulher? Minha mãe ficaria mais segura na rua do que nas mãos incompetentes de vocês.

Vocês estão matando ela por dentro.

- Não é necessário. - Meu pai respondeu. - Minha esposa vai voltar comigo hoje. Eu mesmo vou levá-la. Liguei de manhã e avisei sobre isso. Como eu disse ao telefone, não temos mais dinheiro para pagar pela internação dela aqui. - mentiu, como havia me dito que faria quando conversamos no carro. - Não há alternativa.

- Talvez você possa fazer um empréstimo no banco ou poderíamos parcelar tudo e...

- Por favor, para de insistir. - pedi. - Meu pai já explicou tudo para vocês. Não podemos só ir embora?

A mulher me olhou aflita, mas pareceu ceder.

Por sorte não era aquela enfermeira do outro dia que veio nos acompanhar. Ela teria dado problema.

- Tudo bem. - A mulher concordou. - Vou chamar algum enfermeiro para nos ajudar.

Alguns minutos depois e estávamos no quarto da minha mãe. Ela sorriu ao nos ver e veio apressada para nos abraçar. Mostrando afeto para mim e desconfiança em frente ao meu pai, perguntou se ele estava sabendo do que as enfermeiras estavam dizendo.

- O que elas estão dizendo? - perguntei.

- Que eu piorei desde a sua visita. - Ela pegou nas minhas mãos. - E que seria melhor eu não te ver mais.

Olhei para o meu pai surpresa e ele assentiu.

- Recebi essa informação pelo telefone. - Foi tudo o que ele falou até chegarmos no carro.

E pelo visto ele ignorou.

Sorri e peguei em uma das mãos da minha mãe.

O enfermeiro que nos acompanhou até lá se despediu de nós e voltou para dentro da clínica. Eu e minha mãe estávamos sentadas atrás e meu pai na frente.

- Quando me disseram que você não podia mais vê-la, eu não tive dúvidas de que tinha algo errado, Seyoung. Você nunca pioraria a condição da sua mãe... mas talvez tenham percebido sua desconfiança na última vez em que esteve aqui e por isso queriam afastá-la.

- O que houve, Seyoung? Aconteceu alguma coisa daquela vez? - Minha mãe perguntou e eu balancei a cabeça negativamente.

- Só fiz umas perguntas. - Deixei a frase no ar e olhei para a janela do carro.

A porta da clínica se abriu e minha boca também ao ver quem estava saindo de lá.

Hyunggu e Yerin desceram os degraus da entrada de mãos dadas e passaram ao lado do carro, onde eu estava.

Yerin sorria. Era um sorriso bonito de fato, mas como eu sabia o que ela fazia, não havia como me encantar com ele.

Why do You love a Loser? ▪ KinoOnde histórias criam vida. Descubra agora