A luz da lua entrava pela fresta da cortina, eu estava sentado no sofá usando apenas uma camisa de botões e encarando o celular a minha frente sobre a mesa de centro da sala.
Sem mensagens, sem ligações.
O silêncio da casa era ensurdecedor, eu havia brigado com ele e agora estava me lamentando pois o mesmo havia simplesmente saído pela porta e me deixado, meus dedos formigavam de nervoso, o barulho de carros do lado de fora da minha casa eram a esperança de vê-lo passar pela porta e dizer que tudo estava bem e ele ainda me amava.
Eu deveria ligar para ele e mostrar que me importo.
Minhas mãos seguiram automaticamente para o telefone, mas rapidamente me impedi, isso o deixaria mais furioso.
Ele gritou comigo dizendo que eu era um louco ciumento, aquilo me cortou o coração, mas talvez ele esteja certo. Talvez eu seja mesmo um louco ciumento, mas naquele momento eu só podia imaginá-lo sozinho no escritório beijando outra pessoa que não fosse eu.
_ Eu sempre estrago tudo - sussurrei pegando o celular.
Havia a pequena esperança que uma mensagem dele estivesse lá apenas o celular não avisou.
A tela se acendeu e… ainda sem mensagens.
_ Que droga Yixing você vai me matar.
Joguei o celular de volta na mesa e voltei a sentar cruzando os braços, me sentia como uma criança birrenta que perdeu seu brinquedo mais precioso.
Talvez pedir desculpas fosse a resposta, mas o sentimento de que no fim das contas eu estragaria tudo tomava conta de mim, não queria perdê-lo.
A esse ponto eu comecei a andar pela casa como uma maldita assombração, a ansiedade tomou conta de cada célula do meu corpo, meu coração batia forte pelos motivos errados, deveria estar acelerado pelos beijos e toques do Yixing, mas estavam assim porque ansiavam pelos mesmos.
Me sentei na mesa encarando o balcão.
O casaco dele ainda estava lá, deve ter saído tão apressado que acabou esquecendo-o.
Levantei-me da mesa e peguei o tecido em minhas mãos, apertei a roupa contra meu corpo, ainda tinha seu cheiro, as batidas do meu coração começaram a desacelerar, me sentei no chão em posição fetal ainda apertando o casaco contra o meu corpo.
Não era a mesma coisa, não emanava o calor agradável que seu dono emanava, tinha o cheiro de sua pele, mas não era macio, nem seda é tão macia como sua pele.
Vesti o casaco e me deitei no chão olhando para o teto.
Esperava dormir…
Eu não consigo dormir.
O celular tocou, me levantei rapidamente do chão e corri em direção ao mesmo, estava tão nervoso que acabei o derrubando no chão e fazendo uma rachadura aparecer na tela, o pequeno fio cortava o nome "Baekhyun" no meio, suspirei desanimado.
Apenas deslizei o telefone vermelho para a esquerda e desliguei o aparelho.
Eu estava prestes a encarar a noite mais longa da minha vida.
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Two Nights - Sulay
FanfictionA luz da lua entrava pela fresta da cortina, eu estava sentado no sofá usando apenas uma camisa de botões e encarando o celular a minha frente sobre a mesa de centro da sala. Sem mensagens, sem ligações. O silêncio da casa era ensurdecedor, eu havia...