Four

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《Ha Na PoV's》

Eu estava cansada, cansada de fingir estar bem e confiar neles que me sequestraram e estavam fazendo isso de novo, mas que escolha eu tinha? Eles tinham armas e contatos, eu não passava de um brinquedo. Era o que eu pensava esses dias, estava exausta de tudo, não era eu, eu estava morrendo, minha mãe não seria capaz de deixar um absurdo destes ocorrer, ela nunca comentava de meu pai e não vai ser de um dia para outro que ele vai me procurar.

Suspirei de quase alívio ao não ter sentado perto do Yixing, quem se sentou ao meu lado foi o Kyungsoo-sshi, ele mal tinha expressão e isso me deixava mais assustada, me viro para a janela com o olhar triste, por que comigo?

— Ha Na? — pergunta receoso, com medo de algo, ou até mesmo compreensivo de algo.

— Sim, Kyungsoo-sshi. — respondo disfarçando a voz que queria sair chorosa, minha mascara estava caindo, eu não poderia deixar isso ocorrer.

— Aconteceu algo? Está com medo? — fala com voz mansa, eu até seria amiga ou gostaria dele se não fosse Síndrome de Estocolmo.

— Não, não é nada. Só o medo prévio de andar de avião. — minto para ele, eu não confiava em ninguém, não consigo e nem quero, não sou trouxa.

— Eu estarei aqui qualquer coisa. — falou doce, claro estará aqui para abusar de mim, não é? Pensei sarcástica.

Me viro para janela novamente, me encolhendo, enquanto pensava nas merdas a qual estava passando, eu só queria que o TaoZi me salva-se mesmo tendo feito o que fez, eramos amigos, eu só queria minha cama. Em meio a tudo isso durmo, porque eu não dormia pelo meu medo me consumindo de noite, eu tinha medo que algum deles me fizessem mal.

《Sonho》

Eu estava correndo, correndo pela minha vida, fui traída de novo, por aqueles tinha ganhado a mínima confiança possível, estava correndo dos seguranças da mansão a qual me mantinham presa, corria pelo fio de esperança que tinha para floresta a fora, eu estava em território chinês, mas nem cantonês ou mandarim falava.

Eu preferia ter morrido a ter aquilo, até ouvir a voz de um amigo, eu já não tinha forças por estar extremamente desnutrida e desidratada, mas me forçava a isso, não queria mais ser abusada e espancada. Corro para essa voz, a qual cantava a mim de noite, Kyungsoo, veio para me salvar, como tinha me prometido, vi Huang Zi Tao junto e comecei a chorar enquanto não sei como, correndo, minha garganta seca necessitada de água, a cada passo me sentia menos suja.

《Sonho Off》

Acordo assustada, no vôo a qual todos dormiam por ser madrugada, me levanto e vou para o banheiro me certificando se todos dormiam ainda, entro na pequena cabine e acendo a luz, que era a única artificial que me salvava de meus medos constantes. quando me olho no espelho novamente sem estar viajando pelos meus pensamentos de novo, noto que eu chorava, meu rosto estava avermelhado por isso, principalmente meu nariz, suspiro entrecortada, lavando meu rosto, eu só queria minha mãe, mas até meu celular tiraram de mim. Minha alma estava se esvaindo. Eu estava morrendo.

Volto ao meu assento em modo silencioso e volto a olhar a paisagem, estava um pouco nublado, mas estava tudo tão bonito e iluminado que me dava medo, por não estar mais em minha terra, não estar numa terra que saiba o idioma é certamente assustador, mas meus pensamento volta ao sonho que eu tive, seria uma premonição? Não sei, mas também não quero saber, foi bom e horrível a sensação, parecia tão real. Mas depois apenas continuei a adimirar a paisagem tão linda.

Algumas horas de vôo depois》

Chegamos ao nosso destino tão "desejado" e fomos nos ajeitando pra sair daquele avião, indo até a área do aeroporto onde podiamos pegar nossas bagagens, até que o Suho disse que iria fazer uma ligação para virem nos pegar, para ir até a casa do chinês que ele tinha falado. Então quando pegamos todos as bagagens fomos para fora esperar a carona, apenas fiquei quieta escutando os outros conversarem sobre várias coisas que eu não entendia.

Alguém se sentou do meu lado suspirando, era a HaeSoo.

— Oi... Como foi estar em um avião?- perguntou simples.

— A... Normal consegui dormi um pouco até — disse a olhando.

— Que bom então.— sorriu e voltou a ir falar com os meninos, acho que ela percebeu que eu queria ficar um pouco sozinha para poder pensar... Ou é porque ela não tinha assunto.

Suspiro, o ar de Shangai era extremamente estranho, cheio de prédios altos ao longe e várias luzes, eu não gostava da idéia de estar na China, sempre tive certo trauma de chineses pelos meus colegas de classe, era difícil de explicar, olhava para tudo e estranhava, me sentia deslocada com todas aquelas pessoas falando coisas que eu não entendia.

《Yixing PoV's》

Na hora do voo eu não fiquei ao lado de Ha Na, eu não queria fingir para ela mas era uma coisa que eu já estava fazendo com tudo e todos, eu tinha que salva-la e para isso teria que fazer do pior e do mais baixo, se não todos morreriam por uma coisa banal e desejo obscuro.

Ela foi tão tola naquele dia, que até eu mesmo fiquei com dó de agir daquela forma com ela daquela forma falsamente doce, me dava nos nervos aquela cara fofa, a qual eu teria que acabar com a vida, em partes.

Por que alguém como eu, sempre tem que colocar todos em perigo? Aish, isso me irritava. Porém. A mascara não caia, não sai, virou como uma segunda personalidade a mim, de tanto que tive que passar apenas preferi esconder. Eu não precisava deles e sim, dela, não é o sentido de obsessão que estão pensando, é tudo por um bem maior que eu preciso realizar, mas não é por riqueza, longe disso. Em pensar que para isso teria que sequestrar e praticamente vender uma pessoa por outra, me deixava extremamente triste.

Sou acordado de meus pensamentos pela voz do Minseok hyung, falando que a gente havia chegado, logo a teria em meus braços.

《Ha Na PoV's》

Sou levada pela van, que veio nos buscar, mesmo querendo correr dali e pedir ajuda, eu não conseguia, pelo medo que me consumia a cada instante, do modo que Yixing parecia distante, me dava medo, eu sabia, no fundo sabia que seria apenas um brinquedo, seria usada por algo que meus pais fizeram no passado, sabia que pagaria pelo mal que alguém fez, afinal, isso sempre acontece com alguém, próxima ou não de você e agora nesses dia estava acontecendo comigo, eu nem sabia se eram aqueles nomes verdadeiros das pessoas que falavam baixo por ainda ser manhã para não acordar os outros que dormiam.

Quando o automóvel finalmente parou numa casa consideravelmente grande para Shangai, os meninos desceram levando suas malas, como se aquilo fosse apenas uma viajem e férias inofensiva. Saio, com apenas roupa no corpo, a qual nem era minha, eu não precisaria se seria morta de qualquer forma, eu apenas esperava o pior. Minha vida não era as mil maravilhas como todos pensavam, afinal de tudo.

— Então Yifan, essa é a Ha Na, filha do Sr. Jung. — Junmyeom me apresentou me fazendo parar de devanear e me curvar em sinal de respeito pelo maior. — obrigado por nos acolher por um tempo Kris, espero que não incomode.

— Você nunca seria um incomodo Suho, sabe disso. — sorriu para o mais velho, com nós três ja dentro da casa enorme por dentro. — então, está protegendo-a? — me olhou de cima a baixo, me dando repulsa e nojo. — Ela parece com o pai. — sorri de lado.

Eu apenas suspirei e sorri torto, o "sorriso que eu não conseguia fazer", eu não vou sorrir de verdade com eles. Sem delongas, ele mostrou o quarto de cada um, teriamos que dividir quarto e novamente teria que dividir alguma coisa com KyungSoo, não que eu não tenha gostado dele, mas se não fosse por essas questões, eu teria gostado de sua companhia, me deito na cama me encolhendo, como se eu estivesse protegida, o que eu certamente não estava.

— Ha Na? Eles não estão aqui e também não tem câmeras como lá em casa. — fala o moreno, se sentando na cama a qual estava. — não precisa ter medo de mim, eu estou na mesma situação que a sua, ou algo parecido, estamos todos aprisionados lá por um motivo e, com certeza, estamos correndo mais perigo aqui. — fala baixo suspirando, percebendo que eu não falaria um a. — apenas aguente, estarei sempre aqui. — sorriu fraco, porém sua voz me lembra a alguém que eu não recordava e não fazia questão disso.

Eu apenas assenti concordando, não sabia se eu realmente podia confiar nele, mas se fosse pra sair dali eu iria, mesmo que eu tenha de enganar as pessoas também apesar de não gostar nem um pouco.

 

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