Acordo com o despertador berrando no meu ouvido, são 06:30. É hora de levantar, junto todas as minhas forças para levantar da minha cama quentinha.
Hoje é o grande dia, dia da prova para passar na faculdade, eu estudei tanto, e se eu conseguir uma boa nota, poderei conseguir a bolsa para medicina que eu tanto sonho. ( Eu sei o que está pensando, uma bolsa de estudos para medicina é uma coisa muito difícil de conseguir, mas não custa tentar).
Depois de fazer minhas higienes matinais, me dirijo para a cozinha, e sinto um cheiro extremamente gostoso das panquecas da minha mãe.
- Bom dia mãe, que cheirinho bom, quer ajuda? -
- Bom dia meu filho... ajuda na cozinha, só se você quiser comer panquecas queimadas, né? Disse abrindo um sorriso brincalhão. -
- Eu aqui, oferecendo minha humilde ajude, e a senhora zombando dos meus dotes culinários. - Sorrio de volta
Ela colocou as panquecas na mesa do café da manhã, me desejou boa sorte na prova, e me deu um beijo no rosto de despedida.
Depois de tomar o meu café da manhã pego minha mochila, e finalmente vou a caminho do colégio onde vou fazer a prova.
Chegando lá, encontro uma garota (não muito alta, do cabelo cacheado e castanho), que parece meio perdida, e como eu já estudei naquele colégio e o conheço como a palma da minha mão, resolvo perguntar se ela precisava de alguma ajuda.
- Olá, precisa de ajuda? -
- Oi, você poderia me informar onde fica a sala 12? -
- claro! É subindo a escada, a sexta sala a direita.-
- Obrigada! -
Não, não é o que você está pensando, isso não é um clichê, nada de casalzinho, certo que ela é bem bonita, mas não senti nenhum clima, se é que você me entende.
Depois disso me dirigi para a minha sala, para fazer a minha prova. Chegando lá, adivinha quem encontrei?
- quando você falou o número da sua sala, nem me toquei que era a mesma sala que a minha! - falei sorrindo e encarando meu melhor amigo Gael. ( um cara mais ou menos da minha altura, de cabelos escuros e meio comprido), que iria tentar uma bolsa para direito.
- Distraído como você é, isso não me surpreende - falou devolvendo o sorriso.
Sentei no lugar logo atrás dele, e o examinador que iria aplicar a prova finalmente chegou. Ele entregou as provas e começamos a fazer assim que ele deu o sinal.
Depois da prova, eu e Gael saímos do colégio, e fomos em direção ao restaurante onde nós dois trabalhamos. Chegando lá, encontramos nosso patrão (um senhor muito simpático para ser sincero, e é como um pai para nós).
- Olá meus garotos, como foi a prova? -
Gael falou enquanto colocava seu avental e se dirigia ao caixa.
- Para falar a verdade seu Antônio, não sei se vou conseguir passar, eu realmente quero, me esforcei muito, mas estava muito difícil. -
- Eu preciso passar. Não, que eu não goste de trabalhar aqui, não me leve a mal, pelo contrário, eu sou muito grato ao senhor por ter me dado esse emprego, mas eu preciso dar uma vida melhor para minha mãe, dar orgulho a ela, sabe. Porém, já não sei se vou conseguir. - falei enquanto organizava algumas mesas.
Seu Antônio nós olhou e sorriu. - Não falem assim, vocês são tão inteligentes, vocês passaram com certeza, e vão terminar a faculdade e conseguir um bom emprego. Parem com esse pensamento negativo. -
Nós sorrimos de volta para o seu Antônio e começamos a trabalhar.
Mas aquilo não saia da minha cabeça, e se eu não passar? E todos os meus objetivos? O que vou fazer se não passar? E minha mãe, ficará desapontada.
Depois de mais um dia longo de trabalho, fui para casa, arrumei algumas coisas, lavei a louça, preparei o jantar e fui tomar um banho enquanto minha mãe não chegava.
Quando terminei, a encontrei colocando a mesa do janta.
- Olá, como foi a prova? - disse sorridente, e com um olhar cansado.
- Não sei, eles irão me enviar um email me informando se eu passei. - disse colocando meu jantar.
- Tenho certeza de que você se saiu bem. - disse colocando o seu jantar.
Não tenho tanta certeza assim - pensei.
Depois de comer, dei boa noite para ela, fui tomar um banho e dormir, ainda sem tirar a prova da cabeça.
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Em Busca De Um Sonho
AdventureRick, é um garoto comum, que morava uma pequena cidade de interior, muito dedicado aos estudos, que corre atrás do seu futuro, para dar uma vida melhor para sua mãe, que é a mulher que o criou sozinha, depois de ter sido abandonada pelo marido.