Uno.

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Oi, sigo viva! 
Isso foi um surto em meio aos meus estudos de madrugada... então não está betado e não fiz uma capa digna, mas como há muito eu não escrevia resolvi postar. 
Espero que gostem!

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Han Jisung sempre foi um cara... peculiar, Chan sabia bem. Era meio bobo, meio carente, meio metido e meio inseguro, tudo ao mesmo tempo. Também era cheio de idéias e pedidos inusitados que o faziam questionar seu nível cognitivo quase rotineiramente.

Mas ao todo Han Jisung era um cara bacana, uma amigo leal e um grande bebê.

Então quando o mais novo o suplicou para que não o deixasse só em um fim de semana no qual os demais membros viajariam, Chan acabou concordando. E quando o pediu para que pulasse o almoço naquela sexta, Chan o disse que tudo bem. E quando horas depois o convidou para um chá da tarde Chan pensou: que mal teria em aceitar?

À pedido do caçula aguardou em seu quarto enquanto a surpresa lhe era preparada. Foram ao menos duas horas de espera. Entretanto, ao ser chamado Bang se viu obrigado a piscar ao menos três vezes para entender o cenário diante de si.

Ainda assim não conseguiu. Apenas buscou refúgio em uma das cadeiras na sala de jantar. E agora lá estava... sentado diante de uma mesa extremamente decorada.

A toalha que a recobria era rosada com bolinhas brancas e babadinhos nas bordas. As xícaras também eram rosadas, todas enfeitadas com pequenos coraçõezinhos vermelhos. Os pratos eram brancos, circundados com uma fina listra... cor de rosa. E no centro do móvel havia uma variedade de cupcakes, pães, geléia, chás e até um bule (rosa bebê) com leite fervido.

O líder estava seguro que jamais vira tais louças na despensa, mas resolveu não fazer perguntas... até porque não obteria respostas. Seus companheiros no momento eram bichos de pelúcias que ocupavam aos demais assentos, exceto um. A cadeira na qual, teoricamente, Jisung deveria estar.

Mas não estava.

Chan suspirou ao encarar pela milésima vez a um urso branco de pelúcia com no mínimo meio metro de altura sentado diante de si. Já esperava Han há ao menos 30 minutos e a cada tique do relógio seu companheiro peludo lhe parecia mais e mais... vivo.

– Jisung? – chamou ao outro um tanto apreensivo. Com o cenário por si só lhe causando estranheza, temia em descobrir o motivo de tanta demora.

Ouviu alguns sons de tropeços e alguns resmungos.

– Estou à caminho! – a resposta tardou mais um minuto até ser ouvida pelo corredor.

Chan franziu o cenho, mas antes de poder indagar sobre o que acontecia, as luzes se apagaram. Por um, dois, três segundos. E quando por fim o ambiente se iluminou trouxe consigo um Han que o recebia com um sorriso largo... belamente adornado por um batom rosado.

Em seu físico magro estava um vestido cor de rosa, desses com a cintura demarcada e uma saia rodada bufante. Nas perninhas, meia-calças brancas. Nos pés, sapatinhos também brancos. E sobre os cabelos penteados para trás, uma tiara de princesa com pedrinhas rosadas.

Encarou-o assustado. Estaria sendo vítima de uma pegadinha de mau gosto?

– S-Sung?

– Sung, não. Dirija-se a mim como princesa, por favor. Ou senhorita, eu permito. – pediu o garoto com um aceno delicado da cabeça.

Delicado até demais.

Quando Jisung se aproximou, o fez com passos estranhamente leves e uma postura absurdamente ereta. O narizinho empinado o fazia realmente parecer da realeza e quando o menor o olhou, o fez por baixo dos cílios superiores pintados de rímel.

Princesa.Where stories live. Discover now