Aewol-ri / The Day We Meet Again (2Min)

The Day We Meet Again

Taeminnie.

Sei que faz meses que não retorno suas cartas e eu sinto muito por isso. Pra falar a verdade, eu não estou esperando seu perdão. Eu sei que foi errado sumir desse jeito e vou entender se, quando eu voltar, você não estiver lá para me ver. Eu compreendo seu medo e me sinto culpado por fazer você se sentir assim e por ter te deixado sozinho. Apesar de eu ter dito adeus, o meu coração não conseguiu aceitar o fato de ter que ir embora, e é por isso que estou voltando feito um covarde.

Eu liguei para Kibum hyung alguns meses atrás, pedi para que ele não te contasse, pois, sabia que iria ficar bravo conosco. Falei sobre a minha volta e tudo o que falei na última carta que te mandei. Depois disso não mantive contato, era melhor assim.

Ainda tenho aquela blusa que você me deu no meu aniversário. De algum jeito sua fragrância continua nela, e toda vez que sinto seu cheiro o tempo pára. Eu até chegava a pensar em mandar uma carta, mas, eu não sabia o que dizer. Não sabia se você ainda se lembrava daquela promessa do "para sempre" que fizemos, dos seus olhos cheios de lágrimas e no meu peito apertado. Naquele dia eu prometi a mim mesmo que não iria chorar, as palavras que lembrei do dia em que parti — o "eu te amo" e todo o resto. Eu estou percorrendo um longo caminho para te ver novamente.

Eu sinto sua falta. Sinto falta de olhar para o lado e ver você ali sorrindo para mim. Sinto falta de te segurar em meus braços e nunca mais soltar...

Eu rezo para que, quando eu estiver aí, nós consigamos encontrar a felicidade novamente e não nos esqueçamos do nosso amor.

Eu e você. Juntos.

Minho.

— Taeminnie — disse Minho. — Me conte tudo sobre Jeju.

Os olhos de Minho brilhavam enquanto encarava Taemin, o qual estava quase que completamente parado, tirando apenas a lágrima que escorria em seu rosto. Minho prometera a si mesmo que não iria chorar, mas ver o seu amado ali, bem na sua frente, depois de tanto tempo, fazia com que a missão de controlar as lágrimas ficasse cada vez mais difícil.

Todos ali acharam estranho Taemin não ter se jogado nos braços de Minho. Ele estava apenas parado e chorando em silêncio enquanto encarava o mais alto. Como se uma conversa secreta estivesse acontecendo entre os dois.

— Eu tenho algo para te entregar, — disse Minho procurando algo em sua mochila. — Aqui está. — Ele entregou um pequeno envelope para Taemin, no qual hesitou por alguns segundos antes de pegar. Era idêntico a um envelope de carta só que um pouco menor com Taeminnie escrito no verso.

— Vamos para casa? Ou você quer passar em algum lugar primeiro? — perguntou Jinki quebrando um longo silêncio entre eles.

— Taemin...— Kibum começara a falar, mas Taemin o olhou de uma maneira para que o mais velho se mantenha calado.

E foi assim a ida de volta para casa, calados. Apenas Jinki estava puxando assunto com o menager ao seu lado, que estava dirigindo. Kibum estava sozinho no centro da van mexendo em seu telefone e Taemin e Minho estavam juntos atrás a um braço de distância. O mais novo estava olhando para a janela enquanto Minho o olhava. Se eu tentar segurar a mão dele, será que ele se afastará do mesmo jeito que fiz? Perguntou-se a si mesmo. Ele ainda não tinha lido a carta que Minho o entregou. Talvez ele quisesse lê-la com privacidade ou simplesmente jogá-la no lixo quando chegar em casa. Talvez fosse melhor assim. Ficar sem saber o que Minho pensa e, então, tentar encontrar uma oportunidade para recomeçar.