Uma pessoa numa caixa

101.

                                               Nossa!

Olha essa boquinha

Olha esse sorriso

Quer me matar, menina?

Quando foi que eu caí nisso?

                                                  Puxa

Esses olhos

Brilhantes como Dalva

te daria minha alma

só pra me olhar

Me faz delirar

Esses olhos castanhos

me encarando

e se fechando, quando você sorri

Puxa, acho que morri!

Desfaleci vendo você sorrir...

Olha esse rostinho, seu corpo, você

Sim, você!

Me faz todo dia querer te ver,

me faz querer passar meus minutos com você

assistindo tevê

agarradinhos, de conchinha, pé no bidê

Pensar em ser seu, pensar em te ter

Toma meu dia inteiro

isso que dá ser maluco apaixonado

mas a melhor parte é que sou isso tudo

por você.

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Eu tava conversando com alguns amigos, pedi opiniões sobre esse poema que escrevi na aula... uma opinião em específico me chamou atenção, ele disse:

"Uau, quanto amor! Pra quem é?"

Eu respondi :

"Pra ninguém"

o que me faz pensar que esse pode ser um de meus poemas mais tristes, um poema de amor sem destino. Realmente o escrevi sem intenções de mandar pra ninguém, e não tendo ninguém em mente. Talvez esse seja o ponto de eu tê-la escrito.

Veja só,  se for analisar,  arte pode ser bem abstrata as vezes, pode ter o significado que você quiser, dependendo do seu ponto de vista, como um mictório no meio de um museu. 

Eu interpretei esse poema, sabendo sua origem como se fosse a representação do amor não reciproco, mas você pode só interpretar como dois personagens fictícios que são apaixonados, e o remetente do poema é tão apaixonado que despejou seu amor em palavras em um poema.

Ou, simplesmente você pode achar que estou apaixonada.

Ou, que fumei um baseado pesado ao escrever todo esse texto.

Ou, sei lá, que seja sua opinião, pois é livre pra refletir sobre isso.

Sei que... são 1:15 da manhã e eu deveria estar dormindo por causa da minha aula amanhã, então obrigada pela atenção e por ler.

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