•Capítulo 32•

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Julia🌷

Cobra:Gostou da vista e da casa?-virei pra ele o encarando ainda com um sorriso.

Julia:É belíssima!

Cobra:Tá tudo nos conforme mermo?

Julia:Óbvio que sim,essa casa é perfeita!

Cobra:Ótimo. Sabia que ia gostar de tudo. Bem-vinda a nossa nova casa!

Meu sorriso desapareceu e franzi o cenho. Essa casa maravilhosa seria nossa? Um lugar para chamar de lar? Será possível criar uma família aqui? Será essa a coisa certa?

Julia:O que?...essa casa?

Cobra:Não gostou?

Julia:Eu amei!

Cobra:Então tá reclamando do que mermo?

Ele voltou a ser ignorante denovo, se continuar assim eu deixo ele aqui sozinho.

Julia:Não estou reclamando, Calleb! Apenas não entendo o motivo de você ter essa casa para nós se tu ama morar com seus pais.-falei como se fosse óbvio.

Cobra:Eu amo morar com eles porque um dia não vou ter mais os dois na minha vida,por isso queria aproveitar. Mas agora eu tô na minha caminhada e crescendo cada vez mais,tá ligada? Agora eu tenho você e não dava pra morar pra sempre na casa dos meus pais. Essa casa meu pai me deu faz tempo,comecei a ajeitar ela quando a gente voltou.-suspirei e voltei a olhar a vista.

Julia:Eu sei lá...

Cobra:Foi mal pelo jeito que te tratei...Eu tava com dor de cabeça e muita coisa nas minhas costas. Me arrependi daquilo,esse é também uma forma de me desculpar.

Julia:Eu sei que o nosso mundo é diferente e tals,mas não vou deixar você me tratar como as outras fies dos seus mano. Você sabe que meu sonho é ser médica e ter minha vida. Você agora faz parte da minha vida, Calleb, não quero te perder não denovo.

Estava me segurando pra não chorar,Cobra abriu os braços e me abraçou forte. Comecei a chorar em seu ombro e ele fez carinho na minha cabeça.

Ali sim eu me sentia bem. Esse era o Cobra que eu queria todos os dias.

Cobra:Não chora,pô! Vai dar tudo certo daqui pra frente. Tô meio cheio com a favela e tinha a casa,tá ligada?

Julia:Tá bom.

Cobra:Quer tomar açaí? Eu pago.-sorri e ele revirou os olhos.-Tu não presta.

Julia:Você que ofereceu.-dei os ombros.

Cobra:Mas era pra tu ter negado,vey.

Cai na gargalhada e fui para o andar de baixo. Ele trancou a casa e pegou na minha mão, assim fomos até a sorveteria de mãos dadas atraindo os olhares de todos.

O meu foi aqueles bem completo e o dele foi um bem simples. Ele ficou reclamando porque o meu deu mais caro e tals.

Calleb não fala muito sobre o tráfico comigo,mas às vezes quando precisa desabafar faz questão de dizer até o que eu não queria saber.

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