Chegando em casa já cansada. Elisa fez tudo que estava na sua listinha do dia a dia. E logo, estava agora deitada com o Luísa já pronta ao seu lado assistindo algum desenho. Quando ela escuta a campainha tocar.
Quando Lisa abriu a porta, Alex estava lá. Ela não estava com vontade de aguentar mais papos furados.— O que você quer? – curta e grossa falou.
— Lisa, até quando isso vai durar? Já se passou quase um ano e você continuar a me ignorar! Eu prometo que mudei, eu posso ser diferente. Vamos voltar com nossa família. – Era toda vez a mesma coisa. Alex sempre dava um jeito de falar as coisas mais bonitas para ela, sinceramente a mesma já não acreditava em um "A" que ele falasse.
— O mesmo repertório? Sério? Alex, eu já disse que acabou! Custa entender e parar de me encher a paciência? Luísa está lá em cima, vou buscá-la. Aaaah, não ouse vir novamente me perturbar, volte para seus mil e um contatos, afinal, era isso que você fazia enquanto estava com sua "família", acho justo fazer agora que está solteiro. – dito isto, Elisa subiu e pegou Luísa já arrumada e a levou para Alex, afinal, hoje era o dia que sua pequena passaria na casa do mesmo.
Após o ocorrido, Lisa achou melhor sair para esfriar a cabeça. Ela realmente não sabia mais o que fazer, ela já havia deixado claro que não queria mais nada com Alex, quando ela saiu de casa quando não tinha ninguém. Agora que tudo está se encaixando ele volta, e faz com que Lisa volte para um passo a qual ela não gostaria de lembrar.Com os pensamentos a mil, Lisa decidiu ligar para um dos seus amigos que varias pessoas podiam dizer que era uma ironia, afinal ele era primo do seu ex. Mas, ela acreditava que essa amizade era uma das mais importantes que tinha na sua vida. Então, ela ligou.
— Diego? – Na esperança que ele estivesse disponível para encontrá-la no parque a qual sempre ia para andar, colocar os pensamentos em ordem e ter um pouco de sossego. Agora ela só precisava de um ombro amigo.
— Oi, eu sei que é meio chato, mas, você poderia me encontrar no parque que é perto da minha casa? Estou precisando do meu amigo. – Disse já com a voz meio embargada, ela sempre fazia o possível para que o papel de forte estivesse nítido, mas com o Diego sempre foi diferente, ela podia ser ela sem a casca dura. O mesmo já a conhecendo bem, apenas respirou e deu o veredito afim de acalmar a amiga.
— Calma, eu só vou trocar minha roupa e vou aí para você me contar o que está acontecendo. E pelo seu tom eu acho que já sei do que se trata. Lembre-se não chore por algo que está no passado, você é importante e especial demais para coisas que trouxeram várias decepções, honey. Estou a caminho.
Elisa respirou fundo e sentou num banco, quer dizer, não um banco, mas o seu banco. O qual sempre foi seu preferido desde que se mudou para está área da cidade, ela é bem afastado dos outros, embaixo de uma árvore e é um bem velhinho, ou seja, quase ninguém o procura. Por isso para Elisa ele se tornou o seu ponto de aconchego. Poucos sabiam deste canto, saber disso é o mesmo que tirar um tijolinho da super proteção da visivelmente sempre tão rígida e fria.
Com todos os pensamentos a milhão, Lisa havia perdido a noção do tempo e ficou presa na sua própria linha de pensamento até...
— Lisa? – Era Diego, a única coisa que Elisa fez foi correr e pedir o abraço que sempre a confortava nos momentos difíceis.
— Sshhhhh... Calma, querida. Eu estou aqui, e eu vou te escutar. Mas antes chore tudo o que tiver para chorar, você passou tempo demais segurando isso sozinha. Como amigo, e seu irmão honorário, estou aqui para te ajudar no que for.
E assim Lisa se encontrou ao choro e finalmente sentiu como se a maioria dos pesos fossem saindo. Ela necessitava descarregar tudo o que havia guardado para si por tantos meses. Ela estava se livrando da dor que à assombrava por tanto tempo.
Elisa sabe que Diego sempre será seu amigo, e ela fará de tudo para que ele seja feliz. Afinal, ele merece o melhor, mesmo que as vezes o mesmo não perceba isso de si mesmo.
— Me promete nunca me deixar? Somos irmãos, certo? – Disse ela no meio dos soluços.
— Sempre irmãos – disse Diego não se importando com a roupa já molhada das lágrimas e talvez, só talvez, um pouco de catarro de sua amiga.
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IN THE END IT WAS YOU
RomanceAquele famoso clichê estudantil. "Te encontrar no meio chuva, foi a melhor decisão que tomei em todos esses anos da minha vida. Todas as dificuldades só me fizeram entender, como é bom amar você." Onde o popular não é o protagonista. Às vezes... Os...