Prólogo

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A lua já estava no alto do céu quando Alex chegou em sua nova cidade. Busan parecia ser bastante agitada e festejadora, o relógio no seu pulso esquerdo marcava exatamente 23h00 da noite, ela observa as casas com suas luzes todas acesas e suas famílias sentadas festejando ou do lado de fora, enquanto observavam a neve cair ou perto das grandes janelas de vidro, sentadas em sofás ou mesas enquanto comiam e conversavam.

O natal nunca fora sua época predileta do ano! Durante anos de grande festança em sua família a garota nunca se importou em dar atenção a este feriado, ela não sabia a razão, mas sentia algo parecido com medo, trauma e agonia misturados em uma sincronia horripilante.

Ela sente um arrepio na espinha quando o carro dobra a esquina e sua visão destaca-se em uma grande casa no final da rua. Diferente das outras a casa estava em completo silêncio e escuridão. O carro parou em frente ao grande portão preto com cercas de ferro que obtinham pontas afiadas em seu topo. A mulher loira, sentada ao banco do passageiro, retira seu celular de dentro de uma bolsa de couro marrom e disca alguns números antes de apoiar o celular na orelha.

-Já estamos aqui! –Ela anuncia. –Sim...ela está conosco! –Diz confiante. –Rápido não podemos perder mais tempo, as ruas de Busan podem ser perigosas a está hora da noite. –O celular é retirado de perto de sua orelha e é colocado de volta dentro da bolsa.

O homem, sentado no banco do motorista, observa por um momento a garota e ela lhe dá um sorriso forçado, ele retribui com um sorriso de lado e volta a prestar atenção na frente quando um barulho ensurdecedor é ecoado pelo local. Pareciam ferros enferrujados sendo amassados enquanto se chocavam contra o chão.

Alex se assustou um pouco e olhou depressa para o para-brisa, seu coração se aliviou quando percebeu que era apenas o portão se abrindo.

O carro voltou a andar e enquanto isso Alex pegou sua bolsa e pôs-se a procurar desesperadamente pelo seu fone de ouvido.

-Está tudo bem, querida? –A mulher loira virou seu rosto a fim de entender o que estava acontecendo.

-Não encontro meus fones! Estão com você? –Alex a questiona e percebe pela expressão, leiga, da mulher, que não encontraria seus fones com sua mãe.

-Tudo bem, querida, se não encontrar compramos outro amanhã para você! –Ela diz e retira o cinto assim que o carro para novamente. –Mas por enquanto...sua avó está nos esperando! Creio que os fones não sejam mais tão importantes agora.

-Certamente. –A mais nova deixa sua procura e retira o cinto que grudava seu corpo ao banco de couro macio do carro.

O motorista sai do carro e dá a volta no mesmo, parando em frente a porta da garota, ele abre a mesma e faz um gesto, com as mãos, para que a garota saia do carro, assim ela faz, mas antes do ato a mesma pega sua mala. O homem faz o mesmo com a mulher no banco da frente.

-É um prazer revê-la, Mariah! –Um senhor de idade diz beijando as costas da mão da mulher. Alex se assusta dando um pequeno pulo para o lado, ela não sabia como o homem havia chegado ali de repente.

Ele trajava um uniforma inteiramente preto e calçava sapatos sociais, também pretos.

-Igualmente! –A loira sorri abraçando o velho como se fossem amigos a muitos anos!

-E você deve ser a pequena Alex...bem....não mais tão pequena assim! –Ele cumprimenta a mais nova com um arco de reverência e ela retribui.

–Pode deixar sua mala comigo, senhorita! Eu a levarei para o quarto. –O motorista diz se aproximando da mais nova.

-É muita gentileza a sua, mas...eu prefiro ficar com ela! –Alex diz a segurando firme.

Remember MeWhere stories live. Discover now