I

27 3 0
                                    

  Chego a casa e pouso as chaves na cómoda do hall de entrada. Descalço os ridículos sapatos e tiro o top numa velocidade impressionante. Estava farta de me sentir apertada. Tiro o sutiã deixando os meus seios à mostra. A casa está fresca, sorte a minha. Tiro as calças e deixo me de cuecas. Esta é uma das vantagens de viver sozinha. Sorrio ao pensar no que aconteceu esta noite. Quando dou por mim já me encontro a tocar em diversas partes do meu corpo semi nu. Levanto a cabeça e percebo que o vizinho está com os olhos postos em mim.
  Porque tinha de ser um velho? Ugh. Fecho a cortina e vou tomar um banho. Preciso de tirar o suor e o cheiro de cima de mim.
  Entro no quarto e vou de encontro ao meu telemóvel que se encontrava dentro da minha pochete preta. 4 da manhã. Bela merda! Amanhã entro às 7! Ou melhor, hoje.
  Boa Sara, és mesmo inteligente. O que vale é que a noite não foi em vão.
  Recebo uma notificação de mensagem. Vou ver e era do... não sei quem é.
"temos de repetir 😈 amanhã à mesma hora no mesmo bar?"
  O cromo deve achar que eu repito pratos.
  Ignoro a mensagem e desligo a luz do quarto.
  Volto ao telemóvel porque tinha me esquecido de colocar o alarme.
  Acordo com o som do alarme e arranjo me para sair de casa.
  – Bom dia! – digo alegremente quando entro no café onde trabalho.
  – Alguém acordou bem disposta – ouve-se a voz da Mariana na cozinha.
  – Se tivesses vindo ontem também acordarias – sorrio atrevida.
  – Nem quero saber o que aconteceu – ri-se enquanto limpa o balcão.
  – O costume – encolho os ombros enquanto saltito até ao meu cacifo onde guardo as minhas coisas.
  – E acreditas que ele ainda me mandou mensagem? – dou uma gargalhada quando regresso junto dela. – uma comédia juro.
  A Mariana ri-se abanando a cabeça.
  – E era giro?
  – Se era. Se quiseres dou-te o número.
  – Não sejas parva, não quero nada disso.
  – Está bem está bem. Mas sabes que não podes ficar a masturbar te até ao final dos teus dias né? Ainda te vou convencer a ires comigo – pisco-lhe o olho.
  – Fala baixo otária de merda – atira-me com a toalha envergonhada.
Dou uma gargalhada.
  – Menos conversa e mais trabalho meninas!
  – Alguém acordou de mau humor – sussurro para a Mariana e ela ri-se.

E que mais?Onde histórias criam vida. Descubra agora