Capítulo sem título 4

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Caminha até o jardim e depara-se com folhagens... Das rosas, orquídeas, antúrios, cravos e gérberas, restam apenas os galhos. Percebe ao longe, que uma flor de açucena, apesar de castigada pelos maus tratos ainda resiste. Seu avô plantara aquela herbácea em sua homenagem. A flor que leva seu nome não sedia as adversidades do tempo. Essa constatação a faz refletir sobre seus fantasmas, pesadelos e descontentamento. Sua luta para superar o vazio causado pelo óbito de seu grande amor, em um acidente aéreo. Era véspera do casamento... Todavia, os desígnios inexplicáveis que regem as forças do acaso, limitaram um curto tempo para os dois. Um convívio efêmero, diante da perspectiva de compartilhar uma vida por inteiro. Entretanto, um amor que rompeu as barreiras do tempo rumo ao infinito. E, aquele largado palacete, herança passada a cada nova geração, foi o refugio de seus últimos momentos.

Faúlhas de amorWhere stories live. Discover now