Beloved Heart

Capitulo 1

Inércia

Primeira lei de Newton, um princípio relativo da física, o que me leva a pensar nem que seja um instante  que tudo é relativo. Esse é o pensamento para qual descrevo meus dias quando acordo. Não importa se são preenchidos com aulas da faculdades, provas, pessoas, momentos felizes, saidas pra cinemas e parques, ou ate  fingir ser namorada de alguem, para ver se a vida muda ao menos algo, ainda sim... nada acontece.

Dizem que a vida é um girassol, virando a onde o sol esta, que é por essa luz que sempre temos que agradecer, pelo nosso dia e o que acontece nele, agradecer a graça da vida. Paro para analisar minha vida, e me questiono o que realmente eu deveria agradecer, execeto estar viva, tudo que aconteceu foi uma sucessao de desgraça em minha vida, e tudo comecou a dar certo depois da Silvia, entao eu devo agradecer a Silvia e não a vida, por que sinceramente talvez eu não me importante tanto com a minha, mesmo seguindo em frente. Continuo as terapias, não na esperença de sentir as pernas de novo, por que sei que não vai acontecer, mais uma vez é uma obrigação que a vida me deu, se eu quero as minhas pernas mesmo que invalidas preciso de fisioterapia para não atrofiar-las, claro que tem a opcão mais rapida, que seria amputação, e não cheguei nesse nivel de loucura gracas a Silvia, por que se fosse aquela mulher ja estava me levando para o centro cirurgico ela mesma, só pra me deixar em casa e não ser a responsabilidade que é cuidar da propria filha.

De certa forma ela conseguiu, foi presa, nenhum dos seus velhotes a quis mais, então comecou com pequenos roubos e depois o vicio em drogas, ate que foi presa por trafico de drogas e apanhou muito dentro da cadeia, por seu primeiro ato prisional que foi me abandonar cadeirante, de certa forma isso é algo para agradecer, a vadia teve o que mereceu.

Depois que Silvia se foi, a casa ficou no meu nome, bem como a pensão que ela recebia, fez questão de por tudo em um testamento para garantir meu bem estar, e se isso nao é ser uma boa mãe, eu não acredito mais no mundo. Nunca quis nada das suas conquistas, nem ao menos tinha me feito essa pergunta ainda, apenas fiquei no meu luto, soube disso tres dias depois da sua morte, no enterro era apenas eu, algumas vizinhas queridas e o porteiro do condominio que era apaixonado por ela, foi um lindo funeral,ali  só cabia uma enorme e profunda graditao e agradecimento por ter tido ela em nossas vidas. Então comecou  minha luta sozinha, ir a faculdade, encarar as pessoas que não sabem seguir suas vidas e fala da minha, todos com olhares de pena me sufocou no primeiro dia logo a pos o enterro, tudo que eu mais queria era ficar na cama e lendo o livro que me deu, sabia as frases, personagens tudo ao pé da lingua, nao deixava de ter as mesmas reacoes que tive a primeira vez que li, até estudei sobre algumas coisas que salvaria a vida dos meus personagens favoritos, foi isso que salvou meu luto e é isso que me salva ate hoje, ler aquele livro é como ter um pedacinho do amor dela transbordando em mim.

Comecei a cursar historia, por ser uma apaixonada nas historia do livro da escola, nao é a mesma coisa, é bem mais serio e mais complicado do que achei que seria, mas é o que me da alegria em cursar, claro que existe a parte ruim de ir a faculdade, as pessoas. Apenas fiz uma semi amiga, por que semi? Por que nao dou liberdade de entrar na minha vida particular, apenas fazemos trabalho juntas, almocamos juntas e conversamos apenas sobre o universo faculdade e tudo que acontece ali.  Claudia nao era uma má pessoa, tambem era outra excluida por ser cega de um olho, eu entendia sua revolta e ela a minha, as duas em comum acordo decidimos sermos amigas assim, estava otimo demais. Ela e eu ficamos juntas assim que vimos que eramos as unicas diferentes, alguns ate tentaram se aproximar, mas vi que era falsidade demais e outros metiam a faca da fofoca e odio pelas costas, a inveja sobe muito a cabeça do ser humano.

Na sala ficava sempre no mesmo lugar na janela, na primeira cadeira da frente junto com a Claudia do meu lado. Alem de provarmos para o bando de bosta seca, que somos mais do que capazes, eu me sentia bem com a visao do verde ao meu lado. Era como se fosse uma meta pra se alcançar, mesmo que fosse impossivel.