Capítulo 22

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Não era preciso ser um gênio para descobrir que havia algo errado com o modo como Jungkook estava gritando no celular, enquanto Jimin esperava o café terminar de infiltrar e mordiscou a torrada. Então, não ficou tão surpreso quando ele voltou para dentro e disse, infelizmente, que eles tinham que ir para casa.

"Acho que você não me deixaria ficar enquanto você lida com o problema?" Perguntou a ele.

"Não, acho que não", disse ele.

Jimin suspirou. "O que aconteceu?"

"Uma das nossas lojas de armas foi invadida e roubada", explicou ele, coçando a testa. "Yoongi acha que os Yoon estão envolvidos e eu preciso ir até lá e investigar."

"Há policiais envolvidos?"

"Sim e não."

"Entendi. Eles estão envolvidos, mas você quer realizar uma investigação separada."

"Exatamente."

Jimin assentiu e foi ficar perto da cafeteira e olhar pela janela. Jungkook veio ao seu lado e passou a mão pelo seu braço. "Sinto muito", disse ele.

Instintivamente, Jimin sabia que não estava se desculpando por nada pelo que deveria estar se desculpando, mas por ter interrompido a viagem.

Ele deu de ombros e, quando ouviu a máquina de café desligar, pegou uma caneca do armário e começou a se servir de uma xícara de café. Jungkook se moveu atrás dele e se pressionou contra suas costas.

- Sobre o que você está pensando? - perguntou levemente. Ele não queria deixar transparecer que a presença íntima atrás dele era perturbadora. Foi assim que começavam s preliminares da cozinha. "Você quer um pouco?" perguntou, e para seus ouvidos sua voz soou um pouco tensa.

"Eu quero você", ele murmurou e Jimin sentiu seu nariz fungar em seu ombro. Ele colocou as mãos nos quadris dele e se aninhou em seu pescoço. "Você me quer também?"

Por que ele tinha que perguntar essas coisas? Ele respondeu-lhe vagamente. "Esse nunca foi o problema entre nós, Jungkook."

"Eu não estou falando sobre o passado. Estou falando de agora. Você sente alguma coisa por mim agora, Jimin?"

Sim ele sentia. Era novo e ainda não. Não foi a falta de amor e a falta de querer ele que o fez fugir. Foi a sua sobrevivência e a de seu filho ainda não nascido. Foi uma profunda tristeza pelo que eles tiveram e o que haviam perdido. Seus sentimentos nunca foram embora. Só que eles se transformaram em algo parecido com uma música tocando suavemente de outra sala: lá, mas à distância. Se Jimin tivesse escolhido se concentrar nisso, poderia ter sido envolvida nele, e às vezes o fazia. Mas, ele teve que continuar. Continue andando.

Continue vivendo.

Mas agora, quando ele fazia essas coisas, a música ficava mais alta. Ou era como se ela tivesse entrado na sala em que estava tocando e pudesse ouvir cada nota de maneira tão sucinta.

Seria fácil mentir para ele. Mas com que finalidade? "Sim", disse suavemente.

Ele rolou seus quadris contra ele e Jimin podia sentir seu pênis, meio duro contra a carne de seu traseiro. Sua respiração engatou. "Eu me lembro antes de começarmos a namorar que tê-lo como meu namorado era apenas uma fantasia que eu carregava repetidamente na minha cabeça", disse ele entre beijos pressionados contra seu pescoço. Para sua consternação, Jimin se viu inclinando a cabeça para o lado para dar a ele melhor acesso. "Eu sonhava em beijar você."

Jimin bufou. "Apenas me beijar?"

"Tudo começou com um beijo", ele disse. "Eu sempre amei beijar você, Jimin. Aqueles seus lábios macios, o seu gosto... especialmente depois que você comeu aqueles brownies e barras de limão que você gostava de fazer." Ele suspirou e Jimin estremeceu quando sua respiração fez com que os pequenos pelos da nuca fizessem cócegas. "E agora eu acho que estou morrendo de fome por você." Ele se pressionou ainda mais e sussurrou em seu ouvido: "Beije-me..."

Lost & Found | Jikook - REVISANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora