Aviso: essa história foi mudada de perfil, a autora é minha amiga e como ela nunca tinha escrito nada por aqui assim como eu, pediu para que eu continuasse a história. A história no perfil dela parou no primeiro capitulo que eu vou fazer aqui mas com algumas mudanças, a partir de agora essa história vai ser atualizada no meu perfil. Obrigado e boa leitura pra vocês.Lorenzo de Luca Point of View.
- Rápido Enzo, pedido na mesa três.- Escutei meu avô falando do outro lado do balcão.
Não disse nada apenas assenti mas antes de ir até lá terminei de fazer o que eu estava fazendo, depois disso peguei meu caderno de pedidos e caminhei até a mesa e por ironia meu melhor amigo, sua irmã e uma garota que eu nunca vi estavam ali.
- Fala, amigão.- Leo disse apertando minha mão.
- Fala... O que vão querer?- Perguntei segurando a caneta e encarando os três.
- O de sempre para mim e Jade.
Leo disse e eu prontamente anotei o pedido. Encarei a menina que não me olhou nenhuma vez, pude perceber algumas coisas nela. Seus cabelos escuros e levemente ondulados estavam presos em um coque frouxo o que deixava alguns fios ao lado do seu rosto, seu rosto bem delicado e eu também podia ver que ela usava óculos de grau.
- O que a senhorita deseja?- Perguntei fazendo ela me encarar pela primeira vez.
Seus olhos azuis clarinhos se fixaram nos meus. Ela tem olhos claros, uma boca rosada e chamativa, seu rosto é ainda mais bonito quando é olhado de frente.
- Não quero nada, obrigado.
- Amiga, você precisa comer algumas coisa. Principalmente agora que...
- Jade.- Leo chamou por ela que parou de falar no mesmo instante.
- Posso dar uma dica do que você pode pedir.
Eu disse fazendo ela me encarar de novo.
- E o que seria?
- Bom... Você veio em uma cafeteria, eu indico que você tome o café da casa.
Ela deixou um sorriso escapar e ali eu pude perceber as fundas covinhas que apareceram aos lados dos seus lábios, seus sorriso fazia complemento com o seu rosto, deixando ela ainda mais bonita.
- Pode ser... Lorenzo.- Ela disse depois de ler o crachá que estava preso na minha camisa.
- Te vejo no treino, irmão.- Disse depois de tocar no ombro do meu amigo e sair dali.
Deixei o papel com os pedidos e voltei ao balcão pegando meu celular e percebi que já estava quase na hora do fim do meu expediente. Tinha aula e treino daqui a algumas horas e esse treino é bem importante para essa temporada. Vi meu avô conversando com alguém no fim do corredor perto do meu quarto mas não dei a mínima e apenas continuei ali esperando meu horário acabar. Depois que meus pais morreram em um acidente de carro eu tive que vir morar com meu avô, não tecnicamente na casa dele, mas debaixo da cafeteria dele, mas precisamente no porão.
Morar bem abaixo de uma cafeteria tinha seu lado ruim é claro, eu não tinha a minha privacidade, se não deixasse meu quarto trancado alguns dos outros netos dele poderiam entrar e xeretar as minhas coisas, e sinceramente isso não é bom para ninguém. Mas também tinha seu lado bom. Eu ganho meu próprio dinheiro, dinheiro esse que eu tenho guardado para conseguir pagar ao banco para poder ficar com a casa que foi minha e dos meus pais. Nossa casa passou para o nome do banco porque quando meus pais morreram eu ainda era menor de idade, então eles fizeram um acordo comigo me falando que quando eu conseguisse fazer a economia com o preço do papel e pagasse eles eu poderia ficar com a casa e com tudo que tinha dentro dela.
Meus pais eram bem sucedidos, o que fazia com que eu fosse bem sucedido, quando eu completar vinte e cinco anos eu vou poder tomar posse da empresa que meu pai era dono, meu pai foi um dos melhores agentes de jogadores de futebol americano que a Itália já teve, e se eu tiver sorte posso ser metade do homem que ele foi quando estava vivo.
Não demorou muito para que eu entrasse no meu carro para ir até a universidade, meu avô apareceu na janela do carro com um sorriso.
- Precisa de ajuda pra fechar?- Perguntei colocando a chave na ignição.
- Não, filho. Queria dizer que nós vamos viajar no final de semana, e se você quiser ir tem vaga.
- Não posso. Tenho um treino importante nesse final de semana, próxima temporada já está batendo na porta.
- Contra quem dessa vez?
- Equipe da Carolina do Sul.- Ele fez uma careta.- Sim, nós já perdemos uma vez mas..- Eu liguei o carro e encarei ele com um sorriso convencido.- Eu e o Leo não estávamos no time quando isso aconteceu.
Ele sorriu e passou a mão pelo meus cabelos que já estavam mais grandes do que deveria.
- Ok. Vou deixar a chave com você, esse final de semana não precisa abrir aqui, sabe que eu não gosto quando abre sem ter ajuda.
- Sim, senhor. Mais alguma coisa?
- Sim. Tem um papel pra você na minha mesa, mas não leia agora, mas sim quando chegar eme agradeça quando eu chegar da viagem.
- Agradecer você?- ele assentiu e colocou a chave no bolso da minha camisa.- Ok... Boa viagem... Qualquer coisa pode me ligar.
- Digo o mesmo a você.
Ele saiu dali e eu não demorei mais nada para sair dali indo na direção da universidade. Meu avô se tornou a minha única família depois que meus pais morreram, nesse acidente de carro onde só eu sobrevivi. Perder os pais não era nada fácil para um garoto que na época tinha dezessete anos, se passou três anos da morte deles e eu ainda não consegui aceitar o fato de que apenas eu sobrevivi naquela merda de batida. Meu pai era minha imagem de homem perfeito, trabalhava e ajudava em casa, cuidava de mim e da minha mãe, não dava tudo que precisássemos. Ele era a definição de bom marido e bom pai, ele era um pai presente. Minha mãe era a minha imagem de mulher guerreira e batalhadora, ela tinha seu próprio ateliê onde como dizia meu pai " ela fazia mágica ", ela foi uma mulher que sempre trabalhou mesmo depois que meu pai disse que ela não precisava fazer isso.
Foi com essas duas pessoas que eu aprendi como ser um bom homem, aprendi como se tratar uma mulher ou homem, não importa. Eles me ensinaram a ser um homem de verdade, me ensinaram que nem tudo que eu quero eu vou ter, e com isso eu aprendi que tudo pode mudar. Sei que se eu sobrevivi naquele acidente não foi por acaso e sei que se eu estou aqui hoje é para que eu faça o meu melhor para tentar ser pelo menos a metade do homem que meu pai foi.
Já tive muitas namoradas, mas apenas uma que eu amei de verdade e quis que ficasse comigo. Mas ela me deixou a alguns meses atrás para ficar com outro homem, dizendo que ele era muito melhor do que eu e que se ela ficasse com ele teria um futuro muito melhor do que dormir na merda de um porão. Depois disse eu nunca mais quis namorar ou ter algum tipo de coisa séria com alguma mulher, mas em nenhum momento eu desrespeitei alguma delas.
Quando eu acorde um dia depois do acidente eu percebi que eu tinha que ser uma boa pessoa. Porque meu pai dizia que as feridas saravam e com isso a dor passava, mas disse que as marcas que ficavam no corpo nos acompanhariam pelo resto da vida é mesmo que você não goste de tê-las, você teria que aprender a conviver com ela.
O que acharam? Minha primeira história aqui, essa história começou em outro perfil e só tinha um capítulo, minha miga Hope que escreveu mas logo depois de fazer a postagem ela disse que não conseguiria e perguntou se eu poderia continuar com ela, e eu não ousei negar. Me falem o que acharam desse primeiro capítulo e se estão gostando da história. Me deem suas teorias e opniões sobre o que esperam dos próximos capítulos.
Me desculpem pelos erros ortográficos.
Beijos até o próximo.
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Um amor para recomeçar.
Short StoryEm um dia qualquer na linda Itália, duas pessoas de conhecem e se tornam bons amigos. Mas tudo que eles não imaginavam que podia acontecer aconteceu, essa grande amizade se transformou em um amor de verdade. Lorenzo de Luca, um belo jovem de vinte a...