Cyberhuman

CAPÍTULO 02 - O papel

O que dizer desse papel verde que vem com alguns animais nele.

É um estranho sentimento observar que o que queima não é papel, é um punhado de ser que nada tem a ver com nosso medo de uma pequenez de encarar a vida pela força de sempre querermos ser seres superiores. Vejamos que a evolução que Darwin pregava não é lá tão antiga, aqui ficarão os fortes e loucos pelo poder e dominação da necessidade, ou os puro de coração que sofreram verdadeira extinção. Os caídos sempre levam um tempo menor para despertar, uma pena eu diria, pois estão jovens demais descobrindo a dor de viver e conhecer. Coitado daqueles que acham que acham que ver, acho que começo pensar sobre o que minha mãe falava do despertar, e eu imaginava que era uma falsa consciência que ela se deixou levar, está tudo bem acho que começo entender porquê.

Mas que complicado seria a substituição rápida da evolução, um pequeno teste pra percebermos, de onde vem toda essa evolução, quem seria o irmão desses répteis que foram chamados dinossauros e que em um piscar de olhos viram seus ossos no chão.

Mas é conversa de uma outra paranóia, digo, de um outro sistema.  Meu papel aqui é  explicar como chegamos a nos tornar metade humanos, e metade robôs.  Um deles principalmente foi o uso de um papel ao qual o ser humano adotou.  A divisão começa aí, quer dizer, começou de outras formas, minha iluminadora (professora) nos ensinou a história do dinheiro. Nos disse que no início da civilização o comercio era feito por escambo, trocas por mercadorias. Aos poucos foram sendo substituídos por moedas, e estas sem seguida foram substituídas por papel, que vem da árvore, um dos elementos naturais aos quais os homo-sapiens usaram bastante com pouco zelo, assim como outros recursos naturais que foram esgotados até a vinda dos nossos irmãos maiores (eu nunca irei entender como eles conseguiram sobreviver por tanto tempo sendo tão descuidados).  O papel logo exerceu função de quem tinha mais, possuia mais poder. 

Em seguida, existiram os cartões, e depois a instalação do chip númerico ao qual apresentava os dados do servidor.  Este dado era contido por conhecimento, então o saber começou a valer  mais, para que armazenava mais conhecimento,  o conhecimento é uma das palavras que mais gosto na linguagem humana, tudo na linguagem é primordial, é claro.  Mas veja que tecnologia divina que os caídos, digo, os humanos obtiveram. Uma pena que não tenha sido usado nos momentos mais decisórios para a extinção deles.   O papel do ser humano foi ficando cada vez mais deixado pra trás, pelo tempo que gastavam tomando decisões arbitrárias. A máquina começou tomar conta de todas  vertentes  que o ser humano ocupava. O papel do ser humano foi cada vez mais substituído.