VIDA LONGA AO MAL | É inegável a forma como Raven é parecida com sua mãe, a temida Malévola. Elas não compartilham apenas da semelhança física, como também da mesma maldade e podridão interior. Depois de sua irmã caçula, Mal, ter ido para Auradon e...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
JÁ é madrugada quando Raven deixa a casa dos Reseflare. Não que elaborar um plano para o roubo em Auradon tenha sido algo difícil, porém é relativamente complicado se concentrar em algo com a presença irritante da Rainha de Copas.
Agora, andando pelos becos escuros da ilha enquanto segue até sua casa, ela brinca com uma moeda nas mãos, assoviando despreocupada até sentir a presença de alguém.
Imediatamente se vira em alerta, com os olhos assumindo uma coloração verde brilhante capaz de intimidar até os gatos na rua. Não que seja capaz de fazer algo, afinal, ninguém que vive confinado na ilha pode fazer uso de seus poderes, porém a fama de sua família definitivamente lhe traz muitas vantagens por ali.
— Ei, vamos com mais calma. Eu só quero conversar. — A figura de Hellius Facillier aparece à sua frente, com um sorriso gigante e malandro no rosto. Raven imediatamente endurece a postura.
Hellius é o único descendente de Dr. Facillier e um sádico tão louco quanto o pai. Ninguém sabe ao certo como o garoto nasceu — já que também é um mistério se alguma mulher foi tão louca a ponto de se envolver com o homem das sombras — e também a única coisa que sobrou em memória dele. Nem mesmo os poderosos dons da Fada Madrinha e do Gênio foram capazes de reverter algo feito por magia vudu, e por isso, Facillier foi o único vilão que não foi ressuscitado para pagar por seus crimes na ilha.
— O que você quer Hellius? — Pouquíssimas pessoas intimidam Raven, e quando ela diz poucas, pode contar nos dedos de uma mão, mas Hellius é uma dessas pessoas. Raven não confia nele e muito menos no tipo de magia que lhe foi ensinada, mesmo que seja incapaz de praticá-la ali.
— Eu soube que você foi uma das escolhidas para ir à Auradon. Que grande ironia, você não acha? — Comenta, brincando com um baralho nas mãos, mania semelhante à de Seth. Ao menos as cartas do outro são inofensivas.
— O que você tem a ver com isso?
— Diretamente? Nada. Mas se você me contar se aceitará essa ilustre proposta ou não, bom, isso pode mudar tudo. — Raven solta um suspiro, cruzando os braços e o olhando de maneira impaciente. É claro que ele não veio apenas saber das fofocas.
— Fala logo o que quer.
— Vingança. — Responde simples e direto.
— Contra quem?
— Contra Tiana e sua laia. — A audácia dele surpreende Raven, ela não nega, porém do mesmo jeito que o acha audacioso, o acha burro.
— Não me diga que quer vingança por conta do que aconteceu com seu pai.
— Deveria ter outra razão? — O rapaz pergunta com uma das sobrancelhas erguidas, o que faz a garota de cabelos roxos balançar a cabeça.
— Não, mas com tudo o que você sabe sobre a magia das trevas me impressiona que pense tão pequeno. — Ela provoca, dando de ombros em seguida. — Supondo que eu aceite, o que eu teria que fazer?
