Never Forget You - Jodice (Klaroline)

the true

CANDICE'S POVS

Seus olhos verdes suplicantes, mais uma vez me impediram de dar outro passo, ir embora mais uma vez.

- Você sabe que eu não posso, Jomo, nós não podemos.

Ele se sentou no sofá, sem ousar soltar minha mão, um certo desespero interno me batia, e eu sequer conseguia imaginar o porque.

Respirei fundo, e sentei do seu lado no sofá, um tanto distante dele.
Coloquei uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

- Precisamos conversar.

Sua voz saia magoada, um tom demasiado amargurado... rispida, talvez?

- Não temos nada para conversar, a anos, Joseph, você tem que aceitar isso, tem que aceitar que tudo que tivemos acabou. Eu não vou mudar a minha decisão, porque naquela época, você escolheu a sua, agora eu escolhi a minha, e você só possui a opção de aceitar.

Ele se virou de lado, em minha direção. Seus olhos não estavam nos meus, estavam em meus dedos, os quais ele brincava com sua mão.

- Eu não quero que pense que eu te odeio por isso, de certa forma, eu entendo os seus motivos de ter feito. Mas não significa que não tenha doído, ou que ainda não dói. E também não significa que eu tenha te perdoado por completo.

Franzi o cenho, arqueeando a sobrancelha e me levantei bruscamente puxando minha mão, que ele ainda acariciava, dando uma risada sarcástica.

- PERDOAR? VOCÊ ME PERDOAR? De que porra você está falando? Eu nunca fiz NADA pra você. E você sabe muito bem disso, Joseph.

Ele se levantou e tentou novamente em uma calma, só dele, segurar minhas mãos com delicadeza, mas outra vez me esquivei o impedindo.

- Quando você ia me contar Candice?

Senti o chão dos meus pés se esvairem em questão de segundos, depois daquela pequena frase.
Não podia ser, não tinha como, mas como eu negaria depois de todos esses anos?

- C-contar oque?

Minha voz falhou, saindo em um tom tão baixo que eu tinha certeza que ele só havia escutado, por estar tão malditamente próximo de mim.

Minhas pernas estavam tão fracas, que podia jurar que a qualquer momento, eu poderia cair, ali mesmo.

- Você sabe do que estou falando, eu estou dando a chance de você me contar, e mesmo que não pareça, eu te perdoo por isso. Eu te perdoo, por que mesmo depois de todos esses 4 anos, não houve um dia em que eu acordei sem pensar em você e nela. Eu te perdoo, por que mesmo depois disso, quem fez a merda maior, fui eu.
E eu te perdoo, principalmente, porque eu ainda te amo, com todas as minhas forças, eu te amo, como se fosse tão necessário esse amor, quanto o ar. Eu te amo, que mesmo estando com Persia, eu penso todos os dias que Deus poderia me dar uma segunda chance na vida, por que eu não sobreviveria sem pensar, que aquela foi a ultima, Eu te amo, porque você foi a unica pessoa capaz de me ensinar oque é amar, e principalmente por ter me dado tanto amor, que eu jamais poderia imaginar que eu teria um dia.
E sim, eu entendo que você deve ter simplesmente deixado de sentir tudo oque sentia, você não estaria errada em seguir em frente. Eu fui errado, por ser o causador disso e permitir isso, Candy. O mais errado da história sou eu. Mas eu tenho certeza que ela é minha, tanta certeza como o vinho é feito da uva, mas uma coisa pode comprovar, o porque de ela não ser tão parecida comigo.

Eu estava em estado de choque, meus olhos estavam tantas lágrimas que sequer havia dado conta no começo.
Ele se afastou e pegou sua carteira, na mesinha de centro em frente ao sofá que estávamos.
Joseph a abriu com cuidado, e de lá tirou uma foto preta e branca. Eu podia jurar ser Florence na foto.

- Porque você tem uma foto dela?

Arqueei a sobrancelha de forma questionadora, limpando minhas lágrimas recentes.

- Essa não é a Florence, essa é a minha mãe. Quando tinha a idade dela.

Ele sorriu um tanto chateado, não havia mais volta.

- C-como?

Soltei desacreditada com a voz embargada.

- Minha mãe viu no instagram, várias fotos suas com ela, quase ninguém sabia de nós dois, mas eu nunca escondi da minha mãe, o sonho dela era conhecer vocês duas.

- E-eu... eu sinto muito..

Baixei a cabeça e me sentei, apoiando as mãos em meu rosto.

- Eu tentei, eu ia...mas a Persia... ela também estava, ela disse pra mim, Joe confirmou... eu não queria estragar tudo com vocês, e nós já haviamos brigado por causa do Joe naquela Época.

- Eu sei, sei também que ambos armaram para nós dois, simplesmente porque as nossas carreiras estavam decolando. Eles queriam fama, a própria Pérsia, admitiu isso a mim.

Eu estava tão perdida, aquelas palavras haviam me deixado tão confusa que eu mal conseguia respirar.

- Eu estou em processo de divórcio.

Ele deu sua jogada final, aquele xeque-mate, havia me deixado atordoada.
Eu deveria escolher, novamente tudo estava em minhas mãos.