i. THE TOKENS

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GABRIELLA NÃO SABIA SE TUDO aquilo estava fazendo era em seu estado automático, ou estava pensando alguma coisa, depois que viu todas as fichas dos polícias da 99

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GABRIELLA NÃO SABIA SE TUDO aquilo estava fazendo era em seu estado automático, ou estava pensando alguma coisa, depois que viu todas as fichas dos polícias da 99. Tinha pego um de seus fichários da cor preta e tinha anotado tudo que achava importante dos polícias. Sua noite perdida de sono nunca tinha sido tão aproveitada desde o começo daquele caso.

Percebia que estava em seu mundo de modo automático, quando lia todos aquelas fichas em menos de dois minutos e tentava criar em sua mente algo relacionado a todos eles, personalidades, vozes, jeito de se comportar e até o jeito que levavam o café em suas bocas. Ela nunca se sentia estranha por sempre querer saber de tudo que o seu oposto fazia, tinha sido ensinada a como ler a todo tipo de expressão de cada pessoa, de uma simples segurado de caneca de café até o jeito que escrevia.

Seus dedos finos anotavam tudo que achava necessário é desnecessário a saber, eles iam rapidamente em um ritmo frenético. Sua mão direita escrevia com todo o vapor como se o seu caso dependesse daquelas escrituras, enquanto sua mão esquerda reveza entre seu cabelo o coçando ou bagunçando, suas coxas, e a caneca de café forte e sem açúcar.

A única pessoa que não estava inclusa no seu fichário era o capitão da delegacia. Já que conhecia o tão bem falado Holt, ou a máquina de sentimentos, como a sua tutora tinha o apelidado em uma longa data.

Conhecia ele por sua tutora, que tinha uma amizade de longa data com o Holt. Eles serviram o mesmo distrito policial antes dela se tornar uma agente do FBI. Gabriella agora tinha entendido como conseguiu um disfarce e uma vaga na delegacia tão rápido que nem aquele, o costume daquelas delegacias do Brooklyn era um tanto diferente da sua base, mas sabia que nenhuma delegacia era tão estranha o suficiente para colocar uma pessoa estranha entre seus polícias tão rápido assim.

A ordem de cada policial era aleatória, a seta do mouse apenas escolhia qualquer nome, e seus olhos liam toda a ficha que continha de tudo e mais um pouco. Ela se sentia em uma série onde ela era uma perigosa stalker, mas aquele era o seu trabalho. Não iria trabalhar com pessoas se não soubesse pelo menos o número do distintivo é como se portavam em público e nas cenas de crimes.

— Santiago, Jeffords, Diaz, Boyle, Peralta... – a agente tinha achado a ficha de todos interessante demais, parecia que naquele distrito tinham os melhores polícias do Brooklyn, não era como pudesse se comparar com si mesma e seus colegas de trabalho, mas eles eram ótimos.

A personalidade de cada um como estava escrita naquela ficha a fez querer rir, não sabia se tudo aquilo iria se colidir com a realidade, mas esperava que nem tudo que seus olhos estavam lendo seria verdades. Mas já esperava que tudo fosse real enquanto eles não saberiam de sua verdadeira identidade.

As pessoas sempre tinham o mesmo costume de ser descontraídos e falarem soltos e livremente, mas depois que descobriam que Walsh era uma agente, o comportamento mudava de uma forma engraçada e drástica, a tratavam como se fosse os guardas da rainha da Inglaterra que não riam por motivo algum. Ela se sentia como um robô.

Seus dedos finos foram de encontro a sua quinta xícara de café amargo daquela noite, ela não levava aquilo como um vício compulsivo, apenas precisava daquilo quanto ficava muito ansiosa e não conseguia dormir, e colocava a culpa naquela bebida amarga. Mas sempre acontecia o inverso, a bebida sempre acalmava seus nervos, era como uma dose de calmante sendo engolida depois de um longo dia, o café conseguia tanto fazer o mesmo efeito como também melhorá-lo.

Ela já achava o suficiente pra aquela noite, já tinha feito tudo que poderia pra saber de tudo daquela delegacia. Sabia de cada canto imaginável daquele lugar, como sabia dos lugares que todos sabiam. Sabia de cada pessoa que trabalhava ali, dos funcionários da limpeza até os analistas. Sua mente trabalhava em tentar descobrir um lugar secreto que algum daqueles polícias descobriam e arrumaram pra si, até porque os seus colegas de trabalho tinham uma sala secreta de relaxamento, Gabriella quase nunca aparecia naquela sala tão falante.

Logo que sua xícara de café acabou e seu trabalho de escrever o mais rápido possível aquelas fichas, ela se encostou em sua cadeira confortável que já fora sua cama em muitas noites de casos que era dirigido a ela. Sentia que tinha feito um trabalho quase completo, apenas faltava a parte prática de como lidar com todos aqueles polícias diferentes e as suas colegas da agência.

Sempre foi boa demais para persuadir o meliante que estaria atrás das grades depois de algumas horas, mas nunca tinha gostado tanto de contato com pessoas e conversar com elas. Apenas gostava da ação que os casos davam e a sua adrenalina subir, mas odiava a parte que teria que fazer como qualquer ser humano e tentar se enturmar com pessoas que nunca viu em sua vida pacata de agente.

Gabriella balançou a cabeça tentando tirar tudo de sua mente e ficar relaxada, nada que um banho ótimo não fosse resolver. Sua tampa do computador foi abaixada, e junto logo mostrando uma das fotos que ela mesma tirou de um corpo do seu caso. A mulher tinha essa pequena mania de sempre tirar foto de seus casos e sempre espalhar as fotos por todo o lugar, aquilo sempre a fazia pensar melhor do caso, sua mente sempre tentava capitar algo de diferente que poderia ter deixado de lado em algum momento.

Tinha em todos os lugares da casa que ela mais acessava, seu quarto, escritório, banheiro, cozinha, lavanderia e seu espaço da pequena academia dentro de sua casa. O lugar que mais tinha aquele tipo de conteúdo era seu quarto, a parte onde sua cabeceira estava tinha um ferro fino cheio de pontas, onde ficavam as fotos que sempre olhava quando estava esperando seu sono de barriga pra cima.

Mas logo suas pernas foram para seu banheiro grande, que logo já estava sem suas roupas de trabalho e aproveita a água quente. Seu box tinha as armas que tinham sido achadas na cena do crime, como também tinha outro corpo que fora usado com tamanha crueldade. Logo que sentiu que estava limpa saiu daquele lugar quente e colocando seu pijama confortável.

Seu corpo estava relaxando em sua cama grande e com um colchão macio do jeito que agradava as suas costas de senhora de 90 anos, enquanto olhava o corpo da primeira vítima daquele caso. Esperava que não tivesse uma próxima vítima que aquela pessoa pudesse se aproveitar.

Esperava que indo para aquela delegacia tudo se resolvesse. Mas ela não esperava que sua vida amorosa acabasse se resolvendo junto com aquele caso que tirava o seu sono.

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⏰ Última atualização: Nov 02, 2019 ⏰

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