𝖢𝗁á & 𝖢𝖺𝖿é

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(☕️)

Boa leitura, pessoal 💙

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Boa leitura, pessoal 💙

O dia estava típico de Londres: nublado e chuviscando de hora em hora. Eu amava aquele tipo de dia e nunca ficava insatisfeita com ele, e muito menos o Tom. Exceto quando ele queria sair pra correr com o seu cachorro Bobby e a chuva o pegava no meio do caminho e ele retornava com a roupa apegada ao corpo do suor e chuva. Eu não reclamava nem um pouco daquela visão... Era privilegiada por ter várias visões dele durante o dia. E tinha consciência disso.
Suspirei enquanto olhava os carros passando pela janela da nossa casa e observei novas gotas de chuva surgirem. Voltei ao fogão, conferindo se a chaleira estava ficando quente e quase queimei meu dedo. Estava na temperatura ideal para colocar as folhas de chá e assim eu fiz. Depois de tudo pronto, coloquei o leite no chá junto com uma pedrinha de açúcar na xícara azul que ele gostava. Lentamente a peguei, tentando equilibrá-la e, com a outra mão, peguei a minha xícara de café que já estava pronta antes mesmo do chá, levando tudo para a varanda.
A área era coberta, então o chuvisco não estava incomodando o Thomas nem um pouco. Com o semblante concentrado, ele se encontrava em uma das cadeiras acolchoadas. Em suas mãos estavam um dos livros mais antigos que ele tinha do seu escritor favorito, Shakespeare. Tom sabia recitar vários sonetos dele e isso era uma das coisas que ele mais se orgulhava de si mesmo.
Coloquei a xícara em sua frente e a minha onde eu iria sentar, ao seu lado. Eu amava o observar lendo...
Logo após a minha chegada, ele olhou pra mim e roubou uma das minhas mãos, aplicando um leve beijo ali.
— Você lê meus pensamentos, minha querida.
— Claro que leio, você é um verdadeiro inglês, meu amor.
Ele apoiou as nossas mãos na mesa e fechou o livro. Tirou seus óculos com a outra mão e o colocou em cima da superfície. A sua aparência estava muito diferente desde que eu tinha o conhecido, mas eu amava inteiramente todas aquelas diferenças.
Ele não usava óculos antes, mas agora que a sua visão estava super embaçada, não conseguia viver sem eles, tanto para ler quanto para sair por aí. Eu amava o jeito que ele os consertava enquanto conversava com alguém. 
Quando o conheci, seus cabelos estavam curtos e tingidos de preto. Ele não usava a barba grande e as rugas não apareciam como agora estavam começando a aparecer.
Thomas se encontrava com os cabelos naturais medianos, louros e ondulados. Sua barba clara estava crescendo mais a cada dia, mas aquilo nem me incomodava mais. Eu achava atraente nele, além de ser gostoso quando a passava em meu rosto. Seu sorriso era sempre acompanhado de rugas ao redor dos olhos, mostrando a realidade de estar quase na casa dos quarenta. Quase quarenta, mas era o meu neném.
— Relendo qual? — perguntei, fazendo carinho em sua mão que era o dobro do tamanho da minha e bebendo meu café com a outra.
— Coriolanus. Estou com nostalgia de quando eu atuei na peça, — ele pegou a xícara, a cheirando e soprando para tomar um gole. — Mais um cubinho de açúcar e mais um pouco de leite e estaria perfeito.
— Sério, Thomas? Eu não farei mais, — falei em um tom de irritação e retirei minha mão da dele.
— Mas foi você quem pediu pra eu dar sugestões, amor. Não fique irritada comigo, venha cá. — disse pegando ela de volta e me fazendo sentar no colo dele, me aninhando. — Depois fala que não se estressa fácil...
— Você me estressa fácil — encarei seus belos olhos que me lembravam o oceano mais puro, e eles já estavam pousados em mim.
Tom sorriu, mostrando seus dentes brancos e alinhados, vindo em direção ao meu ouvido e sussurrando: — E como eu posso te recompensar?
Me arrepiei com seu tom de voz e sotaque acentuado ao pé do meu ouvido e mordi o meu lábio inferior.
— Recite algo pra mim.
Ele encostou a cabeça levemente na cadeira como se estivesse pensando e trouxe sua xícara à boca, bebendo todo o chá.
"Tão frequentemente te invoquei como musa,
E um apoio tão lindo encontrei para o meu verso,
Que toda caneta estrangeira pegou minha mania,
E sob ti a poesia deles dispersa." 
Ele voltou ao meu ouvido, colocando a xícara no pires lentamente.
"Teus olhos, que ensinaram os mudos a cantarem,
E a pesada ignorância a
alto voar,
Acrescentou penas às asas dos sábios,
E deu graça uma dupla majestade."
Pausou e beijou meu pescoço, deslizando uma das mãos pelo meu braço até chegar em minha cintura.
"E contudo estejas super orgulhosa daquilo que eu compilo,
Cuja influência é tua, e de ti proveio:
Nos trabalhos dos outros apenas remendas o estilo
E suas artes com tuas doces graças ficam melhoradas;
Mas tu és toda minha arte e aumentas,
Tão alto quanto o conhecimento, a minha rude ignorância."
Esta última parte ele recitou lentamente enquanto me olhava e, do seu jeito doce, fazia carinho no meu rosto. A sua mão que estava na minha cintura procurou o fim da minha blusa e invadiu minha pele. Suspirei pelo toque frio dos seus dedos que começaram a percorrer minha pele que estava antes quente e protegida.
— Tu és toda a arte que me inspira.
— Eu amo você, Tom. Com todo meu coração.
Assim que terminei de falar, ele levou meus lábios aos seus e logo eu estava sentindo a sua língua quente e habilidosa na minha.
— Acho que inventamos um sabor novo... Chá com café. Quero experimentar mais disso. — Tom disse em um tom baixo.
Suas grandes mãos me envolveram e me pegaram no colo sem nenhum esforço, nos levando ao sofá da sala e largando nossas bebidas para esfriar lá fora.

Eu conseguia ouvir a chuva aumentando enquanto estávamos nos amando e eu não esqueci aquele dia nunca. Na verdade, todos os dias com ele eram memoráveis.

Fim.

Eu sei que é uma fic curtinha mas eu tenho várias assim e decidi que vou postando aos pouquinhos

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Eu sei que é uma fic curtinha mas eu tenho várias assim e decidi que vou postando aos pouquinhos. Obrigada a quem leu e eu queria agradecer primeiro a Bettina maravilhosa que corrigiu tudo e também a Nadir que fez essa capinha maravilhosa.
Também agradecer ao Hiddles Squad que me motivou a postar 💙

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 08, 2019 ⏰

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