Por Tras Das Barbas Do Imperador

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Em 26 de abril de 1885, um grupo de cinco revolucionários estavam reunidos em mais uma de suas reuniões mensais, em um bar que agora fica atrás do mais novo bordel de Copacabana, O Senado.

Lucas, o Líder do pequeno grupo, está sentado, junto com seus quatro amigos, em uma mesa grande e redonda de apostas. Fábio que esta em cima de uma cadeira, que está a direita de Lucas, segura em sua mão direita um rifle com o gatilho quebrado e na mão esquerda uma caneta dourada sem tinta enquanto discursa aos bêbados ao redor na pretensão de reunir seguidores o suficiente para colocar em prática seu plano mirabolante de sequestrar a princesa Isabel Cristina Leopoldina na expectativa de fazer uma troca entre ela e um integrante do pequeno grupo que está preso em Ilha Grande.

Todos que estavam na volta não entenderam exatamente se o Fábio estava bêbado ou se realmente havia enlouquecido, mas logo os demais bêbados se interessaram ao ouvir o generoso pagamento de quinhentos Reis e alguns burgueses se interessaram pela princesa. 

O bar onde estavam é um dos bares mais antigos do Rio de Janeiro e também o menos conhecido, é apenas frequentado pela nata da burguesia e da alta corte, pois é onde podem cometer suas heresias sem se preocupar com seus status social, pois era tudo mantido em completo sigilo, segundo o dono. O bar, cujo o nome é "República", que fica atrás do bordel "O Senado", foi fundado em 1823 (um ano depois da independência) por um dos amigos mais próximos do Dom Pedro I, Francisco Gomes da Silva, que manteve o bar prosperando firme e forte até sua morte aos 61 anos, mas, após sua morte,  0 bsr ficou sobre a administração do seu filho, que partilha do mesmo nome do pai.

Contudo, em 62 anos de história do estabelecimento, nunca havia presenciado tamanha conspiração como agora. O balconista, que coincidentemente é o atual dono bar e amigo do Dom Pedro II, ouvia  com atenção tudo o que estáva sendo dito por Fábio e não gostou de boa parte do que foi dito, principalmente da parte em que Fábio disse:"Tudo que a classe trabalhadora produz, a ela pertence", que foi a gota da água para tal balconista.

Fábio, que agora formava um aglomerado de pessoas na sua volta, já estava quase sem voz, porém havia conseguido a atenção das pessoas que ali estavam. Todos ali presente estavam na dúvida se ele havia enlouquecido ou se estava bêbado, considerando o significado de bêbado e loucura, considere os dois. DEUS SALVE A COROA.

Continua no próximo capítulo...