Capítulo 17

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*Gustavo Narrando* .

Cecília estáva muito incomodada com o arranjo, me pergunto se ela desconfia da armação da Estefânia? a observo com atenção, ela parece não desconfiar de nada, mas mesmo assim eu estava pronto para acordar a Estefânia e pedir a ela que trocasse de lugar com a Cecília, não queria forçar...
- A Estefânia penssou na haver problemas já que você já estava dormindo aqui! Expliquei a observando andar de um lado a outro agitada.
- Eu posso dormir no chão! Tentei amenizar a situação. Pensei que a Cecília se sentiria um pouco incomodada, mas não que estaria assim...como se quisesse sair correndo.
- está muito frio para eu deixar você dormir no chão! Cecília disse preocupada.
Então cansado de ver a Cecília andar agitada de um lado pró outro me coloquei em seu caminho a fazendo parar em minha frente.
- Não ponha caraminholas na cabeça, Cecília! Disse a olhando nos olhos. - Não confia em mim? Perguntei.
- C-confio... é claro! Ela gaguejou nervosa.- é só que... A gente não... Disse deixando a frase morrer.
- Eu não vou encostar em você... Vou dormir na beiradinha! Disse sorrindo. - Prometo!
Cecília sorriu parecendo um pouco aliviada. Por um instante me olhou pensativa, fiz minha melhor cara de bom moço afim de convencê-la.
- E-esta bem então! Rendeu-se. - já que não tem outro jeito!
Não pude deixar de sentir uma pontadinha de decepção. A Cecília era uma pessoa muito rígida nesse sentido, entendo que ela nunca passou por algo assim, e tinha medo do que não conhecia, mas se ela não se permitisse fazer descobertas seria complicado engatar um namoro que dirá casamento.
Mesmo um pouco constrangida Cecília pegou sua mala que eu trouxe e seguiu até o banheiro sem me olhar.
Aguardei pacientemente enquando tentava acalmar meu coração. Céus, teria a Cecília ao meu lado pela noite inteirinha. Quando pude passar tanto tempo a seu lado assim? Quando ela saiu do banheiro não pude deixar de olhá-la e sorri para o quão constrangida ela estava. Me aproximei e segurei suas mãos a olhando.
- Acabo de me lembrar que não me deu nenhum beijo hoje! Eu disse sorrindo de canto.
- É...é que... Gaguejava sem conseguir me olhar. - Não sei se é uma boa ideia agora! Conseguiu dizer.
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*Cecília Narrando*
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Eu estava apavorada, confiava no Gustavo, mas confiar não significava me sentir totalmente a vontade com aquela situação.
E para aumentar minhas reservas sobre dividir o quarto. Gustavo estava parado em minha frente me olhando daquele jeito que me deixava nervosa. - Eu acho uma excelente ideia! Ele rebateu a minha resposta sorrindo. - Prometo que será só um beijo! Completou sorrindo enquanto me encarava de forma intensa.
Eu engoli em seco e me obrigando a não quebrar o nosso contato visual acenei em concordância. E o senti me segurar pela cintura me puxando para mais perto.
E então mais uma vez fui varrida por sensações que me deixavam com medo por nunca tê-las sobre controle.
Ele me beijou calmo, e mesmo relutando eu acabei me entregando ao beijo o correspondendo com a mesma intensidade e o senti me apertar contra si em um gesto de posse.
Senti um arrepior percorrer minha espinha e eu já não me reconhecia mais, eu já não queria estar em outro lugar... Então encerramos o beijo e o Gustavo ficou me olhando em silêncio.
- Melhor a gente ir deitar! Ele disse respirando fundo. - Já é bem tarde! Comentou se afastando.
Eu apenas concordei em silêncio enquanto me aproximava da cama ainda me recuperando do beijo.
Me deitei em um lado e Gustavo no outro com um espaço que caberia uma outra pessoas entre nos.
Ficamos em silêncio...
- isso não está certo! Gustavo comentou me olhando.
- O que foi? Perguntei sem entender.
- Não sei se duas pessoas que se beijam dessa forma se deitam como dois estranhos! Explicou me olhando.
E então o vi se aproximar... Senti meu coração acelerar.
- Vem Ca! Disse sorrindo enquanto me puxava para deitar em seu peito.
Eu estava tão surpresa com seu gesto que não disse nada.
- Agora está bem melhor! Comentou enquanto sentia uma leve carícia em meu braço. - você pode relaxar, Cecília! Comentou em tom divertido. - eu não vou te morder! Brincou.
- E-Eu sei... Só que... Isso é novo para mim! Expliquei me virando para olhá-lo nos olhos.
- Se quiser não precisamos... Ele disse deixando a frase morrer, senti que seu tom de voz mudou.
- Tudo bem... Eu acho que consigo me acostumar com isso! Disse sorrindo sem graça enquanto me deitava em seus braços...

Descobrindo o amor - GuciliaOnde histórias criam vida. Descubra agora