A morte de Morte, irônico, não é?

3 0 0
                                    

Faltam apenas 2 horas para o filho de Elisama cumprir sua promessa, ele e sua mãe se preparam para confrontar Morte, eles querem sua vingança, depois de todas suas tentativas falhas de matar o seu filho. Assim como mãe e filho, Morte se prepara para esse encontro, seus soldados não fariam nem mesmo cócegas nos dois, a batalha frontal é inevitável, que os deuses o ajudem nessa feroz batalha, e que a pessoa que ocupar o seu lugar, cuide de sua alma.

Sarisa: Senhor, o que devo fazer? - Ela entra na grande sala, feita por tijolos de sangue. - Eu não quero ficar parada enquanto vejo você partir!

Morte: Você deve assumir o meu lugar, depois de tanto tempo convivendo comigo, você já sabe como meu papel funciona.

Sarisa: Sim, agora eu sei que não é você que escolhe quem e quando irá morrer, você apenas cuida de suas almas depois da morte, dando seu castigo merecido pelos seus erros em vida.

Morte: Você aprendeu tudo mesmo. - Ele sorri fraco, e caminha em direção à jovem garota. - Não me traga de volta à vida, porque eles irão me matar de novo,. Após minha morte, procure a bruxa Malécia, ela pode fundir minha alma com seu cérebro, assim eu estarei vivo ainda, porém apenas você vai poder me ver e ouvir.

Sarisa: Mas senhor, essa maldita bruxa é a mesma que me amaldiçoou.

Morte: Não importa, você apenas precisa usar a cabeça em vez de seus punhos, assim você vai conseguir vencer dela.

Sarisa: Entendido... - Ela abaixa a sua cabeça.

Morte: Prepare minha foice e minha armadura, eu vou precisar de ambos.

Rapidamente, a jovem general se dirige para a sala de armas de seu senhor, enquanto isso, não muito longe dali, Álefe e sua mãe conversam sobre o que aconteceu para chegar até isso.

Álefe: Mãe, se a senhora sabia dessa profecia, por que mesmo assim me teve com ele?

Elisama: Meu amor, por mais poderosa e demoníaca que eu seja, eu sempre quis ser uma mãe, e cuidar do meu filho, seu pai parecia ser o melhor ser para isso, poderoso, bonito e amável. Nós conversamos várias vezes por causa disso, ele me fez acreditar que faria de tudo para que essa profecia não se tornasse realidade. Porém, quando peguei você nos braços pela primeira vez, ele se enlouqueceu, e tentou te roubar de mim, e matar de qualquer forma, até mesmo com aquela maldita foice! - Suas palavras são pronunciadas com cada vez mais raiva. - Eu o deixei bastante ferido naquele dia, porém não o matei, mas seu corpo sangrava como uma grande cachoeira, e seus músculos não o respondiam mais, eu tenho poder para matar seu pai, pois fui abençoada como a deusa da guerra, mas depois disso, eu fiz questão de fazer essa profecia ser real, e mesmo assim, ele ainda insistiu em tentar matar você, mandando todos aqueles monstros que você derrotara.

Álefe: Uau... - Ele se apoia com os cotovelos nos joelhos, processando tudo que acabara de ouvir. - ...Aqueles monstros traziam mal para todos da Terra, sendo apenas eu o que eles queriam. Eu estou odiando meu pai ainda mais.

Elisama: Eu tive que lhe entregar para a pessoa que mais confio, no plano terreno, onde ele não pode pisar, quando você ainda estava recebendo leite materno, eu sempre me dirigia até a casa de Kuma para te amamentar, e depois disso, toda noite eu cuidava de você enquanto dormia, meu pequeno filho, tão longe de mim. - Suas doces mãos acariciam o rosto do filho.

Álefe: Às vezes me pergunto se você é mesmo a pessoa que matou Lucifer. - Ele sorri e deita sua cabeça sobre o colo da mãe, recebendo um bom cafuné em seu cabelo.

Elisama: Até os piores seres desse universo, tem sentimentos, meu amor, e eu não preciso esconder o quanto amo meu filho! - Ela o abraça fortemente.

Álefe: Eu te amo, mãe! - Ele retribui o abraço.

Elisama: Vá se trocar, eu fiz seu traje assim como você quis, veja se você gostou! - O filho sorri e logo obedece sua mãe, indo para a porta ao lado, onde se encontra seu novo traje de batalha. Após se trajar, o mesmo volta para o quarto de sua mãe, onde ambos estavam antes. - O que achou?

Álefe: Eu adorei! - Ele fica em frente à parede revestida de um grande espelho, observando seu traje, com ombreiras feitas de rocha vulcânica, braçadeiras ondulares de ferro e platina, caneleiras feitas do mesmo material das braçadeiras, e luvas de malha de ferro, completando seu traje. - Exatamente como eu queria, leve e ágil!

Elisama: É bom saber que você gostou! - Ela sorri. - Eu fiz duas adagas para você também.

Álefe: Sério?!

Elisama: Sim! Abra suas mãos com a palma delas viradas para baixo. - O filho logo obedece, e duas adagas descem de cada palma, seu metal tem uma cor escura, com escritos nas lâminas curvas, e os cabos são o próprio fogo do garoto.

Álefe: Nem parece que passamos 18 anos longe, imagina quando chegar meu aniversário! Eu te amo, mãe!

Elisama: Eu te amo, meu amor! - Ela se levanta. - Vamos, você tem alguém para matar. - Ambos se levantam, Elisama prefere ir andando, do que usar sua velocidade ou teletransporte, já que ela apenas irá assistir seu filho fazer o que ela mesma poderia ter feito há 18 anos atrás.

Álefe: Eu devo mesmo matar ele? - O garoto pergunta em meio a caminhada.

Elisama: Você deve fazer o que seu senso de justiça achar certo, é assim que vivem os humanos, não é?

Álefe: Infelizmente... - Ele coça sua nuca. - O que seu senso de justiça diz para fazer?

Elisama: Ele diz que você deve seguir o seu coração.

Álefe: Eu não sei, ele... - O garota olha para o chão, pensando no que fazer. - Ele vai morrer, mas não quero lutar, quero acabar com isso logo.

Elisama: Se você diz, é melhor não fraquejar, porque se hesitar em matar ele, eu mesma faço isso.

Álefe: E-então acho melhor você fazer isso...

Elisama: Meu amor, você é mais forte do que isso, viver com os humanos estragou você.

Álefe: Me desculpa, mãe... Eu não queria...

Elisama: Você tem que entender que agora é o príncipe do submundo, filho da mais poderosa, aquela conhecida por matar milhões sozinha, meu filho não deve ser fraco. - Ela agarra uma das ombreiras do filho, trazendo seu rosto à milímetros do dela. - Depois disso, você vai aprender à ser um demônio, eu te amo, apenas faça isso para sua mãe, hm?

Álefe: Okay... - Ele responde, tremendo de medo. - Pode me soltar a-agora? - Ele pergunta ainda hesitante, enquanto sua mãe o olha com atenção.

Elisama: Ainda tem muito o que aprender. - Ela solta o filho. - Você foi criado de outra forma, agora tenho que te educar de novo. - Ela suspira pesadamente. - Vamos logo com isso, não deixei seu pai vivo por esses 18 anos sem motivo.

Álefe: Entendido... - Ele engole seco. - Mãe, eu tenho força para matar ele?

Elisama: Claro! Eu te ressuscitei mais forte, mas antes disso, suas forças eram equivalentes.

Álefe: Fico aliviado por iss... - O garoto é interrompido por uma lâmina que atravessa seu pescoço.

Elisama: Ansioso para morrer? Pensei que quisesse aproveitar aquela giganta amaldiçoada.

Morte: Ela está bem, e vai assumir meu lugar. - Ele sorri sarcástico.

Álefe: Finalmente vai ser "a Morte", e não "o Morte". - Morte se assusta ao ver seu filho falando, ainda com a foice atravessada em seu pescoço. - Pensei que o senhor fosse mudar, mas percebo que é melhor ter a sua morte mesmo. - Ele segura o cabo da foice, e a quebra, separando o cabo da lâmina em sua garganta.

Morte: O que você se tornou?

Álefe: A profecia que o senhor insistiu em se cumprir. - Ele retira a lâmina de seu pescoço, e entrega para sua mãe. - Esse será seu troféu, além da cabeça dele, tudo bem?

Elisama: Que orgulho do meu filho! - Ela sorri. - Vou assistir essa briga, fiquem à vontade. - Ela se afasta, e se senta no chão.

Morte: Eu não queria isso.

Álefe: Você demonstrou muito bem enfiando sua foice no meu pescoço. - O corpo do garoto começa à se envolver em chamas, e seus olhos se tornam totalmente vermelhos, um tom parecido ao do sangue. - Eu fui conversar com você, saber se realmente precisava te matar, mas foi tudo um teatro não é?

Morte: Filho, eu...

Álefe: Você... vai... morrer. - Ele fala pausadamente, enquanto caminha lentamente na direção de seu pai.

Morte: O que eu fiz? - Ele sussurra para si mesmo, suas escolhas erradas, agora resultarão em sua morte. - Calma, ainda podemos mudar isso.

Álefe: Cala a porra dessa boca! - Em um piscar de olhos, o garoto quebra a mandíbula de seu pai com um gancho, fazendo o corpo sair do chão, com isso, ele pega as pernas do pai, e joga o corpo contra o chão, afundando-o nas rochas do submundo. - Como prefere morrer?

Morte: Por favor... - Ele se agoniza no chão.

Álefe: Bem, já que não responde, mãe, quer me ajudar?

Elisama: Apenas com isso. - Ela usa sua telecinese, fazendo Morte ficar em pé, com os braços abertos, como se estivesse em uma cruz invisível, o filho sem perder tempo, ele faz aparecer suas duas adagas, e com elas, abre a barriga de seu pai.

Álefe: Eu esperava algo mais emocionante.

Sarisa: Aqui está sua emoção! - Ela grita, e avança de cima contra o garoto, que apenas segura a lança e atira a garota para 30 metros dali.

Álefe: O que pensa que está fazendo?

Sarisa: Protegendo quem eu posso chamar de pai!

Morte: Sarisa... V-vai embora... -  Ele diz em meio à agonia.

Álefe: Ah, então ele me trocou por você? Incrível! Mais um motivo para eu o matar.

Sarisa: Não! Sai de perto dele! - Ela avança contra o garoto sem pensar, e é parada com um soco no estômago, que a faz ficar de quatro no chão, cuspindo um pouco de sangue, e tentando recuperar o fôlego.

Álefe: Olhe aqui, eu não tenho nada contra você, deixa eu terminar, que nada vai acontecer com você. - Ele se vira de costas, voltando sua atenção para seu pai, mas a garota ainda debilitada, agarra seu calcanhar. Mas ele não se importa, e coloca sua destra no meio dos órgãos de seu pai, que está com a barriga aberta. - Menimienai-en ga kare o shōhi suru koto.

Sarisa: NÃO! - é tarde, das mãos do garoto, sai o fogo que consome todo o corpo de seu pai, de dentro para fora, até mesmo as pessoas no plano terreno ouviram seus gritos agonizantes, até que suas cordas vocais fossem consumidas pelo fogo.

Ele morre rapidamente, e seu corpo carbonizado cai em frente a Sarisa, que finalmente se recupera do soco que tomou. Ao se deparar com o corpo, a garota grita com toda sua força, um grito de ódio, raiva, dor, tristeza e agonia, seguido de algumas lágrimas.

Elisama: Muito bem, meu amor, agora vamos para casa.

Álefe: E quanto à ela? - Ele aponta para Sarisa, que chora em frente ao corpo.

Elisama: Ela pode ficar com o corpo dele, não quero aquela cabeça como troféu, prefiro essa lâmina que você me deu! - Ela sorri.

Álefe: Fico feliz que tenha gostado. - Ele sorri.

Ambos deixam a garota ali, após alguns minutos, ela pega o corpo em seus braços, e o leva até o palácio, que agora é seu, ela o coloca sobre a mesa da sala, e prepara as coisas que irá precisar para recuperar sua alma, mas apenas um sentimento passa por sua cabeça, vingança!

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 08, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Imperatriz do SubmundoOnde histórias criam vida. Descubra agora