Capítulo 1 - O Acidente

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Eu estava voltando para casa, havia passado a metade das férias com a vovó.

O ônibus demorou muito, a viagem estava tranquila até que de repente aconteceu, não me lembro direito, somente dos gritos e desespero de todos.

Eu estava bastante assustada, e a emoção começava a tomar conta de mim. Eu fiquei presa, não conseguia sair do cinto de segurança, e meu corpo tremia, não me preocupava com os cortes ocorridos pelo vidro da janela, mas eu não queria morrer daquele jeito. Foi quando eu escutei com uma voz dizendo: Vai pegar fogo!

Nesse momento meu coração gelou, estava mais desesperada do que nunca, eu lutava com todas as forças, foi quando o garoto que estava do meu lado conseguiu se soltar, e agora me ajudava.

Eu não entendi porque ele estava fazendo aquilo, qualquer um naquela hora sairia o mais rápido possível dali, já que iria explodir.

Depois disso eu desmaiei e já acordei aqui no hospital.

- Você é uma garota de sorte!

- Sou mesmo.

- Nicolle eu tenho duas notícias boas para você.

- Que bom!

- A primeira é que você está se recuperando super bem, e se tudo der certo, receberá alta ainda essa semana.

- Que ótimo, e a outra?

- É que você tem visita.

Naquele momento, mamãe e papai entraram no quarto onde eu estava. Mamãe com um sorriso enorme no rosto, e papai estava um pouco emocionado.

Ficaram lá dentro me fazendo, "mil e uma perguntas" queriam saber o que de fato aconteceu, se estava tudo bem. E graças à Deus estava, a TV do quarto se ligou, e começou a passar a notícia daquele terrível acidente.

- Exclusivo, um ônibus pega fogo após bater em dois carros. A reportagem está com a Shirley.

- É isso mesmo, aconteceu um terrível acidente aqui em São Paulo, a pista estava muito escorregadia devido a forte chuva. Vítimas contam que um caminhão estava na contra-mão e o ônibus tentou desviar, mas não conseguiu e acabou provocando este terrível acidente com outros dois carros.

A minha família começou a chorar quando mostraram o estado do ônibus.

Eu fui mesmo uma garota de sorte, o ônibus estava em uma forma precária, totalmente queimado.

- Como está a perna querida?

- Dolorida pai, mas a médica me disse que se tudo ocorrer bem eu poderei receber alta ainda essa semana.

- Que bom filha, já compramos a bota imobilizadora que você terá que usar, devido a fratura no tornozelo.

- Sério? Vou ter que usar isso?

- Vai sim querida, te garanto que é melhor do que o gesso.

- Obrigada pai.

- Agora tente descansar um pouco.

- Tá bom, cadê a Mellany?

- Deixamos ela com a Bruna, agora preciso ir querida, sua mãe vai ficar aqui com você.

- Mande um abraço para ela papai, obrigada por tudo, e bom trabalho.

- Denada querida, vê se descansa um pouco, heim.

Ele me deu um beijo na testa e se despediu da mamãe.

Salva Por Ele Onde histórias criam vida. Descubra agora