Capítulo 2 - Já em Casa

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Como a doutora disse eu me recuperei rápido mesmo, ela me deu alta naquela semana, e minha família foi me buscar.

Meu pai me ajudou a entrar no carro, e a Mellany parecia minha assistente, me ajudava em tudo e me impedia de esforçar.

- Está melhor Nick?

- Graças à Deus sim. E como foi a sua semana?

- Foi ótimo, mana. O Gabriel estava preocupado com você. Ele e a Bruna vão lá para casa, ainda hoje.

- Eu imagino a preocupação dele, que bom, estou morrendo de saudades.

Chegamos no apartamento e Gabriel já veio me abraçando, me levantando alguns centímetros do chão.

- Que susto que você nos deu pequena.

- Estava morrendo de saudades de você Biel.

- Vem vamos entrar, tenho novidades.

Quando entramos fui surpreendida por Nina, minha cachorrinha de estimação, seguimos pra sala, onde todos nos esperavam.

- Nick! Como é bom te ver, estávamos tão preocupados com você. - Disse Bruna me abraçando.

- Foi só um susto Bruna, tô viva, e vou continuar por aqui por um bom tempo atormentando vocês.

- Graças a Deus!

- Meu Deus, fiquei fora por algumas semanas e essa barriga já está enorme.

- Pois é, a cada dia ta mais grande, esse garotão aqui vai puxar o pai.

- É menino?!

- Anham, descobrimos semana passada, íamos fazer uma surpresa, só que você nos surpreendeu primeiro.

- Nem me fale, fiquei com tanto medo.

Acariciei sua barriga por alguns segundos e me abaixei.

- Hey garotão? A Tia Nick ta super feliz por está em casa novamente, e muito anciosa pra ver o teu rostinho.

- Olha ele mechendo!

Beijei sua barriga e sentamos no sofá. Papai, mamãe e Mellany se despediram falando que iam ao supermercado, ficamos nós três na sala conversando sobre as férias.

- Como tá a perna?

- Dolorida Bruna, na verdade estou toda dolorida, parece que um elefante caiu em cima de mim. Vai demorar um pouco até eu me acostumar com essa bota.

- Bom que você não perdeu o senso de humor cunhada.

- É.

- Quer conversar sobre o acidente Maninha?

- Quero, ainda to meio sem entender oque aconteceu.

- Conte-nos oque você se lembra Nick.

- Bom eu só me lembro que eu estava presa, e sangrava muito, aí quando todos tentavam fugir do fogo, senti uma pessoa me ajudando com um pouco de dificuldade ao sair do ônibus, lembro-me que era exatamente o mesmo garoto que estava sentado do meu lado, depois que o fogo tomou conta do ônibus eu apaguei e acordei no hospital.

- Nossa! - Falou Bruna assustada.

- Ainda bem que você está aqui com a gente pequena.

- Graças ao garoto que me ajudou, se não fosse ele eu não estaria aqui.

- Deus o abençoe! - Disse Bruna segurando minhas mãos.

- O pior, é que não deu nem para mim agradecê-lo, foi tudo muito rápido e eu nem sei o nome dele, queria tanto, mais tanto agradecer pelo o que fez por mim.

- Minha irmã, você pode agradecer.

- Como? Sendo que eu não sei nada sobre ele.

- Ore por ele, e agradeça a Deus por ter o colocado ao seu lado.

- Ta bom Biel, mas queria agradecê-lo pessoalmente, eu vou procurá-lo, não sei como, mas vou dar um jeito.

- Okay Nick, só não se meta em confusão.

- Ai, que bom estar aqui de novo.

- Como foi lá com a vovó?

- A foi como sempre né, saímos para pescar, acampamos fora. Mas foi muito bom. Biel, será que você pode me ajudar a ir até o meu quarto?

- Sem problemas pequena.

Ele me levou e voltou para a sala, troquei de roupa com um pouco de dificuldade, e coloquei uma camiseta leve, e uma bermuda jeans. Sentei me apoiando na cabeceira da cama e liguei meu notebook, haviam várias mensagens, de várias pessoas, curiosas para saber sobre meu estado. Mas respondi primeiro a Luiza e o Pedro, meus melhores amigos.

Concerteza eles estavam muito preocupados comigo, até porque eu estava conversando com eles na hora do acidente. Então isso causou ainda mais uma curiosidade.

O Pedro e eu éramos amigos desde o ano passado, quando entrei no mesmo colégio que ele, onde ganhei uma bolsa de estudos. Ele é um amigo bem mulherengo, são poucas as garotas que eu desconfio que ele ainda não pegou. Mas claro eu e a Luiza não fazemos parte dessa sua lista.

Já a Luiza entrou no colégio junto comigo, ela é uma pessoa maravilhosa, um pouco tímida, mas bastante extrovertida.

- "Está tudo bem agora pessoal, já estou em casa"

- "Que bom Nick, estava preocupado"

- "Você queria me matar do coração né garota? Não faz isso nunca mais"

- "E por acaso a culpa é minha? kkk"

Conversei com os dois durante um tempo, e me deitei na cama, eu não parava de pensar sobre o acidente, e sobre aquele garoto. Qual será seu nome? Era a pergunta que perturbava a minha mente.

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