Capítulo 9

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Regina ainda ficou um tempo parada no meio do escritório repassando a conversa que acabara de ter com Emma Swan, em busca de algo que pudesse ter dito para que ela saísse daquela forma, mas nada parecia ser uma explicação boa o suficiente. A não ser que ela estivesse mudando de ideia sobre o acordo de um ano, o que não fazia nenhum sentido já que havia sido ideia dela. Talvez falar sobre isso a machucasse mais do que ela estava deixando transparecer. Ou, talvez, ela simplesmente não queria estar ao seu lado na festa. Mas como poderia ter certeza de alguma coisa se não conseguia fazê-la se abrir sobre o assunto?

Seus pensamentos foram interrompidos por leves batidas na porta. Arrumando sua postura, encaminhou-se novamente para detrás da mesa.

— Entre.

Aurora pôs metade do corpo para dentro da sala.

— Sra. Prefeita, o Xerife está aqui para a reunião que a senhora solicitou.

David Blanchard. Alguns minutos antes e ele teria esbarrado com a filha que ele rejeitou e que, por acaso — ou por ironia do destino —, agora era a sua esposa.

Sua esposa. Era muito estranho pensar nela desta forma. Sempre pensou que, quando se casasse, passaria a dividir sua vida — e sua cama — com a mulher respondesse a esse título. A vida era mesmo uma caixinha de surpresas.

Alisando o cabelo e o vestido para garantir que estivesse em ordem para uma reunião profissional — com seu sogro, embora ele não soubesse disso — e pediu que Aurora o fizesse entrar.

— Prefeita Mills, com licença — o xerife a cumprimentou, instantes depois.

— Xerife Blanchard, por favor, acomode-se — Fez um gesto para a cadeira à frente da sua mesa. — Precisamos falar sobre os planos de segurança para a Festa do Minerador e sobre o orçamento da delegacia nos próximos meses.

— Claro, vamos começar.

Durante toda a reunião, no entanto, sua mente estava em Emma e na forma como ela havia ido embora. Por alguma razão, estava realmente preocupada com ela. E olhar para o homem que devia tê-la apoiado e, em vez disso, a mandou embora não estava ajudando muito.

De repente, ouviu o seu celular começar a tocar dentro da primeira gaveta da sua mesa, onde sempre o deixava quando chegava ao escritório. Quando pegou o aparelho, viu o nome de Emma piscando na tela. Seu olhar voou na direção do xerife para garantir que ele não podia ver quem estava ligando dali de onde estava.

— Me desculpe, xerife. Esqueci de deixar no modo silencioso, mas eu realmente preciso atender. O senhor se incomoda?

— Claro que não, Prefeita. Fique à vontade.

— Obrigada! — fingiu um sorriso agradecido e atendeu esforçando-se para não dizer o nome dela em voz alta. — Sim?

Sra. Prefeita, eu odeio atrapalhá-la, mas eu não conheço mais ninguém na cidade. — A voz dela estava embargada, como se... como se ela estivesse chorando...? — Eu estou nas docas e preciso de ajuda para chegar na sua casa.

Regina saltou da cadeira, pondo-se de pé.

— Aconteceu alguma coisa? — tentou controlar a respiração para não parecer alarmada ou o xerife insistiria em verificar o que quer que estivesse acontecendo e Regina suspeitava de que aquele não seria um encontro muito agradável.

Não. Pelo menos não ainda.

O que aquilo queria dizer?

— Certo. Estou a caminho.

The SisterOnde histórias criam vida. Descubra agora