Stalker (completa)

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Caí no chão a chorar. Senti que as paredes estavam a fechar, fiquei sem ar e tudo o que conseguia ver era preto. Não sei explicar o que senti mas descobri mais tarde que era um ataque de pânico. Não sei quanto tempo fiquei no chão mas eventualmente agarrei no telemóvel e mandei uma mensagem ao Brent. "SOS!SOS!" Ele respondeu logo "Q se passa?". "Simplesmente vem até minha casa... e despacha-te! Traz mochila e roupa!"respondi eu. Dediquei os seguintes 10 minutos a enfiar na minha mochila o essencial roupa, lanterna, mantas, tenda,comida... De repente a campainha tocou corri para a porta e vi o Brent com uma expressão confusa. Agarrei-me a ele e voltei a quebrar. Chorei, chorei, chorei enquanto ele continuava parado com um olhar confuso.
-Ele...ele...-tentei dizer eu entre soluços- Vídeo... quarto... Pi..pistola. E ... a minha mãe!-disse eu chorando histericamente
-O quê? Jenny! Se não respiras eu n percebo!-Disse ele sentando-me no sofá.
Eu passei-lhe o telemóvel e abri o vídeo. Ele viu o vídeo com uma cara confusa e no final agarrou nas nossas mochilas e levantou-se.
-Brent? O que estás a fazer?-Perguntei eu levantando-me ainda a chorar
-Vou fazer o jantar.-disse ele
-Mas temos de a ir procurar!-disse eu
-Amanhã,Jenny...-disse ele suavemente
-Não!-gritei eu- Não percebes? A minha mãe foi raptada! E o Henry...-lembrei-me eu-O meu irmão! Onde está o meu irmão mais novo! Brent ele levou o meu irmão mais novo!-gritei eu
Senti o meu estômago a revirar e corri para a casa de banho. Todo o meu lanche saiu enquanto o Brent me segurava no cabelo. No final sentei-me encostada à parede a chorar. Foi aí que o telemóvel começou a tocar. O Brent levantou-se e atendeu pondo a chamada em alta voz.
-Tens 1 mês.-disse uma voz grossa e robótica
Brent olhou para mim instantaneamente, e eu olhei para ele em pânico.
-6147.16.-continuou a voz
-Brent, anota este número!-gritei eu
-6147.16-disse a voz uma última vez antes de a chamada se desligar
-Conseguiste anotar?-perguntei eu com a voz a tremer
-Sim. Porquê?-perguntou ele
-Acho que pode ter a ver com o sítio onde está a minha mãe e o Henry...Nós, nós temos de ir...-disse eu levantando-me
-Agora?-perguntou ele
-Agora...-respondi -Espera por mim à porta vou só buscar uma coisa...
-Ok.-disse ele abraçando-me
Corri em direção ao escritório da minha mãe e abri o cofre de lá tirei um rolo de dinheiro e uma chave. Com essa chave abri a terceira gaveta da secretária e tirei lá de dentro algo que eu esperava não ter de usar. A antiga pistola do meu pai... Depois corri para a cozinha e enfiei uma faca na minha mochila embrulhada num pano.
-Estou pronta.-disse eu fechando a porta de casa por trás de nós.
Ele passou o braço pelos meus ombros e começámos a andar.