Capítulo 7

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Scott parou o carro em frente do endereço informado e caminhou pela calçada de pedras até alcançar a porta, apertando a campainha em seguida. Depois de alguns segundos, Olivia abriu a porta bastante assustada.

— Sou detetive Scott! — falou mostrando o distintivo. Você deve ser a Olivia?

— Sim! Entre, por favor, detetive.

Os dois se acomodaram nos sofás, um de frente para o outro. Olivia estava aflita por informações da amiga.

— Que história é essa de que encontraram as roupas de Yasmin em uma lixeira?

— Infelizmente não é uma história, foi exatamente isso o que aconteceu. Imagino que você estava tentando falar com a sua amiga. Foi assim que uma pessoa ouviu o barulho do celular tocando e encontrou os pertences de sua amiga, avisando a polícia em seguida.

— Entendi, mas cadê a Yasmin?  — perguntou já imaginando que algo de ruim pudesse ter acontecido com a amiga. Mesmo assim ela ainda não esperava pelo pior.

— Lamento muito, mas ... encontramos o corpo de uma mulher totalmente nua no Central Park. Com base nas informações que temos não resta dúvida que se trata de sua amiga.

— Não pode ser! Como é que isso foi acontecer? — falou soluçando em prantos.

— Queria poder dizer o contrário. No entanto, a foto do documento encontrado na bolsa confere com a mulher encontrada. Claro que ainda é preciso oficializar isso para então o corpo ser liberado. Se você quiser reconhecer o corpo isso facilitaria as coisas?

 — Não, eu não teria coragem de fazer isso. Não quero ver Yasmin morta em cima de uma mesa.

Depois de alguns minutos, finalmente Olivia estava um pouco mais calma.

— Como foi que isso aconteceu, detetive?

— Isso é o que ainda precisamos descobrir. Sua amiga é a segunda vítima deste assassino. A primeira vítima também foi encontrada totalmente nua, mas nunca conseguimos recuperar as roupas dela, mas também já foi identificada. Sua amiga tinha o costume de passar a noite fora sem avisar?

— Isso já aconteceu várias vezes, mas ao amanhecer ela retornava para casa, por isso estranhei quando ela não apareceu e nem deu notícias. Tentei ligar, mas o celular chamava até cair a ligação.

— Sua amiga trabalhava em algum lugar durante as noites?

— Sim, em um clube de stripers. Mas ela também fazia alguns programas sempre que surgia uma oportunidade.

— Aqui só moravam vocês duas, ou tem mais alguém que costumava dormir aqui?

— Só nós duas, nós nunca trazíamos homens para cá. Essa era uma das poucas regras que mantínhamos.

— Então Yasmin não comentou nada sobre algum encontro, ou que sairia com alguém depois do trabalho?

— Não, ela não falou nada.

— Olivia, quero que me passe o endereço de onde Yasmin trabalhava. Iremos até o local e vamos tentar encontrar alguma pista. É muito provável que o assassino tenha estado por lá. A outra vítima também fazia programas sexuais, acredito que elas são as vítimas do assassino. Não creio que isso seja apenas uma simples coincidência. Se você visse as posições em que os corpos foram encontrados, saberia do que eu estou falando.

— Eu também estou correndo perigo? — perguntou assustada.

— Não sei como ele faz para escolher as vítimas, mas é bom tomar cuidado de agora em diante.

Noites de pecados (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora